segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pra não dizer que não falei de flores!

Em relação à festa dos 101 anos, informamos:

1.     Já foi contratado o DJ por R$ 400,00. Trata-se do DJ LEANDRO, telefone de contato: 8852 9691.

2.    O “Bolo de Aniversário” foi confiado à LÚCIA PONTES, no valor de R$ 240,00. Telefones de contato: 3082 3004 – 8884 1368.

3.     Também já devidamente alugado (100 cadeiras, 15 mesas com toalhas brancas, 100 pratos, 100 copos, 100 talheres e 100 xícaras) ao Juvenal, no valor de R$ 348,00, inclusive o frete. Telefones para contato: 3267 1301 – 3267 4837 – 3267 5788.

4.   Ficou combinado que o  ZÉ LUIZ e seu auxiliar Ronaldo serão os churrasqueiros. Sendo pago R$ 100,00 para Zé Luiz e R$ 50,00 para seu auxiliar. A propósito, eles estarão sexta feira, dia 04.02.11, no Pacheco para receber as encomendas (carne, feijão, arroz, tempero, bebidas etc etc etc). Telefone de contato: 8880 6236.

5.     Ninguém foi contratado para levar flores para a aniversariante porque não se contrata sentimentos. A ninguém foi alugado as flores porque quem ama não aluga, presenteia. Somente a nós foram confiadas as flores porque esse é o nosso compromisso: amá-la sempre. A nenhuma pessoa foi combinado levar flores porque é incompatível não serem seus filhos e filhas a fazerem esse gesto de carinho, esse sinal de afeição e esse aceno de ternura.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Privilegiadas

Hoje, 28.01.11, foi um dia pessoas privilegiadas. A Tilitinha foi visitar a Mamãe. Foi a Potoca, Marli, Ierediu e a Luiza. Estavam lá em casa a Altair, Arino, João Lino e a Augusta, depois chegou a Carmem Sílvia com fofa da Júlia.
A amizade que une a Tilitinha e a Mamãe é um sentimento muito especial. É um sentimento muito raro. Ficaram a duas de mãos dadas. A Tilitinha trouxe um presente, um robe. A Mamãe ficou olhando, como se prestasse atenção nos detalhes do vestido. Com suas mãos, pendurou em sua frente. Muito ativa, fazia tempo que não a via assim.
A Tilitinha procurava falar com ela e reclamava porque ela não respondia. As meninas ficavam pedindo pra Mamãe falar. Num determinado momento, a Mamãe disse que gostava muito da Joselita. A Tia ficou muito emocionada. Se olhavam, se acariciavam, se percebiam.
Quando a Tilitinha foi embora, a Mamãe acompanhou até a área e lá deram um grande abraço. Muito lindo. No final, a Mamãe deu uma benção para todos. Luminoso.
São duas pessoas privilegiadas, nessa idade ainda poderem se amar. São duas pessoas privilegiadas, pelas filhas que cuidam delas com amor.
A verdade, é que somos todos privilegiados, por presenciarmos momentos como esse.
A isso dou o nome de amor. A única realidade do ser humano que nunca se apaga. Permanece para sempre. Por isso se diz que sem amor ninguém se salva. Em adição, o teólogo Comblin nos vai dizer que “ninguém se salva pela fé, pela esperança ou pela religião. Nenhuma religião salva, mas somente o amor”.
São João não diz: quem conhece a Deus, ama-o. Em sua primeira carta, ele afirma; “Aquele que não ama não conhece a Deus”. Primeiro se ama.
É isso que essas privilegiadas fazem, amam-se. E assim, conhecem a Deus.
Amemos.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Foi num dia chuvoso!


Toda vez num dia de chuva, que vejo minha santa mãe, e lembro-me de tudo que ela fez por nós, eu penso que...


Foi num dia chuvoso,
Em que se sentia o cheiro da terra
E o perfume da água.

Foi num lago celeste,
Que o Senhor mergulhou suas mãos.

Buscou uma flor,
E nela derramou a esperança,
Encheu-a de amor,
E deu graças.

Deus a elevou na palma da sua mão.

Olhou e viu que era bela.

Soprou!

Era a mulher dos nossos caminhos,
Era uma mãe pequenina,
Pequena como uma criança
Cheia de ternura e carinho,
Era nossa Mãe Enedina,
Que trazia toda nossa esperança.

Vinha com uma força feminina,
Trazia um amor sem fim.
Um coração pra dizer sim.
Um jeito de abraçar assim.
Uns olhos que enxergavam por ti e por mim.

Hoje, agora, acho,
Mais de um século depois,
Vendo sua vida
Toda consagrada a nós,
Que naquele lago,
Naquele exato momento,
Ele pensava em nós, nos seus.
Bendito seja Deus.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O grande jogo!


Eu tava aqui comigo pensando. E se a gente fizesse um jogo dos “bastoslino” com uma equipe do Pacheco. Tudo muito bonitinho, com locutor, comentarista e repórter de campo.

Seria mais ou menos assim.

Locutor – Vai iniciar a partida!!! Bola com o João Lino, que leeeeentameeeente vai seeeee viraaaaaar e perde a bola...
Locutor – Mas a Anaires recupera a bola e fica na dúvida, não sabe se dá para o Vevé ou Tico ou pro Lico e, na dúvida, é desarmada. O que aconteceu meu repórter?
Repórter de campo – Ela gosta muito de jogar com esse trio: Tico, Lico e Vevé.
Locutor – Estou percebendo que o time dos “bastoslino” está só com 10 jogadores. Que é que tá havendo meu caro repórter?
Repórter de campo – É a Lúcia, ela está brincando com os netos aqui fora, mas ela disse que quando tiver uma briga das boas, ela entra. É o só o tempo fechar que ela pula no meio da confusão.
Locutor – Lá vai pela direita o Boneco, esse garoto é ligeiro, ele vai fazer o gol. O que que que que é, que é, que é isso? Ele parou! Ele parou! Ele parou!
Repórter de campo – Ele foi fazer um treco, e perdeu o gol.
Locutor – O jogo continua, bola com a Aglair. Epa, essa senhora não pode jogar, ela está com duas netas nos braços.
Repórter de campo – Foi uma exigência dela, ela falou que somente jogava se fosse com as netas.
Locutor – Uma confusão no meio do campo, o Airton fez uma falta e está ameaçando processar o juiz e prender o jogador adversário. O tempo fechou. Mas o jogo continua, a falta foi batida e é gooooooool do Pacheco. Tome, tome, tome, tome bola “bastoslino”. Como foi isso?
Repórter de campo – A Altair, que é a goleira dos “bastoslino”, estava sentada numa cadeira com as pernas pra cima. Tomou um gol fácil, fácil, fácil.
Locutor – Bola com o João Lino, que maaaaansameeeeente paaaaaassa a bola pro Carlos. Falta no Carlos! A Ângela parte pra cima do adversário. O tempo fechou de novo. Conta aí meu repórter.
Repórter de campo: Ela tá dizendo que no Carlos ninguém bate, que quem brigou com a Vilani não vai ter medo de um jogadorzinho desse não.
Locutor – O jogo continua. Acaba de entrar em campo a Aila. Mas, ela é a titular, como é que estava na reserva? Ela é quem mais passa. Que partida mais confusa, meu repórter.
Repórter de campo – realmente é ela quem mais passa. É que ela chegou atrasada, tava em casa e passou na Igreja de São Pedro, depois passou pela Catedral, depois passou pela Igreja de São Pedro e somente chegou agora.
Locutor – Intervalo de jogo.
. . .
Locutor – Mas já passaram mais de 30 minutos e o jogo não reinicia? Que é que acontecendo, meu repórter?
Repórter de campo – É que o time dos “bastoslino comendo cuscuz e pelo jeito ainda vai demorar, tem gente aqui que tá com na segunda tigela.
Locutor – Depois de 40 minutos de intervalo, o jogo é reiniciado. Tico pro Lico, Lico pro Vevé, Vevé pro Tico, que chuta e é goooooooool dos “bastoslino”. Uma jogada linda do trio. Tome, tome, tome, tome bola Pacheco. Vamos ao comentário de Ana Catarina.
Comentarista – O gol não foi do Joãozinho, mas a jogada foi toda dele.
Locutor – Substituição do jogador do Pacheco, que tá falando com nosso repórter.
Repórter de campo – Tá cansado? Cansado não, eu tou é morto. Tava marcando aquele baixinho, mas ele não pára. num lado, vai pro outro, fuma um cigarro, faz um treco, não dá pra acompanhar. Mas é isso mesmo, vamos levantar a cabeça e partir pra outra.
Locutor – Mais uma substituição no time dos “bastoslino”. Quem sai meu caro repórter?
Repórter de campo – Tá saindo a Altair, por cansaço.
Locutor – A bola não pára e o jogo continua. Bola com Aines. O que é, que é, que é, que é isso? Ela pegou a bola com a mão.
Repórter de campo – Ela tá reclamando que não sabia que era futebol, pensava que era vôlei. Mas a mulher das netas já recuperou a bola. Vai lá meu locutor voz de veludo.
Locutor – Dispara Aglair com a bola e as duas netas nos braços, passa pro Zé Airles, que dá pro Airles jr, que devolve pro Zé Airles, que passa para o Airles Neto, que dá Arlesi, que chuta e é gooooooool. Tome, tome, tome, tome bola Pacheco. Diz aí Ana Catarina.
Comentarista – Foi muito Zé na jogada, o gol não foi do Joãozinho, mas a jogada foi toda dele.
Locutor – Que é, que é, que é, que é isso? Tem gente correndo atrás de uns pintinhos.
Repórter de campo – É o Airton, são os pintinhos da Alice. Tá ameaçando prender todo mundo se machucarem os pintinhos da Alice. Ele tá pedindo pra botar a Iana no lugar dele. Mas ela tá dizendo que quer substituir o locutor, pois ela gosta mesmo é de falar.
Locutor complicado esse jogo. Tou percebendo que o time dos “bastoslino” tá sem alguns jogadores. Mas isso não pode, meu repórter?
Repórter de campo – É que os avôs e as avós estão brincando com seus netos fora do campo.
Locutor – O juiz encerra a partida, o time dos “bastoslino” perdeu por falta de jogadores.
Fim de jogo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Peçam suas músicas

Entre um conjunto musical e um DJ, optou-se por um DJ.

Em face disso, façam suas escolhas. Você pode ouvir suas músicas preferidas, basta nos mandar seus nomes. O Arino, por exemplo, pode pedir Malagueña. O Airles, Nelson Gonçalves. A Ângela, doce de coco com Wanderley Cardoso.  Outros devem querer ouvir músicas dos anos 60. Têm aqueles que preferem se lembrar das tertúlias do BAC.  Alguns, das festas do BIC. E têm aqueles, que vão escolher músicas dos grandes bailes da AABB. Ficamos aguardando as músicas que fizeram história.

Músicas que nos marcaram. Melodias que nos lembram da Rua 15, número 207. Aquelas que cantávamos no banheiro. Que ouvíamos na radiola, em LP. Façam suas escolhas, peçam suas músicas.

Se o passado é somente lembrança e o futuro uma doce esperança, o presente é vida. Então, imitemos o poeta, “recordar é viver, eu ontem sonhei com você...”.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sábado da Tapioca: um meio que a gente arranjou para ficar muito mais tempo com você.

Café da manhã? É o “Sábado da Tapioca”.
Na cidade não tem lugar melhor pra tomar.
Quem já foi e conhece, nunca mais troca.
Começa pelas sete, sem hora pra terminar.

Não sei se é o assunto ou se é a comida,
Mas ninguém fica de boca fechada.
A comida entra espremida
E a resposta sai apressada.

A gente fala muito de tudo,
E de tudo se fala um pouco.
Tem gente que fica mudo
E tem gente que sai rouco.

Pra ser franco e falar a verdade,
Há dia que se tem uma boa briga.
Tem briga, mas não tem maldade.
Não tendo maldade, não tem intriga.

Num dia você tá num lado,
No outro, você já trocou.
Você sempre estava certo,
Foi o outro, que de lado mudou.

É uma casa que qualquer um fala.
Não tem encontro mais animado.
Um fala e não ouve ou ouve e não cala.
Se não gritar, perde tempo, fica calado.

Não tem hora de falar nem de calado ficar,
Só é no “péra aí”, quem fala tem que calar.
Não se finda no “péra aí” e nem no cansaço,
A discussão só acaba quando começa o abraço.

Briga pra não ter fim é de futebol e política.
Não sei nem como começa, nem quem começou.
Não sei se foi a crítica, ou a crítica da crítica,
Mas, quando menos se espera, pronto, já estourou.

Ninguém arreda pé e não tem nenhum que se renda.
Seu argumento um não aceitou e o outro já revidou.
Quando de repente, ouve-se um grito: a merenda.
Começa outra briga e aí perdeu quem não se sentou.

No final, ninguém quer vencer.
“O bom é estarmos juntos”.
O que nos cativa a vir é “você”.
“O bom é estarmos juntos”.

Meu irmão, minha irmã, o que estou querendo dizer
É que não interessa quem é o vencedor,
Muito menos tentar alguém lhe convencer.
Foi só um meio que a gente arranjou
Para ficar muito mais tempo com “você”.

A partir do dia 29, é casa cheia. E dia 5, é de arromba.

Ceará é uma volta às lembranças mais maravilhosas!

Não consegui deixar meu comentário no blog por problemas técnicos, mas gostaria de dizer que achei tudo maravilhoso e muito emocionante, de verdade.

A poesia sobre a vovó é uma descrição perfeita e muito linda daquela que tanto amamos e que é, e sempre será, uma referência, um porto seguro para todos nós. Para quem acompanha de longe, como eu, a volta ao Ceará é uma volta às lembranças mais maravilhosas, à doçura da infância, à família.

Sempre sinto muita emoção no caminho do aeroporto para a casa da vovó, ao chegar na rua, na porta, ao ouvir a campainha tocar lá longe e o barulho que vem lá de dentro, ao encontrar a vovó, os tios, os primos.

E isso se repete todas as vezes, a cada ano, a cada visita. Muito obrigada tio! Por tudo, mas principalmente por sempre dar um jeito de reunir todo mundo, nem que seja por um instante virtual. 

Bjs, 
Joaninha Bretzke

sábado, 22 de janeiro de 2011

BITRIBUTAÇÃO


APOSENTADOS DO BANCO DO BRASIL
Segue, abaixo, documentação necessária para que o Advogado possa preparar a Ação, que tem como finalidade a Restituição do Imposto de Renda sobre a Previdência Privada.
De posse dessa documentação, o Advogado deve requerer em sua petição inicial que o Juiz ordene a receita a fornecer os cálculos com os valores a serem restituídos. Eles fornecem de imediato. Tem mais, já foi verificado que a União não está mais recorrendo das decisões.

1.     Cópia do RG e CPF
2.     Cópia dos contracheques de Janeiro de 1989 até a presente data.
3.     Documento que comprove o recebimento do Benefício e a Incidência do Imposto de Renda (Extratos PREVI desde o momento que passou a perceber aposentadoria complementar).
4.     Extratos de contribuições Pessoais em que comprova as contribuições realizadas no período de Janeiro de 1989 à Dezembro de 1995.
5.     Instrumento Particular de Procuração
6.     Todos os documentos devem ser solicitados à PREVI e ao BB.
7.     Quaisquer dúvidas favor fazer” via comentário” diretamente no Blog.
8.     Ou pelo telefone 96037955 – Diego. 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tu vens!

(Ontem foi um dia de susto, hoje é um momento de reflexão)

Tu vens com tuas passadas lentas e pesadas,
Te deslocas com grande esforço e vontade.
Mil lições se encontram nessas pegadas.
Uma caminhada de luta, amor e verdade.


Têm momentos, que teus olhos tu fechas,
Mas teu coração aberto sempre conservas.
De amar a gente não te cansas nem deixas,
É um sentimento que pela vida tu preservas.


Às vezes, teus braços caem no teu colo.
Por mais que eles pesem e tu sintas cansaço,
Se um dos filhos teus precisa de um consolo,
Eles, como num lampejo, se abrem num abraço.


Naqueles instantes, que pareces que não vês,
São ocasiões que só contemplas o que prezas.
Quando olhas para o Senhor, que sem ver crês,
São momentos de fé, sozinho com Ele tu rezas.


Se um dia teus passos não “passar”.
Se um dia teus olhos não “olhar”.
Se um dia teus braços não “abraçar”.
Estás tu na Glória do Senhor Deus,
Teus filhos vão dizer uns aos outros:

“A mamãe está face a face com Ele!”

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Rafinha, vai ser assim.

Têm boas coisas que gosto de fazer:
Um cochilo depois do almoço,
Um bom jogo na televisão,
Merendar café com pão na cozinha.
Mas o bom mesmo é brincar com o Rafinha.

Têm boas coisas que gosto de fazer:
Ir com a Ana para o Pacheco,
Tomar café na beira da estrada,
Banhar-se na piscina e dar tainha.
Mas o bom mesmo é brincar com o Rafinha.

Têm boas coisas que gosto de fazer:
Ir pro Pacheco para não fazer nada,
Almoçar costela de porco,
Plantar grama e criar galinha.
Mas o bom mesmo é brincar com o Rafinha.

Têm boas coisas que gosto de fazer:
Ficar no computador do gabinete,
Ler um livro e estudar teologia,
Rezar um terço e uma ladainha.
Mas o bom mesmo é brincar com o Rafinha.

Têm boas coisas que gosto de fazer:
Ir pra missa de manhã nas, josefinas
Assistir às homilias do Manfredo
Voltar pra casa com minha Aninha.
Mas o bom mesmo é brincar com o Rafinha.

Têm boas coisas que gosto de fazer:
Dormir cedo em noite de chuva,
Acordar sem compromisso,
Não deixar a Ana sozinha.
Mas o bom mesmo é brincar com o Rafinha.

Um susto!

Hoje, 19.01.01, dia de muita chuva, passava do meio dia, quando a Altair me ligou: A mamãe tá passando mal. Corremos pra lá, eu e Ana. Encontramos Altair, Augusta e Mamãe desfalecida. A pressão lá em baixo. Com cólica , fria e suada. Ligamos pro Dr. Iran, que não atendeu. Juliana e Alberto nos ajudaram pelo telefone. Depois de se recuperar e ser medicada, melhorou, ficou dormindo.
Quatro mulheres. Mamãe, Altair, Augusta e Ana. Somos-lhes gratos. Altair, por ter que ser forte, recebe sempre o primeiro choque, e depois repassa pra gente, já menos grave. A Augusta, pela presteza e pela dedicação. Ana, pela atenção, pelo cuidado e por sofrer conosco. A Mamãe, por ficar com a gente.
joline

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Me renovarei!

Quando eu penso na Enedina, com 101 anos,
Eu penso numa pessoa presente na minha vida.
E eu presente na vida dela.
No passado, no presente e no futuro.

No passado, ela foi muito útil pra mim.
Lavou minhas roupas. Limpou meu quarto.
Cozinhou pra mim. Me colocou no colégio.
Me levou pra Igreja. Me cobriu em noite de chuva.
Me amou.

No presente, é uma pessoa inútil.
Não faz quase nada daquilo que fazia.
E hoje eu a amo muito mais.
Um amor puro. Desinteressado.
Um amor sem recompensa material.
Nada espero em troca que não seja
Seu olhar, seu abraço, seu sorriso
E sua vontade de me amar.

E no futuro?
Só quero dizer pra mim, que eu fui amado totalmente por ela.
E que eu a amei o quanto pude.
Amei o mais intensamente possível.
E que não podia tê-la amado mais.

Desses três tempos só tenho uma certeza.
Ela me faria falta no passado.
E me fará falta no futuro.
E isso vai gerar uma grande tristeza.

Mas, é uma tristeza que confia no amor,
Na verdade e que por isso agrega.
É um sentimento que cura porque nos ensina a acreditar e a amar sempre.
“Nessa espécie de tristeza encontra-se São Pedro.
O qual, tocado pelo olhar do Senhor, desata em lágrimas, que são salvadoras:
“Elas lavram em profundidade o terreno da sua alma.
Ele começa de novo e torna-se novo”.
Assim, serei eu. Nunca o mesmo quando pensar nela.
Me renovarei!

Aqui está!

Com carinho
O Espírito de Deus soprou . . .
E Ela nasceu.

Criou-a por amor e para o amor.

Quase cem anos depois
Quando olho para essa mulher,
Vejo que quase nada nela mudou.

O jeito carinhoso
Que essa mulher nos amou,
Aqui está.

A luz do seu olhar
Que mantém acesa toda a ternura que palpita em nossos corações.
Aqui está.

As mesmas mãos
Que nos acariciaram
Aqui estão.

O abraço aberto
Que espera nossos braços.
Aqui está.

O amor vasto
Que jorra do seu ser e derrama em todos nós.
Aqui está.

A sua fé,
A santa força do coração que sempre rezou por nós.
Aqui está.


A propósito, bom filho,
onde está você?

A saudade aperta e sinto falta da tua alegria!

Tua hora se fez tão de repente,
Interrompendo juntos nossa caminhada,
Achávamos que viveria eternamente
Quando Jesus o levou pra sua morada.

Ou melhor,
Não foi o senhor que de repente se foi,
Foi Senhor quem o senhor levou.
Assim como não foi o senhor que veio
Foi Deus quem o senhor nos mandou.

Mas, naquele dia veio o Medo.
Como caminhar nas estradas
Companheiro simples e puro,
Como seguir tuas pegadas,
Se não me mostras o caminho seguro.

Cadê o Senhor, pra que abraçar eu possa.
Cadê o Senhor, da boa gaitada.
Cadê o Senhor, que nos tirou da roça.
Cadê o Senhor, daquela gargalhada.
Cadê o Senhor, do riso franco e seguro.
Cadê o Senhor, homem simples e puro.

E agora? Sinto saudade da tua alegria.

Não estou reclamando não,
Sei que estás do outro lado,
Com Deus da Salvação.
Mas é que faz uma falta danada,
Aquela Tua boa gaitada.

Não estou reclamando não,
Mas tem dia que sinto meio perdido,
Se tivesses pertinho, então,
Matava essa saudade que é tanta.
Podia ouvir aquela risada franca.

Não estou reclamando não.
Mas, é que eu queria agradecer
Ao Senhor que nos estendeu a mão,
E que com estas simples palavras eu possa.
Mostrar-me grato por ter nos tirado da roça.

Não estou reclamando não.
Sei que estás melhor que nós,
Com Ele face a face.
Mas, é uma vontade danada de agradecer.
Não é que o senhor precisasse.
No entanto, é preciso reconhecer:

Hoje eu só sou o que sou,
A gente só é o que é,
Graças ao suor do Senhor,
Seu trabalho, sua força e fé.

A saudade aperta.
Dos beijos que não dei.
Do abraço que não apertei.
Do riso que não revidei.
Do colo que não sentei.
Da conversa que não conversei.

Como o Senhor era grande, Ah! Isso eu sei.
Da vida simples que levava
E da dura vida que não reclamava.
A saudade aperta e sinto falta,
Dos beijos que no Senhor não dei.

Como o Senhor era grande, Ah! Isso eu sei.
Pro sustento tirar da terra como suava
E do modo natural e ingênuo partilhava.
A saudade aperta e sinto falta,
Do colo do Senhor que pouco sentei.

Como o Senhor era grande, Ah! Isso eu sei.
O momento para o descanso não dava
E o tempo para dividir sobrava.
A saudade aperta e sinto falta,
Do abraço no Senhor que não apertei.

Acho que muito já foi dito,
Nada mais me resta a contar,
Saio meio calmo e meio esquisito,
Achando que mais tinha pra lembrar.


Fev/2007