domingo, 18 de outubro de 2015

É MELHOR PEDIR DESCULPA QUE COM LICENÇA


É
 melhor pedir desculpas do que com licença.

É melhor uma Igreja que saia “em direção aos outros para chegar às periferias humanas”, mesmo que tenha possibilidade de sofrer imprevisto, que seja “ferida e enlameada por ter saído pelas estradas”, que peça desculpas por seus possíveis erros e enganos do que uma Igreja que fique dentro da sacristia acomodada, improdutiva e escondida detrás da indiferença. Pois seu pedido de licença, como nos diz José Comblin, não passa de uma falsa prudência humana, uma falsa prudência dos judeus contemporâneos de Jesus.

A Igreja somente tem possibilidade de pedir desculpa quando atua, erra e aprende, quando nessa caminhada serve ao Reino e busca a glória de Deus. É quando, ao povo de Deus, leva a Palavra, celebra a Eucaristia e vive a Caridade.

Do contrário, a Igreja que se esconde na sacristia é aquela que busca a glória de si mesma, que não corre em busca da dignidade do irmão. Que não caminha e não caminhando, não contempla o mistério da misericórdia. E quem não contempla a misericórdia desconhece a fonte da felicidade, da serenidade e da paz. E sem a paz, perde-se a força de dar passos no caminho que une Deus e o homem.

É isso aí.


A propósito, a Igreja somos nós!