É
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melhor pedir desculpas do que com licença.
É
melhor uma Igreja que saia “em direção aos outros para chegar às periferias
humanas”, mesmo que tenha possibilidade de sofrer imprevisto, que seja “ferida
e enlameada por ter saído pelas estradas”, que peça desculpas por seus possíveis
erros e enganos do que uma Igreja que fique dentro da sacristia acomodada,
improdutiva e escondida detrás da indiferença. Pois seu pedido de licença, como
nos diz José Comblin, não passa de uma falsa prudência humana, uma falsa prudência
dos judeus contemporâneos de Jesus.
A
Igreja somente tem possibilidade de pedir desculpa quando atua, erra e aprende,
quando nessa caminhada serve ao Reino e busca a glória de Deus. É quando, ao
povo de Deus, leva a Palavra, celebra a Eucaristia e vive a Caridade.
Do
contrário, a Igreja que se esconde na sacristia é aquela que busca a glória de
si mesma, que não corre em busca da dignidade do irmão. Que não caminha e não
caminhando, não contempla o mistério da misericórdia. E quem não contempla a
misericórdia desconhece a fonte da felicidade, da serenidade e da paz. E sem a
paz, perde-se a força de dar passos no caminho que une Deus e o homem.
É
isso aí.
A
propósito, a Igreja somos nós!