02.09.2012 – Mc 7,1-8.14-15.21-23
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oje a Liturgia nos trás como proposta uma reflexão sobre a Lei.
O Livro do Deuteronômio, ou Livro da Lei, apresenta um conjunto de leis
e preceitos, que conduz o Povo pela estrada da felicidade e liberdade. A sua
preocupação está em que os homens não adulterem, adaptem, suavizem, suprimam,
acrescentem, para atender seus
interesses, atribuindo suas propostas a Deus.
Tiago apresenta um raciocínio continuado: Deus oferece seus dons, o
crente deve está disponível para acolher a Palavra, e a escuta deve conduzir à
ação, à conversão, à mudança de vida. Então, a escuta atenta da Palavra faz o
crente passar de uma religião ritual, legalista, externa e superficial, para
uma religião de efetivo compromisso com a realização do projeto de Deus e com o
amor dos irmãos.
No Evangelho, Jesus denuncia uma religião que cumpre regras, mas não
ama. Interessa-lhe mais “parecer” que “ser”, a materialidade do que a essência
das coisas. É mentira, é hipocrisia.
A verdadeira religião não passa pelo simples cumprimento de regras
externas, mas por uma autêntica conversão do coração, a fim de que os
sentimentos, os desejos, os pensamentos, os projetos, as decisões se concretizem no dia a dia, na escuta atenta aos
desafios de Deus e no amor aos irmãos.
As leis são, tão somente, meios para nos ajudar a chegar mais distante
em nossos compromissos.
Anaíres
Lino