segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

É, COM CERTEZA, A LUZ DE DEUS!


N
ós, aposentados do BB,  que fazemos parte dos rachas e viagens pelo Brasil afora nos jogos entre aposentados em diversas categorias. Os acima de 50... os acima de 60... e, também, os acima de 65... e muitos nossos amigos e aposentados tem 72, 73 e até 75 e com as bênçãos divinas  fazem parte da alegria de jogar, correr e nos dar forças de que é,  DEUS que nos permite, não importa a idade ou o que for...(vá lá! participe, você, amigo aposentado do BB).

Podem acreditar, quem está fora das atividade, é aposentado do BB e quer fazer parte da alegria das viagens, dos nossos rachas, do grupo de aposentados e amigos, familiares e convidados, então, procure um aposentado amigo que faz parte e faça-nos uma visita. Você é importante para a continuação de tudo isso e muito mais.

A  AABB já inaugurou o campinho lá na  praia do japão e, está  ótimo e com a continuação de tantos outros empreendimentos e realizações ficará muito mais aconchegante para os nossos eventos de aposentados, amigos, familiares e convidados.

Se não joga ou não quer mais jogar, mesmo assim, tem as viagens, os amigos e tantas outras maneiras de aproximação de amizades, e assim, as forças nos  dão alegria no dia a dia... é bom, pode acreditar, sermos aposentados e fazer parte de tudo isso.

Então, digo sempre e repito prá todos: é, com certeza, a luz de Deus!

DEUS ESTEJA COM TODOS NÓS!

Bosquinho Duarte

sábado, 8 de dezembro de 2012

REFLEXÃO DE NATAL – DEZEMBRO/2012


E
stamos vivendo o tempo do Advento. É o tempo de preparação e espera da vinda de Jesus.

Ele está inserido dentro do Ano da Fé, instituído pelo papa Bento XVI, para comemorar os 50 anos do Concílio Vaticano II.

Este Concílio, dentre tantos avanços, abriu as portas da Igreja para a participação do leigo. Com o resgate da expressão “Povo de Deus”, ele quis advertir que todos, todos mesmo: papa, bispo, clero e leigo, formamos aquele povo que caminha para a Terra Prometida.

Assim, não somos mais os colaboradores dos padres, mas corresponsáveis pela missão da Igreja no mundo.

E qual é a missão da Igreja? Levar Jesus a todos os povos: “ide por todos os povos e evangelizai”.

Evangelizar é pregar o Evangelho. E pregar o Evangelho não é necessariamente andar com a Bíblia citando trechos do Evangelho, mas testemunhando com a sua vida o Jesus de Nazaré.

É simples, é só fazer o que Ele manda: AMAR. Amar o outro, amar o irmão, amar todo aquele que cruzamos em nossa vida. Renunciar ao ódio, ao rancor desmedido, a raiva que leva à morte.

Este amor é o espaço da partilha e da tolerância. Vivemos numa sociedade egoísta e intolerante, onde tudo se justifica até a guerra, erroneamente chamada de “guerra santa”.

E não é só lá fora que existe a guerra, muitas vezes ela está no nosso interior. Quantas vezes matamos nosso irmão dentro de nós, porque ele não age igual a mim, porque a linha de pensamento dele difere da minha, até porque dentro da Igreja ele não pertence ao meu grupo, ao meu movimento?

Dom Helder Câmara chamou de felizes aqueles que têm mil razões para viver. Testemunhar o Evangelho pode ser uma boa razão para viver. Este mesmo Dom Helder certa vez admoestou: “cuidado com as suas atitudes, porque para muitos irmãos, você é o único Evangelho que ele lê”.

Nós somos discípulos e missionário por vocação. No Batismo fomos investidos de uma missão, que não é opção, é vocação mesmo. E não podemos trair nossa vocação.

Aproveitemos este tempo do Advento para trabalhar nossa conversão e que no Natal nosso coração possa está aberto para acolher Jesus.

Peçamos a Maria, como figura central desse tempo, que nos ajude cada dia do Ano Novo cumprir como meta uma reflexão a cada final de dia e ter a coragem de perguntar:

Senhor, que passagem do Evangelho eu testemunhei hoje: eu partilhei os cinco pães e dois peixes? Eu semeei a boa semente? Eu acolhi como o Bom Pastor acolhe sua ovelha? Eu fui manso e humilde para merecer o Reino? Eu fui instrumento de sua paz?

Anaíres Lino


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM


18.11.2012 – Mc 13,24-32

A
 liturgia de hoje é um convite à esperança. Somos convidados a esperar neste Deus libertador.

Na primeira leitura o autor nos assegura que aqueles que permanecerem fiéis a Deus, apesar da perseguição e da prova, terá garantido uma vida transfigurada. Começa a esboçar-se aqui a teologia da ressurreição, ainda no século II a.C. A certeza da presença de Deus e da vitória final, permite-nos olhar a história da humanidade com confiança e esperança.

Na segunda leitura o autor põe em relevo a dimensão salvadora da missão sacerdotal de Jesus. O objetivo é despertar no coração dos crentes uma resposta adequada ao amor de Deus, manifestado na ação de Jesus.

O Evangelho nos apresenta um “discurso escatológico”. É uma leitura profética da história humana no momento em que Jesus virá para instaurar em definitivo o novo céu e a nova terra.

É uma mensagem de Jesus para toda comunidade crente, chamando a caminhar na história com os olhos postos no encontro final com Jesus e com o Pai. Ele sabe que não será uma caminhada fácil, por isso o apelo à fidelidade, à coragem, à vigilância.

O quadro que se colocar não é para amedrontar, mas abrir os corações à confiança, porque Jesus estará lá conosco. Não há data marcada, mas devemos ficar atentos às oportunidades que Ele oferece.

Anaíres Lino

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

32ª DOMINGO DO TEMPO COMUM


11.11.2012 – Mc 12,38-44

A
 liturgia de hoje nos mostra que não são as manifestações religiosas grandiosas que agradam a Deus, mas pequenos atos de entrega e a permanência em suas mãos.

A viúva da primeira leitura ensina-nos, que atos de partilha e de solidariedade não nos empobrecem, mas são geradores de vida e vida em abundância. O texto sugere, na pessoa da viúva e do órfão, a preferência da ação de Deus pelos fracos, pobres e desfavorecidos.

Na mesma linha da primeira leitura, a segunda mostra que Cristo veio ao mundo para nos libertar do egoísmo, para isso Ele nos pede uma transformação do coração, da mente, dos valores e sugere que passemos a trilhar o caminho do amor, da partilha, do serviço, do perdão, do dom da vida. A viúva deu o que tinha, Cristo fez a entrega total de sua vida.

Na primeira parte do Evangelho, Jesus ensina de que nada vale as aparências. Os ritos externos, os gestos teatrais, o cumprimento de regras não garantem ao homem a aproximação de Deus.

Na segunda parte do Evangelho, Jesus convida seus discípulos a perceber a essência do verdadeiro culto, a verdadeira atitude religiosa. O encontro com Deus passa por gestos simples de humildade, que são imperceptíveis aos olhos do mundo, mas admiráveis aos olhos de Deus.

O Evangelho e a primeira leitura mostram uma mulher pobre capaz de partilhar o pouco que tem. Só quem não centra seu interesse na riqueza, é capaz de estar disponível para aceitar os desafios de Deus, os valores do Reino. Esses são os preferidos de Deus.

Anaíres Lino


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

E lá ia eu caminhando...


4
 DE NOVEMBRO 2011. COMEÇOU A VIAGEM!


E, exatamente há um ano, eu já estava a caminho de Baturité com o destino marcado prá chegar, com as bênçãos divinas, á fazenda Saboeiro!

E, independentemente do cansaço, que a caminhada poderia causar, o meu pensamento era, com certeza, esquecer tais fatos e caminhar firme, feliz, rezando baixinho – para tantas e tantas coisas da vida – minha e de familiares e todos, enfim!

Agora, quase dez horas da manhã, naquele dia, naquela caminhada, já ia  bem adiante. Sempre com a alegria, nada de reclamar, e acreditar que chegaria bem. O cansaço seria uma coisa que a vontade, fé no que estava realizando, era o principal, sem querer esnobar, ia  em frente feliz!

Recordo  do roteiro realizado, das intenções da viagem, dos pedidos á DEUS  que nos fornece tudo e, lógico, a Vida!

Hoje, também, há exatamente seis anos e oito meses, o meu  querido pai era chamado, com certeza, a Luz Divina lá no Céu e a saudade nos são fortalecidas por acreditar, na vida eterna.

Amanhã, dia cinco, lá estava  eu chegando  cansado, mais  firme, feliz, e muito bem recebido, como sempre, pelos meus primos e amigos o casal Zé Airles e Célia!

Que Deus fortaleça a todos nós  e a família da fazenda Saboeiro com luzes de paz, saúde e tudo enfim, bênçãos, vida longa e felicidade.

Uma ligeira recordação da viagem que começou dia quatro novembro e dia cinco  estava lá eu chegando na aprazível, alegre, de bênçãos divinas que é e sempre será a Fazenda Saboeiro.

Valeu a vocês primos e todos de lá, pois ao avistá-los, o ânimo e as forças me restabeleceram. Pois falei baixinho:
- Obrigado meu Deus! Valeu!

A Potoquinha, como sempre, na viagem e em tudo, as energias me eram repassadas, pois Deus a fez assim e agradeço por tudo! Não posso esquecê-los nunca e Deus nos é todo conforto. Dia quatro... cinco... coisas que me recordo e peço a Deus o conforto e a força por tudo.

Bosquinho Duarte

31º DOMINGO DO TEMPO COMUM


04.11.2012 – Mc 12,28-34

O
 tema da liturgia de hoje é lindíssimo. Coloca o amor no centro da experiência cristã. O caminho da fé se resume no amor a Deus e no amor ao próximo.

Já disse aqui, que o Deuteronômio é o “livro da Lei”, o “livro da Aliança”. Na expressão “Temer o Senhor” ele vai para além da referência ou respeito, mas exorta a pronta obediência à vontade divina, a confiança num Deus que não falha, e mais: humildade, renúncia, adesão incondicional à vontade de Deus, aceitação aos seus mandamentos. Só então teremos vida em abundância, é o que o autor promete.

A segunda leitura garante que Cristo é o verdadeiro sumo sacerdote, que está junto do Pai a interceder por nós. Esta certeza deve encher o nosso coração de paz, esperança e confiança. Podemos ficar serenos e tranquilos, sabendo que nossas debilidades e fragilidades nunca nos afastarão da comunhão com Deus e da vida eterna.

Jesus, no Evangelho, afirma que o maior mandamento é o amor. Este se concretiza em duas dimensões complementares: o amor a Deus e o amor ao próximo. Na perspectiva do Mestre amor a Deus e amor ao próximo estão intimamente associados. São duas faces da mesma moeda. Amar a Deus é cumprir o seu projeto de amor, que se realiza na solidariedade, na partilha, no serviço. É um amor sem limites que não distingue entre bons e maus, amigos e inimigos.

Muitas vezes ficamos a discutir pormenores, ou citando frases de efeito, ou até mesmo trechos do Evangelho e nos esquecemos do essencial e negligenciamos o mandamento maior.

Anaíres Lino

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Vai um café!


Q
uando adolescente gostava de uma música do Marcos Valle que dizia: não confie em ninguém com mais de 30... eu acrescentaria, não confie em ninguém que não goste de café...

Só me sinto pronta para enfrentar a luta do dia a dia depois do café, um golinho que seja. É impossível acontecer algo que seja proveitoso, inteligente ou interessante antes daquele ritual gostoso de colocar na xícara essa grande invenção culinária, adoçar e depois mexer vagarosamente e enfim solve-la sentindo o prazer insubstituível dessa bebida.

É uma combinação de temperatura, cheiro e sabor indescritíveis.

Posso já ter passeado com o cachorro, olhado as manchetes dos jornais, falado rapidamente com algumas pessoas, mas só começo realmente o dia depois de uma boa xícara de café.

É mais que um hábito, é uma filosofia de vida.

Café não é só um líquido escuro, que já foi branco quando flor e vermelho na maturidade, café é pausa, é conversa, é confidência, é pretexto, é enrolada no trabalho, é ritual. Café agrega, inicia, termina, alivia a angústia, aumenta a alegria, repõe a energia, diminui o cansaço, levanta o ânimo.

Santo remédio.

É democrático, se deixa acompanhar por qualquer coisa: doce, salgada, pode ser um simples pão francês, uma tapioca, um cuscuz, um bolo de laranja ou chocolate, pode vir sozinho. Não se faz de rogado, faz o que se quer e como se quer...

É dócil, sempre se comporta bem, se deixa misturar com leite, com chantilly, com álcool, com chocolate. Podem chamá-lo de cappuccino, frapé, encorpado, carioca, maqueatto... ele segue adiante com um sorriso maroto, compreensivo... dos que não tem nada a temer.

Não perde a pose tanto faz estar num copo de geleia ou num limoge, vem com toda galhardia, consciente de seu poder, da sua aceitação, da capacidade de agradar a todas as camadas sociais.

Pode vir fresquinho ou numa garrafa térmica azul, jorrando e enchendo sem parar copinhos de vidro.

Maravilha.

Tomar um cafezinho pode ser um convite de encontro que nunca acontecerá, de cortesia ou um apelo sincero para um agradável encontro, um afável papo que se converte em um longa, reveladora e inesquecível conversa.

Um cafezinho é uma desculpa para se ir ao aeroporto e tomar várias xícaras com deliciosos pães de queijo bem baratinhos.

Enfim, com sua docilidade, acolhida vai costurando amizades, tecendo planos, criando sonhos, fechando contratos. Quem o esnoba não sabe o que está perdendo, mas nunca é tarde:

- Aceita um cafezinho?

Ana Lúcia Lino

domingo, 28 de outubro de 2012

30º DOMINGO DO TEMPO COMUM


28.10.2012 -  Mc 10,46-52

A
 liturgia de hoje fala da meta do homem de ganhar a vida plena, que só pode ser atingida aderindo a Jesus.

A primeira leitura nos fala de Deus, como um Pai sensível, preocupado e atento aos cuidados de seus filhos. Esta Palavra garante que não estamos sozinhos frente aos nossos dramas e sofrimentos. Resta-nos reconhecer a sua presença, na maioria das vezes discreta.

O autor da segunda leitura nos convida a apreciar o mistério de Cristo, o sacerdote por excelência, que veio ao mundo para mudar o coração dos homens e aproximá-los de Deus. A proximidade e intimidade de Jesus com o Pai junto com sua humanidade, torna-O o perfeito mediador, capaz de estabelecer definitivamente a comunhão entre Deus e os homens.

O Evangelho fala-nos de um cego. Cego na teologia são os pecadores, malditos, impuros, longe de Deus e de sua proposta de salvação. O cego está sentado, isto significa acomodação, conformismo. A passagem de Jesus lhe dá consciência de sua situação de dependência e escravidão.

Os que repreendem e mandam calar a boca são os obstáculos próprios de quem quer mudar de vida. A capa é tudo oque o mendigo possui, portanto “jogar a capa” é largar tudo e ir ao encontro de Jesus.

A liturgia convida-nos a uma identificação com Bartimeu. Renunciar à vida antiga, ao comodismo, à escravidão, a tudo o que for incompatível com o caminho de Jesus.

Anaíres Lino

sábado, 20 de outubro de 2012

29º DOMINGO DO TEMPO COMUM


21.10.2012 – Mc 10,35-45

A
 liturgia desse domingo vem novamente nos mostrar, que a lógica de Deus é diferente da lógica humana.

Na primeira leitura o servo é um fracassado, que sofre castigo. Na lógica de Deus o sofrimento nem é castigo, nem é inutilidade, mas servirá para eliminar o pecado e gerar vida nova para toda comunidade do povo de Deus.

Na segunda leitura a expressão “penetrou os céus” refere-se à encarnação de Jesus. Aqui se mostra o esforço de Deus, através de seu Filho Jesus Cristo, no sentido de refazer uma comunidade de vida com os homens e de reconduzi-los à vida verdadeira.

Aderir a Jesus é entrar nessa comunhão. Como Jesus foi submetido às mesmas tentações que nós, mesmo conhecendo nossas dificuldades, sabe que somos capazes de viver a fidelidade a Deus e à sua proposta. Esta certeza nos tira de uma situação de provável desespero e nos renova na confiança e esperança.

No centro do Evangelho de hoje está a perícope  “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir”, porque resume admiravelmente a existência humana de Jesus. Ele veio nos dar exemplo de uma vida de serviço, cujo ponto culminante foi sua morte na cruz.

É necessário falar que este valor do serviço não é um elemento acidental ou acessório, mas um elemento essencial na vida e na proposta de Jesus. Ele de forma direta avisa-nos que a comunidade do Reino não pode funcionar segundo os modelos do mundo.
O Evangelho nos convida a repensar a nossa forma de nos situarmos na família, na sociedade, na Igreja.

Anaíres Lino



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

LEMBRANDO DE NÓS... DOS AMIGOS!


S
ou assim... amigo!
Sou esquisito... talvez... sou amigo!
Estranho... não vou lá... ali...
Mas, com certeza, não os esqueço!
                  
Os encontros... bate-papo... abraço!
Sim! faz nos sentir forte... vivos!
Tenho que ir... visitar! Conversar!
Sei lá... só sei que SOU AMIGO!

Sinto saudades! De vocês... de todos nós juntos!
Ah! Saudades!  O tempo não volta...
Mas nunca, acreditem, saiu daqui de dentro do peito!
Continuo dizer... tenho amigos! Sou e somos amigos!

DEUS nos fortaleça sempre!
Nossos momentos de "agora"...
E a luz  esteja acesa... ainda... dos dias passados!
E cada encontro... cada um alô... seja de amizade!

Sei que preciso ir... visitar!
Conversar... contar coisas tantas...
Do mundo de hoje... imenso... e pequeno!
Na certeza  única... estamos aqui... SOMOS AMIGOS!!!

Diante das teclas do computador...
As palavras... as letras saem do peito...
São transformadas em palavras... alegria! Saudades!
Não sei qual meu estilo... só sei que SOU AMIGO!!!!

Bosquinho Duarte

Os.: Como disse, PRIMO, não sei qual meu estilo...vou escrevendo
        coisas aqui de dentro...abraço!!        

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

28º DOMINGO DO TEMPO COMUM



14.10.2012 – Mc 10,17-30

A
 liturgia de hoje está bem apropriada para o tempo político em que vivemos, pois fala de escolhas.

A primeira Leitura é retirada do Livro da Sabedoria. Esta é um Dom de Deus dado àquele que, reconhecendo sua finitude e debilidade, se coloca nas mãos de Deus escutando suas propostas, aceitando seus desafios e seguindo seus caminhos. Pois, a “nossa sabedoria”, muitas vezes, nos conduz ao ódio, à exploração, violência, injustiça, divisão e sofrimento.

A segunda Leitura nos apresenta um “discurso”, que pretende chamar a atenção sobre os ensinamentos de Jesus: Palavra viva, transformadora, eficaz, que entra em nosso coração como espada afiada, transformando nossos sentimentos, pensamentos, valores, opções e atitudes. Confrontando nossos desejos mais secretos, nossas intenções mais escondidas.

No Evangelho, a Palavra de Deus nos adverte para a incompatibilidade entre o Reino e o apego às riquezas. Colocar a confiança e a esperança nos bens materiais envenena o nosso coração, tornando-nos orgulhosos e vaidosos, afastando-nos de Deus e de suas propostas.

 O homem rico de que nos fala o Evangelho representa qualquer um de nós: piedoso, não furta, não mata, não adultera. Jesus diz que este é o primeiro patamar e apresenta o segundo, que tem um novo grau de exigência: viver no amor, na partilha, na entrega, no serviço.

Nós estamos dispostos a renunciar privilégios, honras, sucessos, muitas vezes legítimos, mas que nos impede de nos dar as mãos? Não se trata de uma dificuldade, mas de uma impossibilidade: “é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha”...

Anaíres Lino