sábado, 30 de abril de 2011

“Tizim” - é muito bom ter um irmão assim!

Muitas vezes queremos apear de nossas vidas, lembranças, erros, fracassos, desencontros. É um equívoco. São eles o adubo do que somos, do que nos tornamos.Elas nos tornam diferentes, melhores.

Airton, você soube fazer isto, fincou na terra as raízes e cresceu mais generoso, forte, presente, fraterno, alegre. É muito bom ter um irmão assim, mas você não é só nosso irmão, você o é para todos que precisam de um ombro, de um sorriso, de uma presença, de um consolo.

Você soube construir uma família consistente com persistência e amor. Um amor às vezes enviesado pela dificuldade de se fazer claro e entendido, mas sempre presente. Um amor às vezes guardado, com  relutância de se apresentar e que por isto doído, mas um amor sempre presente.

Te amo por tudo isto, pela alegria intensa, pela mão sempre estendida nas dificuldades e nos bons momentos, pelo olhar sincero, pela beleza externa e da alma.

Mais setenta anos para você, para todos nós, que Deus nos abençoe.

Ana Lucia Lino



Obs. espero que o sorteio inclua passagens com acompanhantes. Beijos

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Amanhã é sábado!

Se você é daqueles que chega cedo no “Plenário da 83”, continue assim, correndo pra ser pontual. Pois se chegar depois do café com tapioca, muita coisa vai perder.

Se você é daqueles que está sempre atrasado, acelere pra ser o primeiro no “Plenário da 83”. Pois se perder o horário, não tem como recuperar o café tomado ou como diria o Chico, o leite derramado.

Assim, nos primeiros raios do sol da manhã, desse sábado generoso, não importa se você é dos chega cedo ou dos que está sempre atrasado. É melhor que você não perca tempo.


Obs.: Não esqueçam a
P r o m o ç ã o:
Mande uma mensagem para o Setentão e
ganhe um fim semana no Sítio Soledade!


quinta-feira, 28 de abril de 2011

O coração é a cara da Mamãe!

Ontem, 27.04.11, o cardiologista Dr. André foi consultar a Mamãe. É o mesmo médico que lhe tinha atendido na crise de fevereiro.

Como estava programado, também lhe fez um eco cardiograma.

O Eco visualiza o coração funcionando: suas cavidades se enchendo e se esvaziando de sangue a cada segundo. As válvulas que se abrem e fecham no tempo certo para o sangue fluir na direção correta. O músculo se contraindo e relaxando numa pulsação cadente e ritmada.

Vocês perceberam como o coração é a cara da Mamãe. Enchendo e esvaziando, abrindo e fluindo, direção correta, pulsação cadente e ritmada.

A propósito, ele achou a Mamãe surpreendentemente bem. Ótima recuperação. Pediu mais alguns exames de sangue, mais por rotina.

A pressão está boa. Come normal. Voltou a caminhar. Diariamente faz o percurso do seu quarto ao portão da garagem. Na tranquilidade, aponta com o dedo quando o carro da Altair não está.

Se tinha saído do trilho, retornou.

Quem toca suas mãos, percebe que estão bastante gastas. Mas isso é o resultado de excesso de carinho que na vida dispensou à sua família.

Sua vista embaçada quase não nos alcança. Cansou de tanto nos buscar, de ser testemunha de nossas vidas, de presenciar nossa temporada de choro ou de assistir nossos momentos de contentamento.

Quem assim a vê, reconhece seu estado como um ajuste com a solidão de uma velhice agradável e entende sua merecida situação de conforto.

Ali está ela, com a gente, mas muito mais nos braços de Nossa Senhora.

Ali está ela, com nós todos, mas muito mais nas mãos de Deus.

O cardiologista viu o que a gente sente, fez o essencial, o que faz jus nosso agradecimento, o principal há muito fez o Senhor, merecendo nossa louvação.


Obs.: Não esqueçam a
P r o m o ç ã o:
Mande uma mensagem para o Setentão e
ganhe um fim semana no Sítio Soledade!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Homenagem do “Blog” aos 70 anos do Airton.

P r o m o ç ã o:

Mande uma mensagem para o Setentão e

ganhe um fim semana no Sítio Soledade!


A partir de hoje, 27.04.11 até 14.05.11, você pode mandar, via email – joaolino52@gmail.com – uma mensagem para ser postada no “blog” referente aos setenta anos do Airton e ganhar um fim de semana no Sítio Soledade.

Esse foi o modo que o nosso blog “Mel com Farinha” encontrou para prestar uma homenagem ao setentão.

terça-feira, 26 de abril de 2011

A Semana Santa bastoliniana foi santa e animada.

Como sempre, a fazenda Saboeiro estava repleta de gente: filhos, filhas, noras, genros, netos, netas, cunhados, cunhadas e etc. O et cetera era mais de dez.

Pra variar, a Soledade estava abarrotada de parentes: Ângela, Carlos, Marquinho, Arlene, Anaíres, Aninha, Moisés, Angélica, Mateus. Além do Israel, Alice e a Iana, que vale por uns três et cetera.

O Pacheco foi de uma movimentação minúscula. Somente a Sarinha com o Daniel e, principalmente, o Rafael. Sem aglomeração, li um bom livro do Bento XVI: Luz do Mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos. Uma conversa com Peter Seewald. Recomendo.

Os outros pipocavam por aí, o Arino, em retiro, escrevendo suas memórias.

Na Mamãe, a Altair. No Juvenal, a Aines. Na Catedral, a Aila.

Hoje, bastoliniano é essa gente do tipo que não acorda de manhã sobressaltada e nem se atrasa pra tomar café. É gente acostumada a passar o dia inteiro esperando a refeição seguinte. Não quer ganhar o mundo, mas não quer perder um bom papo. Essa gente é acostumada a ver o tempo passar preguiçosamente. Alegra-se em doses de solidariedade e companheirismo. Gente que percebe a beleza que a rodeia, afastando as preocupações e trazendo para perto de si a generosidade da vida.

Essa gente tem vontade de estar com os outros, isso é essencial para a vida, pois o conjunto é muito mais resistente que a unidade.

Essa gente tem uma vida distinguida pela espiritualidade da Páscoa, uma vez que sempre procurou agir de acordo com a Palavra de Deus. E é através dessas atividades no amor que se vive a Páscoa.

Continuemos assim, é assim que devemos viver. É assim que devemos ser. 

O que está acontecendo?

O que está acontecendo, por onde anda o redator oficial deste blog? Esqueceu desta aficionada esqueceu que "tenho um coração" e nesta altura "bem melhor que não tivesse", por que o desprezo, por que o silêncio?

Não posso acreditar que não tenha acontecido nada, nada, nada neste tão distante e querido pedacinho do céu, ninguém brigou, ninguém pisou na batatinha, ninguém fez absolutamente nada ou será que deu branco ou pior quebrou o computador?

Estou mais aflita que mãe de madrugada esperando o filho atrasado, agricultor olhando o céu, torcedor esperando o pênalti, aluno fazendo a prova sem estudar, noivo no altar, Anaíres sem curso, Ângela na troca de prefeito, criança a espera de Natal... Sei não, acho que vou roer a unha e rezar.

Beijos.

Ana Lucia Lino

Vivendo e aprendendo!

A Maria Isabel (viu Tizim?) brincava pulando e correndo e a Joana fazendo observações até que ela parou e falou:
"mamãe pare de ser um pouquinho mamãe".

Ana Lucia Lino

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Meu modo de ser

Quando dizes que eu ando penso para um lado,
Por favor, não culpem a minha coluna não.
Tenho este andar lento e meio desajeitado
Porque carrego muita paz e alegria no coração.

É esse o peso que me faz tombar de lado,
Não o peso pesado que dá dor,
Mas o um jeito, talvez meio curvado
De tanto agradecer as graças do Senhor.

Lá dentro está guardado meu tesouro,
Que com meu modo de ser eu o alimento.
Na certeza que vale mais do que ouro,
Pois falo do meu mais puro sentimento.

Quando me vires penso para um lado,
Esqueça a coluna e pense no amor.
Naquele andar meio desengonçado
Tem um homem agradecido ao Senhor.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Nossa inércia denuncia nossa indiferença!

Lendo a Lectio divina de Bento XVI no L’OSSERVATORE ROMANO”, de 19.03.11, páginas 10 e 11,  tirei algumas reflexões que me pareceram interessantes. Repasso-as.

De início, devemos viver de acordo com a Vontade de Deus, em concordância com a Palavra e as ações de Jesus Cristo. E não segundo nossas próprias idéias teológicas, aquelas que nos sentimos confortáveis e acomodados. Se assim procedermos, vamos viver uma religião “a la carte”, ou seja, de acordo com nossos próprios desejos, conforme nossos comodismos.

Mas qual é a Vontade de Deus? Pois, somente conhecendo a Sua vontade é que poderemos viver no amor do Pai. Encontramos essa vontade essencialmente nos evangelhos. Lá, através da palavra e das ações de Jesus e que podemos reconhecer qual o caminho de nossa vida. Santo Agostinho formula de forma lapidar um caminho: “Intellige ut credas, crede ut intelligas”. Entende para que creias e crê para que entendas.

Em segundo lugar, vejamos nesses dois versículos (40 e 46) de Mateus, em que o Senhor recrimina e denuncia. Inicialmente, Jesus censura Pedro: “Como assim? Não fostes capazes de vigiar comigo por uma hora!”. Em seguida, dá a conhecer a todos o servo infiel: “Levantai-vos! Eis que meu traidor está chegando”. Enquanto Pedro dorme, Judas está acordado.

Isso para nós é muito significativo. Enquanto a esperteza de muitos marginaliza, oprime e explora uma grande parte de nossa sociedade, nós permanecemos sonolentos em nossa zona de conforto. No momento em que nossos irmãos são pisados e traídos pela ganância de alguns, nossa inércia denuncia nossa indiferença.

Santa Semana Santa pra todos.


Obs.: Se você quiser fazer comentário e tiver dificuldades, faça-o através no email: joaolino52@gmail.com

sábado, 16 de abril de 2011

O aparelho novo!

Vocês já ouviram falar em arrastão. Pois foi exatamente isso que aconteceu nesta manhã “no 83”. Por volta das sete horas, chegamos juntos, Airton e Carmem Sílvia, Arino e Arlene, Anaíres e eu, um com uma canjica, outro com bolo de goma, outro com bolo de banana e ainda outro com um pacote de pão. Lá dentro madrugaram o Mauro e o Airles Jr.

Mesa e conversa farta.

Hoje, além de não haver as preliminares, fomos direto para o setor gastronômico. Outra novidade foi a presença de um aparelho sofisticado, última geração, vindo da Europa, o “Bestiômetro”.

Inicialmente, foi explicado como funcionava o aparelho: muito simples, exatamente como um termômetro, que mede a oscilação da temperatura, alta ou baixa.

Se a conversa navegasse em alto nível, bem comportada, um falando de cada vez, o aparelho avisava a normalidade através de uma luz verde. Entretanto, se a conversa descambasse para um “pega pra capar”, todos falando ao mesmo tempo, ninguém ouvindo ninguém, o argumento proporcional ao tom da voz, o aparelho advertia por meio de uma luz vermelha.

O assunto do dia foi a nossa Prefeita. É ou não é competente? Está ou não está fazendo uma boa administração. Inaugura ou não inaugura suas obras? Há controvérsias. A matéria mereceu contestações. Alguns argumentos foram totalmente impugnados, outros rejeitados, sob protestos. A polêmica se generalizou. Os ânimos se exaltaram. Ninguém ficava parado na cadeira. Em boas palavras, enquanto uns rodavam a baiana, outros chutavam o pau da barraca.

Eu só estou querendo dizer que foi uma daquelas boas manhãs.

Ah! Ia esquecendo, o aparelho depois de ficar o tempo todo no vermelho, não suportou... queimou.

É mole?

Obs.: Se você quiser fazer comentário e tiver dificuldades, faça-o através no email: joaolino52@gmail.com.br

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O mote, parte 3.

O interessante é a recorrência.

Os assuntos são sempre os mesmos e o ponto de vista também. Há anos.

Poderíamos fazer, com o mesmo cenário, isto é muito importante, vital, sozinhos, toda discussão, rebatendo, criticando, como faria o inimigo, sobre todos os assuntos. Qualquer um.

A nossa persistência, que faria inveja a São Paulo, faz com que tenhamos esperança que aquele desgarrado um dia tome juízo e veja como é clara e lógica a nossa opinião e abrace o nosso ponto de vista diametralmente oposto aquilo que ele acredita e defende há pelo menos 50 anos.

Eta familinha teimosa.

https://mail.google.com/mail/images/cleardot.gif
Ana Lucia Lino

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O dia que meu genro implodiu!

O “Chá de Barnela” da Carolina e Heládio, no sábado, 09.04.11, foi uma explosão de alegria. Ou implosão?

Os convidados iam chegando por volta das três da tarde. O Heládio recebia-os com um sorriso e dois copos de chope. Para cada convidado o noivo virava um chope. Um, dois, três, e a tarde caía e ele junto com ela.

Quanto mais convidado, mais chope.

Imagino como estava o organismo do meu genro: um tsunami de chope chegando ao estômago.

Este, o estômago, devia estar desesperado e, lá em cima, o cérebro, percebendo o que estava acontecendo e, pior, o que poderia acontecer, pensava aflito:

- O homem endoidou! A gente não agüenta tanto chope de uma só vez.

Ele pára de pensar e começa a agir. Primeiramente, um comando de alerta à turma lá de baixo:

- Atenção! Atenção! Atenção! É uma emergência, vamos aliviar o estômago, enchendo a bexiga e levando o noivinho pro banheiro.

Sucesso total, de imediato o noivinho entra e rapidamente sai do banheiro.

Por um momento o estômago fica mais leve, não por muito tempo. Logo vem outra onda de chope, e agora com doses de cachaça. O cérebro ordena ao pessoal de baixo a abarrotar a bexiga rapidamente e mandar, digamos, o “bebinho” novamente para o banheiro.

Ele entra outra vez no banheiro, só que agora o banheiro não tem somente um ferrolho, mas quatro. A dificuldade de entrar e sair é quadruplicada. E o pior é que os ferrolhos não ficam parados, ficam rodando.

Finalmente, ele sai do banheiro, e abraça outra caneca de chope. É o bastante para o cérebro se desesperar. Pensa rápido: mais um volume de chope e a negada lá de baixo, que está pegando pesado desde às três, não vai dar conta.

É implacável e determina:

- Implode o homem.

Ato contínuo, o homem implodiu, caiu molim, molim, nos braços da noiva.

O resto, todo mundo já deduziu: dormiu melado, acordou gorado e foi trabalhar, em pé, doze horas seguida, azedo. Ressaca pura.

Diga-se, de passagem, pra bebo é pouco.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ainda sobre o “Plenário da 83”.

Vossa Excelência esquece que os debates são feitos na mais absoluta calma, tranquilidade e tolerância.

- Lógico, lógico, lógico.

Todos estamos ali mais para ouvir do que para falar. Todos temos paciência de esperar que cada um estruture o seu argumento. Aliás, todos eles com muita coerência e concisão.

- Não tenho a menor dúvida.

Faz-se necessário acrescentar que nenhum debatedor se acha "dono da verdade". Todos estamos simplesmente querendo expor nosso ponto de vista, sem jamais ter a pretensão de convencer alguém.

- Imagine.

Ninguém se retira do recinto por discordar de outrem ou em protesto pelo que ouviu e não gostou.

- De maneira nenhuma.

Não se percebe em nenhum momento cortes ou "atropelamento"  da fala um do outro. A um simples sinal de que deseja falar, imediatamente é cedida a palavra.

- A palavra de ordem é o respeito.

Não existe aquele que é do contra o tempo todo, como também não existe aqueles que não toleram discordância.

- A coerência é nosso lema.

Não existe aquela que por ouvir todos o tempo todo, usa de argumentos privilegiados para ganhar uma boa causa.

- Não existe a mínima possibilidade.

Não, não, não... Não tem nenhum que use da prerrogativa de estar algum tempo fora para monopolizar todas as conversas.

- Isso nunca aconteceu.

Ah! não, querer ganhar todas porque já pesquisou antes na Internete, ou porque assistiu todos os noticiários do dia anterior, esse tipo nós não temos decididamente em nosso Plenário. Muito menos, aquele tipo que se diz "dono do pedaço" e decide até o conteúdo do lanche, imagine o "conteúdo" da discussão.

- Decididamente não temos.

Afinal, se formos analisar tudo o que temos e "não" temos levaríamos muito tempo, deixo isso para outros leitores do blog.

- Perfeitamente.

Mas, uma coisa precisa ser dita, naquele plenário existe muita cumplicidade, fraternidade e união. Este é o segredo para nunca ficar vazio.

- Somente os honestos revelam seus segredos.

Ana Aíres Bastos Lino

terça-feira, 12 de abril de 2011

O mote.

Saindo pra mamãe de manhã cedo, como faço costumeiramente, toca o celular. É a Ângela. Quer carona. Vou buscá-la para se juntar à Anaíres, Arino, Altair, Aila.

O principal motivo é ver a mamãe. Mas não é somente esse, tem o bom papo: saber das novidades, como vai cada um e seus familiares, se alguém tem alguma novidade do Rio, de Baturité ou da Soledade. E outros babados mais.

Nesse dia, tempo chuvoso, depois de uma espiada na Mamãe, nos reunimos na área com pouca conversa e alguns palpites: “Vai chover mais”. “Não, vai já parar”. “Isso é chuva para o dia inteiro”.

Nesse momento, a Aila, que estava com um boleto da Rede Vida, ela contribui mensalmente com a emissora da família brasileira, fez-me uma pergunta qualquer sobre o boleto.

Daí, o mote para diversos questionamentos. Porque vocês já devem ter percebidos, que nós precisamos de um mote para abrir o plenário. O mote é o motivo, o assunto da pauta ou da não pauta, que vamos desenvolver. Na verdade, nós não temos uma pauta predefinida, o assunto de nossos encontros acontece com o mote. A beleza está na não pauta que desenvolvemos diariamente.

O mote de hoje foi a Rede Vida. Contribuir ou não contribuir?

Um dizia que a Rede Vida estava fazendo propagandas iguais às outras emissoras, por isso não contribuía. Outro alegou que ela passava jogos da segunda divisão do campeonato paulista, também não colaborava. Alguém sugeriu que melhor seria ajudar os asilos. A Aila ainda tentou argumentar que na Rede Vida passava muitos programas religiosos, tinha bons padres, etc.

Mas os ataques aumentaram, ela se viu só e não teve dúvida: abriu o jornal, escondeu-se por detrás e esperou o melhor momento pra ver a Mamãe. Diga-se, ela copiou uma técnica válida e bastante usada em nosso plenário.

A Rede Vida foi o mote do dia. De mais um bom dia.

Quer mais mote, pois anote. Entrou no cu do pato, saiu no cu do pinto, se quiser mais mote, amanhã eu conto mais cinco.

O “plenário da 83”.

Todo dia no “plenário da 83” é festa.

O “plenário da 83” é o lugar ideal para fortificar nossas raízes. Um terreno fértil para cultivar o conceito de família, amizade e companheirismo.

Numa palavra, é lá que costuramos nossas cumplicidades.

Mas no sábado é diferente. Tem mais gente, é lotado. Mais gente e um tempo maior para se discutir. É a manhã toda.

No sábado, temos mais oportunidade de resolver os diversos problemas mundiais, nacionais, estaduais e municipais. E olha que, no momento, são muitos: o tsumani do Japão, a política brasileira, a administração da Luizianne e o time do Ceará, entre outros.

Não se tem consenso para assunto nenhum. Nunca.

Os membros começam a chegar por volta das sete da manhã. Quando o “plenário da 83” reúne seus primeiros debatedores, começam as preliminares, na área de entrada, antes do café. É só o aquecimento.

Mesmo sem a quantidade total dos membros, inicia-se a parte gastronômica da sessão: café com pão, bolo, tapioca, canjica, etc.

No decorrer do Café chegam os mais dorminhocos e em pouco tempo o plenário está cheio. No ponto.

As grandes discussões, muitas das vezes, começam na mesa e se arrastam para o deck.
Lá, no deck, é onde a coisa pega.
O método é a falta de ordem.

É ali, naquele local sagrado, naquela roda de bem, que jogamos, com muito orgulho e determinação, conversa fora. Das boas.

No final da manhã, ante um plenário repleto, não simplesmente de pessoas, mas de um clima de pura amizade, vai-se esvaziando a sessão do dia, para retornar no sábado seguinte.

sábado, 9 de abril de 2011

Tenham pena de uma exilada.

Todo dia pego minha xícara de café e vou sentar com o lap, esperando notícias, qualquer uma e muitas vezes não acho nada e retorno mais tarde e mais tarde e... nada. Não é possível que uma família tão grande me deixe sozinha na varanda...

Aila não se esqueceu de nada, nem a chave na porta? Altair deixou de ser pára raio? O Airles continua com o mesmo carro de um mês atrás, e na Soledade como vai a viúva do seu Wilson? E a Ininha só uma queda nesta quaresma (sem trocadilho), e Anaíres nenhuma promessa, tudo nos trinques?

E a Ângela, qual foi a ultima doação? E a Sofia como vai? E o Rafinha?

Aí galera, tome tento, não se pode esperar que uma só pessoa alimente o jornal, vejam o que aconteceu com “A Verdade ",  é isso que vocês querem?

Socorro, quero mais, quero assunto na minha varanda, quero rir, sentir saudade, reclamar, rebater, achar besteira, mas quero presença.

Se todos gostam e acesso é grande por que o silêncio. Qual é?

Vamos lá, o revisor é ótimo, ponham uma caneta na ponta da língua e mande ver, tenham pena de uma exilada... Beijos 

Ana Lucia Lino

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A semente bastoliniana!

Apagar o fogo do fogão quando o leite estiver fervendo. Abrir o guarda chuva num temporal. Realmente, existem coisas que não podem esperar. Os marqueteiros vão dizer que é escolher um bom plano de saúde, um ótimo colégio para seus filhos ou um carro importado.

Além de coisas, têm pessoas que não podem esperar.

A principal dessas é a Mamãe.

Ela não pode esperar que você vá abraçá-la.

Ela não pode aguardar o seu sorriso, que, possivelmente, ela nem vai ver.

É insuportável sua ausência para aquela mulher, com uma alma escondida debaixo de uma pela suave, quase transparente. Santamente límpida.

Ela tem pressa, assim como célere foi em nos fecundar com bons frutos. Talvez nossa produção não fosse tão frondosa sem a semente bastoliniana.

Pedir sua bênção é uma necessidade a satisfazer com a máxima rapidez.

Se um rio fosse, era somente um breve filete de água que mal daria para molhar os pés. Água cristalina. Ou cristalino?

Se santa fosse, era igualzinha a ela. Porque santa ela é.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Mamãe, a Augusta e a Moto.

(Voz Aborrecida e Preocupada) Mamãe não dormiu bem. Passou a noite gemendo. O curioso é que isso somente acontece com a Augusta. É impressionante. Também, a Augusta fica recebendo, o dia todo, ligações de seus filhos e da nora. Eles dão muito trabalho. A Mamãe acaba ouvindo essas conversas da Augusta. Ela pensa que a mamãe não escuta, escuta sim. Já estou ficando chateada com a Augusta.

Nunca acontece com a Célia. A Mamãe nunca adoece com a Célia. Mas, toda vida que a mamãe tem um problema é com a Augusta. A noite passada a Mamãe não dormiu bem, quem estava com a Mamãe? A Augusta. Ela traz os problemas da casa dela, a Mamãe fica ouvindo e adoece.

Ontem foi a Augusta quem dormiu com a Mamãe. A mamãe não dormiu bem. É sempre a mesma coisa. Isso me aborrece.

Os meninos da Augusta são extremamente trabalhosos. Agora, que ela comprou uma moto pro filho mais velho, é só preocupação. A nora fica ligando que ele saiu de moto e ainda não chegou. Fica a Augusta ligando atrás do filho. O filho diz que está com os amigos e vai chegar mais tarde. A Augusta não dorme enquanto a nora não ligar avisando que o marido chegou.

(Voz Melosa) Coitada da Augusta. Ela sofre muito com a família dela. E depois dessa moto, aí é que piorou. Mas sabe, ela tem mais jeito com a Mamãe. Ainda bem que quando a Mamãe tem problemas é com a Augusta. É coisa de Nossa Senhora. Se fosse com a Célia, era um Deus nos acuda. A Célia é boazinha, mas não tem jeito pra essas coisas.

Mas por que somente acontece com a Augusta? Eu não sei o que fazer. O que tu achas, João?

(Voz Séria) - Altair, a solução seria a Augusta ficar com a moto do filho pra ela, a Célia continuar boazinha, e Nossa Senhora ficar cuidando da Mamãe.

Apanhando o copo sujo de café, entrou. Mas ainda deu pra ouvir.

- A gente tá falando sério e ele vem com essas besteiras.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O relacionamento faz bem!

Sempre percebi que, quando a Anaíres fala da Bárbara, brota uma expressão de felicidade em seu semblante. Parece-me que existe um real relacionamento entre elas. Ainda que disso elas nem percebam. Ou percebem?

Muitas pessoas têm importância na vida de outras pessoas. Algumas acham que não. Outras se acham. 

Têm pessoas, entendo que a maioria, que são felizes de acordo com seus relacionamentos. Ou seja, quanto melhor estiver o relacionamento, mais feliz está. Esse relacionamento pode ser com o irmão, o marido, a mãe, a amiga, a neta, o professor etc. O certo é que o relacionamento faz bem.

Falo daquele relacionamento real. Que realmente existe. E como sabemos que é real? Quando uma gosta da outra pessoa não somente para conversar, por exemplo. Se seus olhos brilham quando dela se refere. Ou seu sorriso banha o rosto de felicidade quando fala dela ou com ela.

Dividir seu espaço com essa outra pessoa lhe traz felicidade, prazer e beleza. Beleza? Sim, beleza. Entre elas não existe o feio, nada é oposto à beleza moral. Tudo é admiração. O que torna o relacionamento real é a admiração, a sinceridade e a cumplicidade.

Às pessoas que se acham, procurem perceber a existência da cumplicidade na outra. E àquelas que acham que não têm tanta importância, percebam no outro o sentimento de amabilidade que se faz abrir em sorriso num simples café da manhã ou numa sessão da tarde.

Por fim – já que a quantidade de palavras para postar no blog está se exaurindo – entre essa avó e essa neta existe muita cumplicidade, sinceridade e beleza. Assim sendo, porque é real, esse relacionamento faz muito bem para elas. E para nós.