sábado, 14 de novembro de 2020

“Dar uma banana!”

 

O

 que é uma banana?

 

Todos dirão que é uma fruta tropical, cultivada em inúmeros países, ou seja, em todas as regiões tropicais do planeta.

 

Nasce de um caule subterrâneo e em sua parte superior formam belíssimos cachos, que juntos compõem uma penca.

 

São fontes de vitaminas A, C e fortes em fibras e potássio.

 

As melhores, sem dúvida, que valem ouro, são as pratas da Soledade.

 

Mas banana – “Dar uma banana!” – também pode ser um sinal. Um sinal de desagravo, um aceno de saco cheio, de aborrecimento. Sem rodeios, é um “Vá à merda” em gesto.

 

Deve ser usado esporadicamente quando se está de saco cheio com alguém que lhe fica aporrinhando.

 

Pode ser uma ótima, melhor dizendo, uma excelente resposta para aqueles que dizem: Eu não disse! Eu já sabia! Era isso que você tava querendo?

 

Exemplificando.

 

É quando você faz uma coisa errada e já tinha sido advertido. Quem lhe advertiu, olha pra você e diz: Bem que eu disse! Nesse momento, você olha e faz o gesto “Dar uma banana!”. Não precisa dizer nada, nenhuma palavra. Já disse tudo!

 

E como é tal gesto?

 

É feito usando os dois braços. Inicialmente posicionam-se os braços segurando um arco imaginário, como se fosse lançar uma flecha. A mão esquerda fica esticada e a outra dobrada até o ombro direito. Em seguida, a mão direita, com o punho fechado, vai de encontro à esquerda que a recebe em estado côncavo. Nesse momento, isso é muito importante, você faz um rápido giro em sentido horário com a mão direita (a que está fechada) e, concomitantemente, a esquerda recua, deslizando pela parte inferior do braço que foi lançado, até o bíceps, parando a centímetros do sovaco ou das axilas, como queiram.

 

Fazendo uma analogia com o lançar de uma flecha fictícia.

 

A velocidade da mão direita indo em frente como uma flecha e a esquerda recuando como o cordão do arco.

É importantíssimo o tipo de velocidade, pois mostra seu grau de aborrecimento.

 

Você pode fazer “Dar uma banana!” lentamente, garantia de total controle. Sugere-se que use a pausa para olhar nos olhos da, digamos francamente, da vítima.

 

Inversamente, quanto mais veloz, ou seja, quanto mais rápido você “Dar uma banana!”, mais você está aborrecido, novamente sejamos franco, você está puto mesmo.

 

Em tempo, “Dar uma banana!” não é para qualquer um, e que se pode fazer em qualquer lugar e em qualquer tempo.

 

Necessita de personalidade.

 

Acreditem, exige respeito.

 

Pois, “Dar uma banana!” vem da tradição soledadeana, ou seja, remota de transmissão de práticas e valores seculares.

 

A bem da verdade, tem nome e sobrenome.

 

“Ela sabia das coisas!”

 

Uma penca de bons frutos e um bom dia nesta linda quinta-feira!

 

PAPAI - 2020

 

P

onho meus sentimentos nos teclados que, de imediato, surgem na tela, não sei se saem com toda fidelidade.

O caminho do coração à tela pode desfigurar alguma autenticidade, no mínimo abrandar o calor.

Sei que é quase impossível colocar aqui, nesse pequeno teclado, quem foi ele.

Como descrever uma gargalhada prolongada?

Como colocar por escrito um cigarro a palha sendo feito na palma da mão?

Como por em detalhes, um homem que tange animais, que saíram na madrugada da Soledade e que, no meio da manhã, surgem descendo a rua quinze?

O que dizer da virtude e valor de um homem que se levanta em plena madrugada, busca no curral uma junta de boi, leva ao engenho e dá início a moagem?

Como falar de um coração manso?

Como dizer, nesse conjunto de teclas, que a humildade dele era tão natural?

Tantos elogios eu poderiam comentar, inúmeras virtudes eu poderia enumerar, mas digo apenas, que

AMO O MEUPAI DE TODO CORAÇÃO!

 

Boa sexta-feira, que tenhamos no final de semana motivos pra gargalhadas...

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

DOIS VERSÍCULOS!

 

 

Meu Senhor e meu Deus!”

“Amai-vos uns aos outros como EU vos amei!”

Esses dois versículos resumem todo o Novo Testamento.

As demais passagens passam por eles.

Fico sempre pensando que esses versículos orientam  toda nossa atividade cristã.

E respondem os nossos

COMO? POR QUÊ? QUEM? AONDE?

Quaisquer que sejam nossas dúvidas, as respostas sempre irão “cair” neles

QUANDO? Aqui e agora, sem pressa mas sem perder tempo, a inércia escraviza.

QUEM? A negrada toda, meu vizinho, meu estranho, meu diferente, meu FRATELLI TUTTI.

AONDE? Aonde meu coração chegar, ali onde eu puder esticar a mão. Em qualquer lugar é lugar de compaixão.

POR QUÊ?

Porque foi assim que ELE nos amou.

I N É R C I A


U

m dos grandes males de nossos dias é a inércia.

Uma vida sem movimento, simplesmente anulada.

Uma vida anulada é aquela que se fica dando voltas em torno de si e apontando com um dedo acusador para quem está fora de seu mundinho.

Com o invisível vírus, perdemos a visibilidade do outro.

E isso deflagrou males imensos.

Estamos em isolamento social, daí pra inércia é um pulo.

Estamos como um objeto parado com a total possibilidade de continuarmos parados.

Mas a vida não parou.

Com a inércia, parados corremos para o vazio, e nessa pressa de nada fazer e nem sentir, esvaziamo-nos.

E no vazio vem o desperdício de ser.

E aí, a última solução é o umbigo.

E a pior, é o dedo apontado.

Olhe em frente, enfrente.

Dê-se. Peça. Solicite.

Dê-se a ajudar.

Peça para fazer juntos.

Solicite e saia do vazio.

Viva!

O vazio é o menor da vida.

O outro nos preenche e nos torna maior

 

SIM! SIM! SIM!

 

S

im, sempre.

 

Quando Jesus disse a Simão Pedro:

“Siga-me, de agora em diante serás pescador de homens!”.

Pedro respondeu: SIM!

Quando Jesus falou a Maria Madalena:

“Vá e não peques mais!”.

Madalena respondeu: SIM!

Quando rezamos:

“O pão nosso de cada dia nos dai hoje”.

O PAI, responde: SIM!

Quando cobrimos quem está nu.

Respondemos: SIM!

Quando visitamos o preso e o doente.

Dizemos: SIM!

Quando buscamos solucionar um conflito.

Estamos dizendo: SIM!

Quando não suportamos as opressões.

Estamos reagindo com um SIM.

Diga SIM para o bom e o bem!

Com o nosso SIM, nosso grande SIM, não ficamos presos, mas libertos e leve como uma borboleta.

É pelo SIM que a gente se alegra e se rejubila!

Quando do nosso SIM o mundo se modifica, talvez nem seja propriamente o mundo que se modifique, e sim, o nosso coração que se transforma.

E é o nosso coração que modifica o mundo.

A terra rejuvenesce a cada SIM.

E pelo SIM, o PAI continua a nos alimentar com sua PALAVRA.

Enfim, o maior SIM da humanidade foi dito por ela:

“Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra!”.

No fim, tudo se resume a esse SIM!

Boa sexta-feira!