terça-feira, 31 de janeiro de 2012

BEM PERTINHO DOS CENTO E DOIS!


ESTÁ NA SOPA QUENTE NA PANELA

E NO DOCE DE BANANA DE RODELA!

BEM PERTINHO DOS CENTO E DOIS!


AMAR-NOS PARA ELA É ROBE,
QUE MULHER QUE CRIATURA
ESTÁ NO FOGÃO A LENHA
E NA MÁQUINA DE COSTURA.
ESTÁ NO FOGO QUE FERVE
E NA FUMAÇA QUE SOBE.


A saga de uma Heroína – 5ª parte

O
ra insetos atacavam
Provocando irritação,
Eram comuns pereba
Papoca  e comichão.

Tosse de “cachorro doido”
Era doença comum,
Do maior ao mais pequeno
Não escapava nenhum.

Quando eram atacados
Só com uma rouquidão,
Ela fazia promessa
Pra pagar no monturão.

Ou a cura era “chazinho”,
Quase sempre “ resadeira”,
Ou então ela apelava
Para a Beata Vieira.

Se a crise ficava “feia”
Se mandava pra cidade,
Os enfermeiros de lá
Tinham mais acuidade.

Fazia esta viagem
Sempre no burro Cardão,
Acompanhada do Aio
O fiel Manuel Julião.

Um “baixim” adoeceu
Quase ia pro caixão,
Ela conseguiu curá-lo
Com promessa e oração.

Quando era só lombriga,
O doente era purgado,
Aí  vinha óleo de rícino
Que era o remédio indicado.

Tomava de madrugada
E ficava “resguardado”.
Quando “fizesse efeito”
É que era alimentado.

Se não fosse tratado,
Vinha logo o amarelão.
Se tornava barrigudo
Com fastio e sem ação,
  
 Zedolino


sábado, 28 de janeiro de 2012

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Mc 1,21-28 – 29.01.2012
O
 fenômeno profético não é exclusivo do Antigo Testamento, também hoje temos pessoas que são sinal de Deus no meio do povo. Tais pessoas não escolheram ser profeta. É Deus que as qualifica para fazer chegar aos homens sua mensagem.

O próprio Deus prestará contas a quem fechar os ouvidos e o coração aos desafios que Ele, através dos profetas, apresenta ao mundo.

Paulo não pretende desvalorizar a vida conjugal, mas esclarecer que a realidade é efêmera e passageira, e não deve, de forma nenhuma, ser absolutizada. Esta reflexão leva-nos a repensar nossas prioridades e em que grau se encontra nosso desprendimento, doação e disponibilidade.

O Evangelho nos apresenta Jesus como o Messias que proclama o Reino de Deus. A Autoridade que se revela na Palavra de Jesus manifesta-se também nas suas ações concretas.

A ação de curar o homem do espírito impuro é a prova de que Jesus trás uma proposta de libertação que vem de Deus.

Jesus cumprindo o seu projeto libertador pela Palavra e pela ação renova e transforma em homens e mulheres livres todo aquele que vive prisioneiro do egoísmo, do pecado e da morte.

O Evangelho nos garante que Deus não desiste da humanidade.

Anaíres Lino


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Tô chegando!

A
fivelando as malas, preparando a garganta, afiando as garras, escovando o sorriso, ensaiando o "nem ligo", tirando dos arquivos os assuntos amarelados e recorrentes... Enfim, me preparando para viajar.

Não se pode chegar à 83 simplesmente chegando, é preciso mais, é necessário repassar argumentos, lubrificar o raciocínio, preparar a voz. Tem-se que estar disposto, pronto, a 83 não é assunto para amadores.

As contendas sobre os mais variados assuntos desperta essa nossa incapacidade de ser controlado e qualquer assuntinho bobo vira assunto de salvação do mundo, dura horas e dar um xeque mate no adversário do momento não tem preço.

A 83 é' um gerador de energia, de projetos, recarrega-se a bateria. Caminha-se com mais vigor ligadas pela amizade, pelo querer bem, isto, no entanto, não tira a nossa inata aptidão de argumentar.

E como é bom...

Como é bom aquela gozação que gera boas gargalhadas e só para na rodada de café ou de cuscuz.

Como é bom esta nossa capacidade de nos unir pelas conversas, pelos assuntos repetidos, por tudo e por nada.

Como é bom estar com roupas confortáveis num ambiente amistoso.

Como é bom revolver doces memórias.

Como é bom suavizar sofrimentos pelo compartilhar de irmãos.

Como é bom estar ali.

Como é bom adiar compromissos e ir ficando, ficando nesta confusão que dá paz.

Como é bom, mesmo derrotado, às vezes, sentir este consolo encontrado no reconhecimento de que somos unidos para sempre por um elo que jamais se rompera.

Essas atividades “da 83” rejuvenesce, renovam, inspiram, dão alegria, mas não pensem que estou levantando bandeira branca,vou com tudo, defendendo a minha justificável fama de gostar de discutir.

Ate breve!

Ana Lucia Lino


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Modéstia à parte.

S
empre quando saio “da 83”, penso que a idade somente aguça nossas qualidades. Modéstia à parte.

Reconhecemo-nos santos e pecadores.

Sentimo-nos pessoas boas. Gostamos de estar unidos. Isso não impede de algumas vezes nos ferirmos, mas o perdoar é inevitável. Esse exercício do perdão nos faz um bem danado.

Lá, nos sentimos seguros, no entanto, esse nosso convívio diário, que nos faz sentir, de certa forma, protegidos, é livre e espontâneo. Felizmente, não nos aprisiona.

Lá, se busca coisas muito simples. Sem grandes pretensões, um pouquinho da vida de cada um, um pouco de graça pr’umas boas gargalhadas.

Algumas coisas sérias que por lá chegam, fazem parte de nossas vidas, mas a felicidade sempre é bem maior. Enfim, um pouco de tudo, buscando um bom riso, sem fugir das lágrimas.

Acreditamos que aquela senhora sentada na cadeira de balanço ainda nos protege. Alguns dias, ela nos abençoa quando suas forças suportam, outros, como hoje, ela nos beija.

E assim vamos nós entre bênçãos e beijos.

Nós bem pertinho dela e ela bem pertinho dos cento e dois anos.

Tudo, creio, uma grande graça.



quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A vida continua melhorando!

N
ossos colaboradores se escafederam. Nem uma notinha só. Por menor que seja. Nem um verso, nem uma prosa e, muito menos, umas poucas linhas de uma lembrança qualquer.

Nada, absolutamente nada.

Então, “se só tem tu, vai tu mesmo”. Vamos nessa.

Nossas últimas manhãs “na 83” foram gostosas. Vivemos de boas notícias. Navegamos na Praia de Iracema em céu de brigadeiro.

Passaram por aqui, a Fabrícia com a família e no vestibular passaram o Marquim, a Ana Angélica e a Bárbara. E mais, o Xandim passou a régua e está colando grau nessa semana.

Ainda teve o infarto do Arino.

- E infarto é boa notícia?

Guardando as devidas proporções, o infarto do Arino é uma boa notícia.

Ele é outro. Mais calmo. Sorridente e de bem com a vida. Não fuma mais e assumiu a condição de não fumante numa boa.

Tá mais gordo. No meu tempo de menino, diríamos que ele está ficando “borracho”.

O time do Ceará se não lhe traz maiores alegrias, também não lhe produz grandes tristezas. Um torcedor ligth. Todo mudado.

Isso se reflete na Arlene que, com doméstica nova, navega com mais tranquilidade no face com seu ipad. Toda besta.

Com tantas notícias boas, algo dentro da Ângela se derreteu e se transformou em mel. A tudo abre um sorriso. Toda fresca.

A Anaíres, aquela que corria solta na Rui Barbosa. Bem! Isso é pra depois, afinal “se só tem tu, vai tu mesmo”, vamos com calma.



Passando uma vista no face, eu vi.

Ela postou:
– Prova de Matemática hj e eu num seu de nada!!!
Pobre alma a minha!!!
Outro zero pra coleção do 3º D
KKKKKKKKKKKKK

Comentários:

Ela – pior né anff.....

Ele – Boa prova.....

Outra – As provas dele nunca são boa se fosse do outro até que seria!!!!

??!!???!!!????


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Vai entender!

D
ias desses sem fim, passei pelo facebook e vi esse diálogo:

Ele – Domingo mais irado!
Ela – Rrsrsrsrsrsrs
Outro – Woohoo!!!
Ele – Hehehehe
Outra – Aah eu qndo eu vo e quinta....
Ela – KKKKKKKKKKK
Outra – Ei, pow, vai todo mundo msm? =S
Outro – ;ppp
Ele – Eita estouro grande!!!
Ela – O/
Ele – É nóis!
Outro – HJ TEMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
Outra – HEUHEUHEUHEUHEUHEU
Ela – :x
Ele – Cara chato, fica de lundu o tempo todo...

Entenderam?
Eu?
Nadinha de nada!


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Que bela oração!


“Devemos ter o coração dos pequeninos,
dos pobres de espírito,
para reconhecer que
não somos auto-suficientes,
que não podemos construir
a nossa vida sozinhos”


domingo, 22 de janeiro de 2012

Um dia...

N
ovo dia, chega o sol,
À noite, vem a lua.
Os tempos mudam,
E eu continuo na rua.

No sol da manhã, você pega a praia,
Na noite de lua, você vai à festa
Ficar na solidão é o que me resta!

Novo dia, chega o sol,
Os amigos você abraça.
À noite, vem a lua.
Com alguém você se engraça,
E eu continuo sozinho na praça.

Um dia eu terei a luz,
Poderei tirar muitos das trevas,
Nesse dia de sol ou de lua,
Não terá nenhum irmãozinho na rua.

Um dia eu terei a graça,
Ninguém ficará na solidão,
Das ruas sairão,
Não quero ninguém na praça.

Um dia...

3MRF


sábado, 21 de janeiro de 2012

Nós lá fora!

20/01/2012 19:00 – 21/01/2012 18:00
Visualizações de página por país
http://chart.googleapis.com/chart?chf=bg,s,EAF7FE&chs=410x205&cht=t&chco=F9FFED,E0FFD5,236A13&chld=BRDEUS&chd=s:PB9&chtm=world
Estados Unidos
100
Brasil
25
Alemanha
2
Visualizações de página por navegador
Internet Explorer
120 (94%)
Firefox
5 (3%)
Chrome
2 (1%)
http://chart.googleapis.com/chart?chs=220x110&cht=p&chd=s:9DB&chl=Internet+Explorer|Firefox|Chrome
Visualizações de página por sistema operacional
Windows
126 (99%)
Linux
1 (<1%)
http://chart.googleapis.com/chart?chs=220x110&cht=p&chd=s:9&chl=Windows

  
Como vocês estão percebendo, hoje, somente hoje, tivemos 100 visualizações dos EEUU, fato inédito, pela primeira vez um país estrangeiro tem mais visualização do que a terra natal do blog. Gostaríamos, nessa oportunidade, de conhecermos esses amigos (ou amigas) americanos. Por favor, entre em contato conosco, enviando seus comentários.
Será que isso é resultado da censura na internet, esse controle ou a supressão da publicação ou acesso de informação na internet que o congresso americano está votando?


3º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Mc 1,14-20 – 22.01.12

H
oje temos a continuação da reflexão do domingo passado: Deus chama a cada um de nós e a resposta a esse chamamento exige conversão.

Na1ª Leitura somos convidados a conhecer a profundidade da misericórdia e do amor de Deus, assim como sua universalidade. Deus ama a todos: bons e maus. E nós somos convidados a responder a Deus com a mesma prontidão dos ninivitas.

Paulo alerta que, muito embora o cristão esteja mergulhado na realidade terrena, não deve viver para ela. O mais importante é o amor de Cristo e o Reino, o resto deve subjugar-se a isso.

No Evangelho, Marcos apresenta os primeiros passos do Messias Libertador. Temos a pregação inicial de Jesus e o início da formação da comunidade de discípulos.

Jesus pede conversão e adesão, duas faces de uma mesma moeda. Isso significa escutar a proposta, acolhe-la no coração e fazer dela o guia da própria vida.

Questões significativas: o chamamento é sempre uma iniciativa de Jesus dirigida a homens e mulheres concretos; somos chamados a aderir à pessoa de Jesus, para com Ele fazer uma experiência de vida; e, por último, Jesus exige uma resposta imediata, total e incondicional.

Em resumo, o Evangelho desse domingo nos dá o modelo de chamamento de Jesus e a forma como os escolhidos devem escutar e acolher.

Anaíres Lino



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Civilidade é...

V
ivemos numa sociedade cheia de obrigações sociais. Somos chamados para diversos compromissos, dos quais, muitos não queremos ir. Por delicadeza, saímos para alguns, sabendo que vamos nos aborrecer. A outros não comparecemos e nos fazemos indelicados com aqueles que nos convidaram.

Convivemos com pessoas que têm idéias e pensamentos diferentes dos nossos, isso faz com que, em determinadas ocasiões, nos coloquemos em situações embaraçosas. Se comungamos de suas opiniões, por delicadeza, mas sem convicção, não nos sentimos bem, se, entretanto, delas discordamos, novamente, nos colocamos em circunstâncias críticas.

Para nos livrarmos desses constrangimentos, a própria sociedade criou frases civilizadas. 

Para esses momentos, temos frases perfeitas, ideais. Frases que nos tiram de apertos. Frases da mais fina diplomacia. Frases que nos libertam das falsas condutas e de dissimulados procedimentos.

São aquelas frases em que você nem diz sim e nem não. Frases em que você não diverge e nem concorda.

Vamos às frases.

Essa eu acho a melhor de todas: Pois tá bom, qualquer coisa, eu ligo”. Essa frase lhe deixa livre para você fazer o que quiser. Com essa frase você não assume nenhum compromisso. Nesse caso, “qualquer coisa” é tudo e, ao mesmo tempo, é absolutamente nada. Ao dizer essa frase, fica-se livre de qualquer compromisso e, o melhor, não se obriga a nada.

Exemplificando.

Você chega à praia com sua família, pede uns caranguejos e... Encontra aquele seu amigo chato. Diz ele que alugou uma casa na praia, bem aqui pertinho, que a gente não deixe de ir lá e, finalmente, dá o número do celular. A gente responde que vai demorar pouco, que está com a família e ele continua insistindo. Nesse momento, qual a frase mágica?

- “Pois tá bom, qualquer coisa, eu ligo”.

Pronto, você se livrou do chato na maior civilidade.

Outra frase perfeita, formada por duas mágicas palavras: “Pois é!” Ela não diz nada, mas, ao mesmo tempo, diz tudo.

Exemplificando.

Você encontra uma amiga num shopping, ela começa a falar com um tom de voz muito baixo, você somente entende a metade das frases, e ela continua falando baixinho. Você, que não está compreendendo absolutamente nada do que ela está falando, simplesmente diz:

- “Pois é!”

Assim sendo, quando seu colega de blog encontrar-lhe num supermercado, pedir que você escreva alguma coisa para ser publicada no Mel Com Farinha, que pode ajudar com muitas idéias, é só ligar, diz ele. Responda:

- “Pois tá bom, qualquer coisa, eu ligo”.

Se sua amiga, também seguidora desse blog, fizer algum comentário que você não concorde ou não entenda, diga com civilidade.

- Pois é!



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Que bela oração!


“Devemos ter o coração dos pequeninos,
dos pobres de espírito,
para reconhecer que
não somos auto-suficientes”


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Oito meses!

S
ábado, fim de tarde.

Na grama brincam Rafael, Ana e eu. Daniel, com ipad, filma e fotografa, Sarinha na rede, cochila, algumas vezes com os olhos entreabertos, num esforço hercúleo, vê e se orgulha do seu filho. Meu neto. Quase oito meses, o rapazinho mais lindo do mundo.

Fico arrastando esse moleque pela grama, em cima duma toalha. Seu novo meio de transporte, faço curvas e dou voltas, ele se diverte, dou mais curvas e faço mais voltas, seu pai filma, sua vó sorri, sua mãe cochila e eu me canso.

Paro e invento outra brincadeira, uma que não maltrate tanto minha coluna.

Do cajueiro, pego um caju e ponho no colo dele, que olha, analisa e abocanha. Chupa que a garapa desce. A Mãe acorda e acaba com a bagunça, levando para o banho.

Saem todos, o Rafinha com o caju, nos braços do pai, seguidos pela mãe e a vó. Fico olhando a vida que segue, eles. Por um momento, percebo algo semelhante nele que lembrou meu pai.

É inacreditável, algo no Rafinha lembra meu pai. Não sei exatamente o que. Mas algo de meu pai estava presente aqui e agora, nessa tarde noite. O Rafinha me traz a memória do meu doce pai e lembro-me do André, que me arrebenta de orgulho, somos deveras parecidos, semelhantes e, pela graça de Deus, diferentes.

É admirável essa vida, somos únicos e sempre.


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Unidade e indissolubilidade da família!

N
ão sei se a pessoa a quem escrevo vai ler. Gostaria muito que passasse uma vista. Na verdade, todos nós deveríamos refletir sobre isso.

No casamento do Ângelo e da Márcia, o padre Clairton nos presenteou com uma homilia muita bonita, bem dentro das normas do direito canônico e num profundo sentido teológico.

Falou do matrimônio, sua importância e da responsabilidade dos noivos.

Ouvimos atentamente toda aquela explanação sobre o pacto matrimonial, pelo qual Ângelo e Márcia constituem sobre si o consórcio de toda a vida, por sua índole natural ordenado ao bem deles e à geração e educação da prole... Que as propriedades essenciais do matrimônio são a unidade e a indissolubilidade, que no matrimônio cristão recebem firmeza especial em virtude do sacramento.

É aqui onde quero chegar: família, unidade e indissolubilidade.

Pois é exatamente aqui que quero fazer um viés nas palavras do sacerdote. Não são unicamente os cônjuges que estão sob as propriedades essenciais do matrimônio, mas a família como um todo, todos seus membros.

Assim sendo, um membro da família somente pode ou poderia quebrar a unidade e a indissolubilidade familiar se for por um motivo brioso, sublime, nobre, digno etc. Não sejam os mesmos motivos que os casais usam para se separar, esses não são válidos, quebram a indissolubilidade e dissolvem a unidade familiar.

Nas desavenças que porventura existam, nos choques de temperamentos que naturalmente acontecem, nas discordâncias que por acaso vivam, sejam todas tratadas como aconselha o bom e velho santo Agostinho:

“aquele que te ofendeu, ao ofender-te, causou em si mesmo uma ferida grave, e não te preocupas tu pela ferida de um teu irmão? ... Deves esquecer a ofensa que recebestes, mas não a ferida de um teu irmão” (Discursos 82, 7).

É na família que aprendemos e amaduremos no caminho da vida cristã.

Enfim, é a família que nos educa para existência de uma responsabilidade recíproca entre seus membros: cada um, cônscio dos próprios erros, falhas e limites, está convidado a acolher a correção fraterna, ou seja, a caridade para um irmão que erra, e a ajudar os outros com este modo de agir, movido pelo amor ao irmão.

Somente assim é que podemos falar em comunhão familiar: comunhão com Cristo e com os irmãos.

É isso que eu acho.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Resposta para uma desconhecida!

A
ntes de tudo, obrigado por não me ignorares.

Tens medo de mim, desvias e finge que não me ver. Dizes que reages assim porque não me conheces. Se tu foges de mim, nunca vais me conhecer. É uma pena.

Possivelmente, se Jesus te chamasse na praia, tu ias recusar e nem tinhas seguido com Pedro. Nem na manjedoura tu O tinhas visitado.

Dizes que a felicidade é inversamente proporcional aos nossos desejos, nisso tens razão, sou profundamente infeliz, pois desejo desde o mínimo, o alimento pra minha sobrevivência.

Se permaneceres distante de mim porque estás lendo para um cego ou ouvindo a solidão de um idoso, perdoa meu egoísmo.

Perdoa-me mais uma vez, mas por Deus, não me venhas dizer que um peru não é gostoso. Isso tu dizes por que certamente nunca procurastes no lixo restos de comida pra quebrar um jejum desumano. Isso tu dizes por não sentires fome, mas vontade de comer. Asseguro-te, são completamente diferentes.

Dizes que não devo te cobrar o que não me podes dar. Possivelmente, isso tu falas porque não és igual às pessoas que cantam nas igrejas. Fico escutando grudado à porta de entrada, ouvindo seus cantos e, cheio de esperança, confiando no que dizem: “Quem comer o pão da vida viverá eternamente. Tenho pena deste povo que não tem o que comer. Onde está um irmão como fome, EU estou com fome nele”. Ao saírem, são outras pessoas fora da igreja, não se lembram do que cantaram e, talvez, nem Dele.

Quanto a bendita ave, tua proposta é tentadora, mas me parece que somos duas retas paralelas e se continuarmos nas mesmas posições: tu fingindo que não me vê e eu te procurando sem te conhecer...

Continuarei esperneando porque sou um sobrevivente, tenho que gritar, tenho que arriscar, ai de mim se não o faço!

Mais uma vez, obrigado por não me ignorares.

3MRF


domingo, 15 de janeiro de 2012

TÁ DIFERENTE!

N
ão é saudosismo... Não éramos "santos"...

Com certeza, tínhamos nossos erros e defeitos... Mas, existia, sim, mais respeito com as pessoas.

Hoje, TÁ DIFERENTE!

Hoje, com tantas evoluções e, na grande maioria das pessoas, nossos filhos, inclusive, não escutam os conselhos...

Dizem que já sabem.

Se vamos num transporte coletivo, coitado dos mais "velhos" que estão em pé (os assentos são poucos para a idade), É raríssimo um bem mais jovem (homem ou mulher) oferecer o "canto" sentado  como antigamente. Há! Meu tempo de jovem.

É um fone no ouvido... Músicas ou sei lá o que! Então, aí, sim, é que o diálogo quase não mais existe. É na rua, nos coletivos, talvez seja o  "medo" que nos cerca com tantas violências.

Mas, TÁ DIFERENTE!

E mesmo a jovem, bela moça, não ficava de pé, pois o jovem, grande cavalheiro, logo oferecia, com muito carinho e respeito, o assento.

Mas, TÁ DIFERENTE!

Que os nossos pensamentos não mudem e que a força e fé em DEUS nos acompanhem sempre!

Mas, TÁ DIFERENTE!

Mas é lindo e gostoso está na vida com amigos, com a família e com as bênçãos de DEUS. Bênçãos a nos fortalecer no meio “TÁ DIFERENTE!”.

Lindo também é existir o nosso “Mel Com Farinha”, este não tá “TÁ DIFERENTE!” com certeza, Mas, pelo contrário, está ótimo de se ler, de participar, de contar ou dizer alguma coisa a nosso modo, como esse agora.

Bosquinho Bastos Duarte


sábado, 14 de janeiro de 2012

2º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Jo 1,35-42 – 15.01.2012

A
 liturgia desse domingo nos trás uma reflexão sobre a disponibilidade para ouvir o chamamento de Deus, que é sempre desafiador.

Na primeira leitura fica claro, que a iniciativa é de Deus, a nós cabe manter uma atitude de disponibilidade para escutar a voz e assumir o desafio. Deus fala no silêncio, na tranquilidade, na calma. É ai que a voz de Deus se torna mais perceptível.

Nos nossos dias temos também pessoas, que como Eli, nos ajudam a identificar a voz de Deus no meio dos apelos do mundo.

Paulo quer ensinar aos cristãos de Corinto, que no corpo deve se manifestar a vida de Deus. Tudo o que representa egoísmo ou procura desenfreado dos próprios interesses está em absoluta contradição com essa vida nova de Deus. Para o cristão, tudo o que significa explorar o irmão ou desrespeitar sua dignidade e integridade é um comportamento proibido.

O Evangelho trás a figura de João Batista como aquele que apresenta Jesus, com a expressão: “eis o Cordeiro de Deus”.

A pergunta de Jesus é: “que procurais?” O evangelista insinua que há quem procure Jesus por motivos errados, para realização de objetivos pessoais.

Os discípulos respondem com outra pergunta: “Rabi, onde moras?” Nesta pergunta esta a disponibilidade de seguir e viver na morada de Jesus, isto é, ficar perto, partilhar a vida.

O encontro com Jesus se é verdadeiro, conduz sempre a uma dinâmica missionária, primeiro se é discípulo depois missionário.


Anaíres Lino

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A grande família!

A
 última notícia que soubemos daquela senhora da Rui Barbosa, ela estava em cima da torre da TV Verdes Mares, com uma bandeira da UFC gritando: É campeã! É campeã! Sua filha se encontra nas mediações, que se achava em estado de êxtase, está mais calma com a filha, mas super preocupada com a mãe.

O noticiário completo, você pode ver no blog Mel Com Farinha.

Não tardou muito, chegaram os irmãos e as irmãs da Mãeana. Vendo todos nós lá embaixo, ela começou a gritar: “Louvado seja Deus nas alturas”. Foi o suficiente pra Aila subir imediatamente na torre. Agora o problema dobrou, eram duas na torre. Alguém falou que os irmãos tinham que tomar uma providência. Um dos familiares tinha que subir para resolver o problema.

- Sobe tu, José Airles.

- De maneira nenhuma, ele tem pressão alta. Protestou a Célia.

- Então, sobe Airton.

- Ele não pode, fica tonto nas alturas. Afirmou a Carmem Sílvia.

- Vai lá Arino.

- Ele não pode, sofreu um enfarto no mês passado. Advertiu a Arlene.

- João Lino, tem que ser você.

- Impossível, ele tem problema na coluna. Lembrou a Catarina.

- E o Carlos?

- Esse é que não pode mesmo, tá com uns problemas nas costelas. Disse a Ângela.

- O Chico pode ir?

- Totalmente impraticável, ele sofre de asma.  Lembrou a Aglair.

- É Zé, tu podes ir?

- O Zé não, ele se operou no ano passado. Protestou a Lucinha.

Antes dos bombeiros chegarem, ainda ouvi a Bárbara dizer.

- Arre égua, nessa família não tem um homem que preste.

Os bombeiros acabam de chegar e estão descendo as duas senhoras pela escada. Elas juntaram toda a corporação ao redor do caminhão e estão tirando um terço com os bombeiros.


Resposta à carta.

"A carta a um desconhecido" já tem a resposta, por fata de espaço para a postagem, somente será publicada amanhã. Esse BLOG agradece a 3MRF pela tempestividade da resposta.

Dio 8, dia Dela.


Mãe e filha.
A mãe é a da bermuda.
Sempre jovem e moderna.


Peixe fora d’água

D
izem que o amor entre irmãos é intocável.

Inalienável até.

Simples “balela”. Amor que, para alguns, está mais para “urubu do que pra colibri”.

Esta semana uma irmã me indicou um Centro Comercial localizado nas imediações da Santos Dumont que tinha de tudo para  uso doméstico, bom e barato (pra ela).

Entusiasmei-me.

Vesti minha calça jeans, calcei meus “quinaipes”, coloquei meu boné de idoso e fui em frente.  Lá chegando meu arrebatamento  foi logo fenecendo, quando vi a imponência das instalações. Mas, não perdi a “pose” e fui adentrando. De imediato, fui barrado pelo porteiro bem vestido, que mais parecia um general.

 – Não pode?

 – Como assim, ousei  perguntar.

– Aqui só entra carro Corola pra frente e do senhor é um prisma. Não está nos padrões da loja.

Depois de muito argumentar  (já gaguejando), que tinha vindo do interior, meu carro era popular, mas era novo. “Conversa vai, conversa vem”, “fomos cá e fomos lá” e “vire mexe”, ele me deixou estacionar  num local de “segunda”, reservado para os carros de limpeza.

Mais desconfiado que “cachorro em  cima de carro de mudança”, tentei adivinhar a entrada  naquele ”mundão” de vidraça e espelho. Depois de algumas cabeçadas (só não quebrando o vidro por ser temperado),   uma porta automática se abriu e eu entrei, isto é, pensava que tinha entrada. Uma funcionária da loja,  mais “pronta” que uma debutante, me barrou.

– Não pode.

– Como assim, argumentei e pensei: será que estas “donas” ler no semblante o valor de nossa conta bancária e o débito de nosso Cartão.

– Só de paletó, completou.

– É, respondi. Um “ezinho” mal balbuciado, parecia um etíope.

A esta altura eu  estava  me sentindo bem pequenino.  Um “tamborete de forró”, menor que o Boneco.

– Mas “minha dona”  eu só quero conhecer a bodega.

– Bodega não, alto lá,   shopping. Respeite.

Em seguida me mandou acompanhá-la até  um reservado, que mais parecia o camarim do Silvio Santos, e me entregou um paletó.

– Pronto, vista e devolva na saída.

Vesti, ficou meio “jequi”, me parecendo  um Mister Bean ou Tiririca. Peguei uma escada rolante e levei dez minutos para chegar ao segundo pavimento. Foi quando percebi que peguei a escada de descida. No “andar da carruagem” estava meio atordoado. Aquele não era meu mundo.  Para acalmar os nervos resolvi tomar um cafezinho. Dirigi-me a um balcão chiquérrimo onde nem ousei me sentar e pedi uma “louça”.

– Amargo ou com açúcar?

– Por que?

– Amargo é R$10,00 e com açúcar é R$15,00.

– Me dá amargo mesmo que é bom pro coração (aquela altura de tanto vexame já estava mesmo perto de um infarto).

Ali era mais um desfile de moda do que um centro comercial. Olhavam-me como se eu fosse um ET. Resolvi fazer algumas “comprinhas” e “dar no pé”.  O pouco que comprei  cabia numa pequena sacola, pendurada no “dedo  mindim”, mas o suficiente para deixar minha conta bancária no vermelho e meu cartão estourado.

Devolvi o paletó sob olhares de desdéns  e risinhos disfarçados.  Ao receber o carro, sem dinheiro suficiente  (o valor é quase igual uma revisão), deixei minha calça empenhada e sai só de “celoura samba canção”. Bem feito, quem manda pobre e matuto freqüentar lugar de gente chik e rica rica.

Mas se eu pego a Maga ela vai ver “com quantos paus se faz uma canoa”.

Estou me sentindo um PitBull. grgrgrgrgrgr.

ZédoLino