01.04.2012 – Mc 14,1-15,47
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Liturgia deste último domingo da Quaresma leva-nos a refletir sobre esse Deus, que veio ao nosso encontro e partilhou a nossa humanidade.
A primeira leitura apresenta-nos uma figura coletiva, que fala do seu chamamento por Deus para uma missão. Esta se concretiza no anúncio da Palavra, que pode gerar sofrimento e dor, mas com a força de Deus, ela se torna maior que a perseguição e por isso “não será confundida”.
Na segunda leitura nós vemos um apelo à humildade, ao desprendimento, ao dom da vida, que Paulo faz a todos os cristãos, tomando como exemplo Cristo, que fez de sua vida um dom para todos. Esse caminho não conduz ao fracasso, mas à glória, à vida plena.
Este é o apelo,
que se apresenta a todos nós,
nestes últimos dias de caminhada para a Páscoa.
O Evangelho de hoje é o relato da Paixão de Jesus. É uma catequese, que vem mostrar a trajetória do Filho de Deus, que veio disposto a cumprir o projeto do Pai, mesmo passando pela cruz.
O evangelista pretende mostrar, que Jesus é o Messias, o Filho de Deus.
Jesus não escolheu morrer. Isto aconteceu, porque seu projeto entrou em choque com o egoísmo e a opressão daqueles que dominavam o mundo na época. As autoridades civis e religiosas sentiram ameaçado seu poder, seus privilégios, seus domínios. A morte de Jesus foi a consequência lógica do anúncio do Reino.
Contemplar a cruz de Jesus, hoje significa solidarizar-se com os que sofrem violência, exploração, exclusão e privação. Seguir Jesus é denunciar e assumir a mesma atitude de defesa que Ele fez, mesmo correndo risco e perdendo regalias.
Enfim, defender os crucificados de hoje, na certeza de que o amor gera na nossa carne o dinamismo da ressurreição.
Anaíres Lino