segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Padre Almeida, um ano! (13.02.20)


“A
credita também que a chave, e o centro e o fim de toda história humana se encontram no seu Senhor e Mestre”. (Gaudium et Spes, 10)

Hoje, um ano com Padre Almeida, melhor dito assim do que um ano sem o Padre Almeida.

Se perguntares a mim: como ele morreu?

Direi a ti como ele viveu. Direi ainda melhor, aonde ele viveu.

Viveu no meio do povo, do povo de Deus.

Viveu nas comunidades, levando a fé.

Acreditava que a chave de sua missão era estar com sua gente onde ela estivesse, normalmente essa gente estava nas periferias, nos bairros afastados ou nas comunidades distantes.

Acreditava que o centro de seu encargo, que muitas vezes lhe roubava tempo e energias, era definido pelo encontro e pela vontade das coisas de Deus.

Por fim, ele viveu uma vida de santidade, de fé e de ações.

É pela fé que se dá o bem. E pelo bem ele foi firme e se deu e se doou pra todos aqueles e aquelas que sempre lhe procuraram.

Continuemos, com toda nossa fé, a procurá-lo, pois como diz Bento XVI, “A Fé é a substância da esperança”.


Toalhinhas, que momento!



N
a ocasião em que espalhava as toalhinhas, suas toalhinhas, uma a uma, na cama, percebi que nunca é tarde demais para se conhecer o prazer, o deleite, o bem-estar... a felicidade.

Temos a mania de constantemente fazer este tipo de reflexão:
não consigo mais... já é tarde demais... estou ficando velho e cansado.

Nesses momentos, como é necessário não estarmos sós, como é importante termos alguém que nos faça lembrar que ainda (tire o ainda) poderemos criar, ascender e, usando um termo bíblico: dar à luz.

Quanto a isso, me refiro em gerar um momento de felicidade, dar à luz a alegria, no que podemos chamar de sentir o prazer de viver.

Sabe-se que toda a alegria é sagrada assim como toda felicidade.

Quando a gente tem a sensibilidade de notar o resultado desse avanço de qualidade de vida, dessa superação de falta de ânimo, é o momento de reter-se a respiração.

É o momento em que somos suspensos pela lembrança que aquelas toalhinhas foram resultados de gestos lentos como de músicos de uma orquestra, e também imagino como os sons puros um a um à medida que escapam dos instrumentos musicais, pois assim também são como os pontos de cruz que fogem de suas mãos, e nessa ocasião, absorvemo-los como uma sagrada felicidade.

Um momento, digo eu, excepcional. Uma ocasião de memorável experiência.

Em que consiste essa experiência? Não sei analisar ponto de cruz, pouco sei de artesanato, contento-me em admirar o momento e faço de modo ingênuo, puro e cheio de alegria.