T
|
oda
primavera os judeus celebravam sua Páscoa. Podemos nós
repeti-la uma vez por mês com nossos familiares.
Tendo
o pai de família como presidente da celebração. Obedecia-se uma orientação
ritual, que se dividia em quatro etapas e cada etapa constava um cálice de
vinho. Como os tempos são outros, podemos fazer um
revezamento entre os familiares.
Primeira etapa
– À mesa o pão e o primeiro cálice. Em pé, o pai de família dava graças sobre o
pão e um primeiro cálice. Partia o pão na metade; uma parte distribuía com os
presentes e a outra guardava sob uma toalha. Todos comiam da metade do mesmo
pão e bebiam do mesmo cálice. A qualidade do vinho e o
tamanho do cálice irão depender do gosto dos presentes. O importante é perceber
a partilha.
Segunda etapa
– À mesa o cordeiro imolado e o segundo cálice. O pai de família convida todos
a participar da ceia propriamente dita. Consumiam-se o cordeiro com ervas
amargas e outras especiarias. Todos comiam do mesmo cordeiro e bebiam do segundo
cálice. Aqui, se realiza uma grande comunhão, um almoço
dominical, uma ceia familiar. Pode-se trocar o cordeiro por um suculento
pernil.
Terceira etapa
– O terceiro era o cálice de ação de graças. O pai de família fazia uma breve
explicação do que era o sacrifício pascal em memória da libertação do Egito.
Novamente em pé, o pai de família dava graças sobre o terceiro cálice, chamado
cálice da bênção ou cálice da ação de graças. Proclamava os benefícios de Deus
em favor do povo. Lembrava a aliança de Deus pela criação e a aliança do Sinai.
Agradecia a aliança que Deus renova a cada dia através do alimento. Por fim,
distribuía para os presentes o pão e o terceiro cálice abençoados. Chegamos ao ápice de nossa reunião. A bênção deve ser bem
solene, com palavras e gestos. Um momento de memória, de agradecimento, de
silêncio e de alegria.
Quarta etapa
– O cálice da despedida. É o momento que todos recitam salmos de louvor e se
bebe o último cálice, o da despedida. Como temos muitos
salmos de louvor, fica a critério de cada família.
Em tempo – Enquanto escrevia fiquei pensando no José Baptista, ou no “Zé”,
como a Lucinha chama, como um exemplo de “Pai de Família”, para presidir essa
celebração, em boas palavras, esse almoço.