domingo, 29 de abril de 2012


Pois sim!

E
u já vinha Sentindo que ele não tava bem.
Sempre que eu passava na praça, o Via deitado no banco, qualquer que fosse a hora.
Num domingo de chuva, eu fiquei Pensando nele, como é que ele tava?
Sai por debaixo das marquises, corri por entre ruas e cheguei à praça. Lá estava ele, deitado e imóvel. Tentei acordá-lo e nada. Chamei o SAMU.
Hoje, ele recebeu alta da pneumonia. Tá, de novo, andando alegre pelas ruas. É nosso irmãozinho de rua, eu não podia abandoná-lo.
Essa capacidade que a gente tem de resolver a necessidade daqueles que estão ao nosso lado é o que vocês chamam de caridade.
Isso somente pode acontecer quando se tem a capacidade de Ver, Pensar e Sentir o que está além dos nossos “interesses” pessoais.
Como assim?
Você, por exemplo, quando passa na praça “Ver” realmente quem está deitado no banco? Possivelmente, você passa por ele com um olhar distante, descuidado e alheio.
Você consegue “Sentir” seu próximo, nós ali na rua, como um irmão? Ou como alguém, sejamos sinceros, que está incomodando?
Você tem a inclinação de “Pensar” em nós como uma responsabilidade cristã sua? Pelos menos é inclinado pra isso: pensar em nós sem indiferença?
Então, eu lhes faço uma última pergunta: Como podes ser caridoso, se não podes ser capaz de Ver, Sentir e Pensar o seu semelhante.
Nesses tempos agitados, vivemos numa correria, me respondem vocês.
Pois sim!
3MRF


sábado, 28 de abril de 2012


4º DOMINGO DE PÁSCOA

29.04.2012 – Jo 10,11-18


O
s Atos dos Apóstolos apresenta uma catequese destinada aos que creem. Assegura-nos que não estamos sozinhos e abandonados, quando enfrentamos o mundo para levar a palavra salvadora de Cristo. É o Espírito que anima nossa missão e dá coragem para enfrentar a oposição.

Não esqueçamos que a proposta de Jesus tem o selo de garantia de Deus.

João designa a filiação divina como uma realidade que atinge o crente ao longo de sua peregrinação na terra e que implica uma vida de coerência com as obras e a proposta de Deus. E só no céu o crente conhecerá sua realização plena.

“Viver como filho de Deus” implica fazer opções, que muitas vezes estão em contradição com os valores que o mundo considera como prioritários.

Este é o “Domingo do Bom Pastor”. Jesus é o Pastor modelo, que ama gratuitamente as suas ovelhas, até a morte.

É uma catequese sobre a missão de Jesus: conduzir os homens às pastagens verdejantes, onde brota a vida em plenitude.

O falso pastor leva as ovelhas para tudo o que significa perigo de vida: opressão, injustiça, ódio, violência. Este é o pastor mercenário, contratado por dinheiro, defende interesses pessoais.

O Pastor verdadeiro tem como prioridade o bem das ovelhas, faz defesa intransigente, ama sem limites, vai até ao dom da vida.


Anaíres Lino

sexta-feira, 27 de abril de 2012


SOFIA CHEGOU!!!!!!!


H
oje nasceu Sofia!
Tão linda! Minha netinha!
Pequenina! Meiga, bebezinho!
O choro já faz ouvir... É Vida!

Mãe tão feliz!
O Pai... sorri e muita alegria!
Já comentou... as fotos, coisas de linda  criancinha! 
Os amigos o parabenizam, também, felizes!

As tias(tios) estão de sorrisos abertos...
A avó diz coisas de amor... muito fofinha!
O Avô metido a poeta...
Com certeza é um "coruja" com amor!

A você minha netinha
Pode ter certeza do carinho
De todos nós aqui de casa
E desde pequenina nos enche de felicidade!

Pode chorar! És vida!
Teu corpinho abençoado por DEUS!
Teus PAIS com certeza... também!
A  todos agradecem o amor e muito carinho!

SOFIA! SOFIA! Que Alegria!
Vai ser uma festa!
Família  inteira unida
Á DEUS  muito agradece!

Bosco Duarte (avô)
26.04.2012                      


Ressurreição!

Geraldo Lino Braga de Carvalho  parte de nosso convívio  terreno, aos 88 anos de idade, deixando  saudades entre seus familiares e amigos.
Geraldo cumpriu sua missão com extremada honradez e seu exemplo servirá de apanágio para todos aqueles que tiveram a felicidade de desfrutar de sua convivência.
Era formado em Filosofia e Aposentado Federal, como Professor e Diretor  do SENAI-Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial,  na cidade e Cedro.
Destacou-se pela larga cultura e capacidade ímpar de transmitir seus conhecimentos. Mudando-se para Fortaleza não se desligou da nobre arte de ensinar e fundou o colégio  UNILABOR - União no Trabalho, onde com a mulher  Neci e os filhos integrava o corpo Docente.
Era um vencedor e modelo de dignidade.
Nesta hora de saudade, eu agradeço querido primo, pelo muito que aprendi com sua convivência, seu exemplo e sua cultura.
Que Deus na sua infinita bondade lhe premie com as alegrias da vida celestial e nos dê o consolo para sua inesquecível ausência.
Repouse em Paz.

José Airles Lino Bastos

quinta-feira, 26 de abril de 2012


O Teté nestes últimos tempos, mais  que  normalmente, nos tem abraçado com uma delicadeza de sentimentos, com lembranças tão afetuosas, nos despertando com pertinentes cobranças, nos deixando com a certeza que temos alguém sempre atenta e que nos ama, bj

Ana Lúcia Lino


Nota da Redação - por dificuldades técnicas não estamos conseguindo postar os comentários, por este motivo, postamos as "anotações" como se artigos fossem.

Tempo de Refletir!


Tempo de refletir!
Sr. Redator, esta semana o blog está tão bom que
 não vou estragá-lo com minhas
"maus traçadas linhas".
Sua escrita sobre Baturité está ótima.
O Mauro bem a definiu como um filho distante.
O trabalho da Lucinha sobre o Outono
teve inspiração primaveril (que redundância).
A Neném sempre bem.
Vamos deixar estes artigos mais alguns
dias para que mais leitores
possam desfrutá-los.
ZédoLino


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Comentário para o Blog


O
utro dia, ao ver o estado em que se encontrava a Praça Santa Luzia e seus arredores, testemunhas da minha infância, não consegui evitar que a angústia me tomasse o peito.

A que ponto levaram a minha cidade! E pra onde mais levarão?

Infelizmente, daqueles que não cuidam do presente e não valorizam o passado, não se pode esperar nada do futuro. Se isto vale para os “administradores”, vale também para os filhos, nascidos ou adotados por aquela terra, que dela se esqueceram, ou fazem questão de nem lembrar, ou, pior ainda, a destratam, maltratam e a retratam como desprezível, inútil, sem valor algum, fazendo jus ao dito popular: bocado comido, bocado esquecido.

Mauro Bastos


Outono de novo


É
 impossível não falar do outono. É mágico, é lindo. Tentei outro assunto, para não ficar muito repetitiva, afinal não é bom perder o leitor na primeira linha, não consegui... ele se impôs.

Dia a dia se mostrava mais bonito, mais generoso, mais enternecedor. No grande milagre da natureza é um privilégio assistir a transformação, o carinho com que se mostra, mesclado, humilde e pródigo.

É maravilhoso ver o vento balançando as árvores e levando suas folhas para longe, como pássaros, voando devagar, caindo nas calçadas, esperando passos para transformá-las em ruídos musicais, como um louvor... e chegam os porteiros varrem-nas e "limpam" tudo, mas persistentes elas voltam e tornam a colorir as ruas.

Adoro.

E vem o sol preguiçoso em dias mais curtos, vem aquecendo, com cuidado para não ser desagradável. Vem dourado, num abraço amoroso, amigo, acolhedor e gostoso. Chega a noite, cálida, quase pedindo desculpas por chegar mais cedo, vem macia, agradável, quase fria, repousante. E vêm os pássaros, cantando, namorando, saboreando também esta estação de preparação e aconchego.

Sempre me ponho como uma árvore no outono. Acho até que de alguma forma sou uma árvore, não na sua docilidade, no seu desprendimento, na sua generosidade, mas na sua capacidade de saber que sempre há uma saída, sempre nasce broto naquele galho ressecado, naquele desengano, naquela falta de esperança.

Olhando uma árvore percebo que a natureza não se deixa sucumbir facilmente, há sempre folhas e flores no tronco aparentemente morto. Ela recria o desabrochar da natureza em sucessiva atividade, de renovação, de renascimento, de abertura, de expansão, como a vida sempre se abrindo a um horizonte mais abrangente, ela fixa suas raízes no húmus e se lança ao alto sem medo e sem limites.

Quero ser como uma árvore, sem vacilar diante das dúvidas, firme, independente, segura, sem precisar sair do lugar para ir longe nesse imenso e continuo processo de crescimento.

Ana Lúcia Lino 



domingo, 22 de abril de 2012

Minha Querida Baturité II. Foi lá...


F
oi lá onde a Mamãe deu suas primeiras pedaladas na máquina de costura Crosler.

Foi lá onde a Aines se sentiu vocacionada para a vida religiosa.

Foi lá onde o Arino exibiu seus primeiros dribles nos improvisados campos de futebol nas praças e nas calçadas.

Foi lá onde a Aila datilografou os primeiros documentos do DNERu.

Foi lá onde o Airton iniciou sua vida de cartola de futebol levantando a bola e pisando-a como jogador.

Foi lá onde o José Airles encabeçou e citou as primeiras centenas de numerários do Banco do Brasil.

Foi lá onde a Aglair conheceu primeiramente a escola e priorizou a arte.

Foi lá onde a Anaíres praticou seus primeiros passos de dança nos salões do BAC e do BIC.

Foi lá onde a Lucinha pisou no palco das irmãs salesianas pela primeira vez.

Foi lá onde a Altair sentiu o cheiro da terra, conheceu a família do agricultor e iniciou sua vida na ANCAR.

Foi lá onde o João Lino deu as primeiras braçadas nas piscinas do Balneário.

Foi lá onde, caçulamente, a Ângela integrou-se na atividade do grupo bandeirante – B2.

Foi lá onde o Papai assistiu ativamente tudo isso, trazendo da Soledade, com suor no rosto, o pão nosso de cada dia.

Foi lá que a cidade, como um pai que coloca seu filho nos braços para que esse tenha mais segurança e que sua área de visão seja maior, ergueu nossos pais para que eles fitassem um horizonte mais adiante.

Pois sem Baturité, era inimaginável – mamãe e papai – pensarem em colégios salesianos, em DNERu, em ANCAR, em BB e outros horizontes.


Uma obrigação difundi-los!

Não sei quanto a vocês, leitores desse blog,
mas não desperdicemos  esses comentários
de nossa Teóloga. Quanto a mim,
além de ser uma leitura
obrigatória,
passa a ser uma obrigação difundi-los.

João Lino




sábado, 21 de abril de 2012

3º DOMINGO DE PÁSCOA – 22.04.2012 – Lc 24,35-48


O
s discípulos, que são os continuadores da obra libertadora de Jesus, procuram convencer aos demais que esta é uma proposta geradora de vida. A ressurreição de Jesus é um indicativo de que Deus defende a vida e que a morte não pode vencer.

Os dois verbos “arrepender-se” e “converter-se” continuam em voga para quem quer reorientar a vida para Deus.

A 2ª Leitura continua com a carta de São João.

O cristão é chamado à santidade, no entanto o pecado é uma realidade resultante da fragilidade humana. A questão está em reconhecer o pecado sem perder a esperança na misericórdia de Deus.

Conhecer a Deus é manter uma coerência de vida.

Quem diz que conhece a Deus e fomenta uma vida de ódio, intolerância, intrigas, está muito longe dos caminhos onde se revela a vida e a salvação de Deus.

A catequese de Lucas, no evangelho de hoje, não deve ser tomada ao pé da letra, nem  absolutizada. O evangelista utiliza imagens que, para além de seus detalhes, quer mostrar o encontro de Jesus vivo e ressuscitado com a comunidade cristã. Os discípulos, por sua vez, não são um grupo crédulo, idealista, ingênuo, prontos para aceitarem qualquer coisa, mas um grupo exigente, desconfiado, crítico, que só conseguem reconhecer Jesus vivo e ressuscitado depois de um caminho mais ou menos longo.

O caminho da fé não é um caminho de evidências materiais, de provas concretas, mas é um caminho que se percorre com o coração aberto à revelação de Deus.

Anaíres Lino


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Quando descemos da serra!


M
inha querida Baturité.

Cidade que acolheu minha família.

Baturité foi a cidade que nossos pais escolheram para morar e criar seus filhos quando desceram a serra, nossa Soledade.

Quando digo criar, quero dizer: educar.

Foi lá que, com extrema dificuldade, nossos pais nos deram todos os princípios de cidadania.

Foi lá que, com sabedoria evangélica, nossos pais nos encaminharam nos princípios da verdadeira vida cristã.

Foi “de” lá, daquela gente, que nossos pais adquiriram o valor do não preconceito social ou racial, que até hoje nos acompanham em nossa caminhada.

Foi “de” lá, daquela gente, que nossos pais extraíram o valor da verdadeira amizade, que nos segue em todos os momentos da nossa vida.

Baturité recebeu-nos, gente pobre da serra, de braços abertos. Crescemos e vencemos com ajuda dos amigos daquela cidade. Nunca fomos hostilizados, jamais sofrendo qualquer tipo de descriminação.

A cada meta vencida por nossos pais, existiu, sem dúvida, um pouco da contribuição, do apoio e da ajuda dessa cidade.

A cada objetivo alcançado por nossos pais, sem o menor equívoco, teve como alicerce, base e sustento as pessoas que nos receberam.

Eles nunca se acomodaram, sempre tiveram sonhos, buscaram metas e criaram objetivos. E, se nossos pais foram capazes de olhar para novos horizontes e conseguiram ver mais adiante, é porque Baturité os levantou.

Todos, sem exceção, ajudaram-nos em nosso crescimento. Do padre ao padeiro. Do médico ao leiteiro. Do capitão ao açougueiro. Do professor ao bodegueiro. Todos.

A toda essa gente, nos curvamos com o nosso muito obrigado. A essa cidade, agradecemos a oportunidade que nos foi dada de lutar e de vencer.


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pois os outros precisam da gente.


N
essa caminha de “ser santo como o Senhor é santo”, somos traídos por nossa preguiça, por nosso comodismo e, especialmente, por nossa pretensão.

Achamos que somos bons. Não prejudicamos ninguém, não cometemos injustiças e, principalmente, não nos “metemos” na vida dos outros. Assim, consideramos-nos boas pessoas.

Mas isso não basta. Os outros precisam da gente.

Vamos à missa. Comungamos todos os domingos. Pagamos nosso dízimo. Batizamos todos nossos filhos e, até certa idade, os levamos à Igreja. Jejuamos na Semana Santa. Consideramos que fazemos nossa obrigação.

Mas isso não basta. Os outros precisam da gente.

Não nos envolvemos com política, pois ali, achamos nós, só tem gente “que não presta”, não se salva um. Só faço votar e não quero saber de política, falamos convictamente.

Mas isso não basta. Os outros precisam da gente.

Precisamos ser fraternos. Precisamos sentir a dor do irmão.

Faz-se necessário sermos solidários. Faz-se necessário que entendamos a fraqueza do irmão.

É urgente sermos amorosos. É urgente darmos um abraço carinhoso num irmão. Tem tantos irmãos que carecem de um abraço. Eles precisam tanto de nós, e nós deles.

O mais triste é que nós não percebemos que precisamos deles.

Enfim, não basta ser bom.


quarta-feira, 18 de abril de 2012

BATURITÉ, MINHA CIDADE.

  
N
este domingo estive no Passeio Público – A Praça dos Mártires.  Lá se realizava a eleição da nova diretoria da AFAQ – Associação dos Filhos e Amigos de Quixadá.  Esta entidade tem por fim manter um compromisso com as origens. Trabalhar pelo desenvolvimento do município, difundi-lo e manter viva a chama  de amor à terra. É composta, em sua maioria, por quixadaenses  radicados em outras paragens.  É um exemplo que deveria ser imitado por todas as comunas que assim continuariam mantendo um elo  com a terra de origem e  dando uma parcela de ajuda para seu desenvolvimento cultural, social e econômico.

Baturité, infelizmente, não tem uma entidade deste porte e, ao contrário, muitos dos seus  filhos ao migrarem para outras terras em busca de novas conquistas, vislumbrando novos horizontes, se esquecem de completamente do seu torrão natal.

É uma viagem sem volta, que,  com a distância e o tempo olvidam sua procedência. O que me entristece e me revolta  ainda mais é que outros vão mais além, tamanho o descaso com que tratam sua terra.   Segregam-na  como se esta se lhe tivesse dificultado atingir seus  objetivos. Atacam, denigrem, renunciam  de maneira asquerosa  e repelente.

Não é possível!

Sabemos que Baturité passa por um momento de transição. Que enfrenta grande dificuldade política-administrativa. Que estamos carentes  de nomes que alavanquem seu progresso e façam-na retornar às suas origens, pois o mérito não está em aplaudir e ficar ao lado dos vitoriosos, mas dar a mão aqueles que caem,  ajudando-os a soerguerem e retornar à luta.

Se agora não temos vencedores não devemos esquecer que Baturité foi celeiro de grandes vultos que se destacaram em todos os segmentos de nossa sociedade aqui e além-fronteira.

Já tivermos um Presidente de República, Dr. José Linhares.  Um Governador do Estado e Senador, Dr. Godofredo Maciel. Desembargadores que assumiram o Governo do Estado, como Dr. Adalberto Barros Leal  e Dr. Francisco Victor. Um Ministro da República, Dr. Waldemar  Falcão. Militares como o  General Neudson Braga, que foi Ministro dos Transportes e Francisco Antônio Sobrinho, condecorado na Guerra do Paraguai, por bravura e Gustavo Sampaio. Abolicionista como Cândido Taumaturgo.  Cirurgião Plástico, de renome,  como Dr. Augusto Linhares. E escritores famosos, como: Franklin Távora, Raimundo Barros Filho, Edna Monteiro, Inês Oliveira, Núbia Gomes,  Almir Gomes, Iris Cavalcante, Carlos Cordeiro Rocha,  dentre outros. Padres da Igreja Católica, como: Padre Hugo Furtado e Padre Aloizio Furtado. Atualmente o Secretário de Saúde do Estado, Dr. Arruda Bastos, é baturiteense, assim  como o Secretário  de Educação de Fortaleza, Dr. Elmano Feitosa.

São poucos os motivos de orgulho de nossa cidade presentemente,  mas devemos respeitá-la pelo seu passado, senão seremos, realmente, uma cidade sem futuro.

Que jamais e em qualquer tempo esqueçamos nossa terra e cultivemos a lição cívica do príncipe dos poetas brasileiros,  Olava Bilac: “Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!... Imite na grandeza a terra em que nasceste!”.

ZédoLino


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Um jeito de caminhar!


A
 gente vai crescendo e nos dizem que “devemos ser santos como o Senhor é santo”.

Acreditamos nisso e buscamos essa santidade. O tempo passa e percebemos que parece inatingível essa perfeição. Não desistimos e corremos atrás.

Corremos atrás do verdadeiro caminho, mudamos nosso modo de ser, alteramos nossa maneira de nos comportar e, mais uma vez, entendemos que “ser santo como o Senhor é santo” está ainda muitíssimo distante.

A vida continua e não largamos a perseguição a essa santidade.

Caçamos a verdade, vivenciamos o evangelho, buscamos fazer aquilo que Ele mandou. Dentro de nossa possibilidade, procuramos amar as pessoas como Ele nos amou.

Um dia, percebemos que, sem enfrentar os desafios e ficando parados em nosso lugar, a vida não vem para todos. Assim, lutamos contra as injustiças, não aceitamos as desigualdades e sofremos junto com Ele para que todos tenham vida. Lutamos nos cultos e nas praças, como nos diz Ex, 12,11 "com cintos na cintura, sandálias aos pés e cajado na mão”.

Mas, chega um tempo e nos damos conta que nunca vamos atingir essa santidade.

Então, por que persegui-la? Por que buscá-la?

Justamente porque essa caça é que nos faz andar a procura do caminho, da verdade e da vida.

Provavelmente nunca iremos atingir a perfeição da santidade, mas a sua busca é que nos leva ao Reino de Deus.

Caminhemos, necessariamente, juntos.

domingo, 15 de abril de 2012

ACONTECEU COMIGO!


S
em querer reclamar da vida...
Em algum momento da vida, passei por períodos difíceis.
Vou contá-lo, resumidamente, um  desses momentos.
Estava eu passando por uma determinada avenida, com certeza, movimentadíssima, aqui na capital, sem mesmo olhar prá nada, e ...
Meio desligado...
Parecia que estava  dormindo  ou mesmo que estivesse  em casa ou talvez num parque... Uma coisa calma e sem perigo...
Então, ao sentir-me no meio daquela avenida quando percebi...
Já estava no outro lado... Ileso!
Olhei, agora um pouco assustado, acordei... E assim, percebi que "loucura" o que acabara de fazer...
Parei e de novo olhei! Os carros passavam... e, nem mesmo o "costumeiro" “Tá doido”, “Olha onda andas”. Nada. Nada foi dito por nenhum  dos motoristas.
Aí, mais calmo, disse  prá mim:
- Obrigado meu DEUS!
Podem ter certeza. DEUS  parou o tempo e me levou nos braços! Eu sei que ninguém percebeu. Mas, eu sim, percebi e acreditei!
Obrigado meu anjo. Obrigado por DEUS está ali. Pois, quem iria acreditar que não teria sido eu que teria me jogado.
E, certamente, não foi assim! E, se assim fosse, minha alma ficaria penando  parar sempre na memória dos que aqui ficaram.
Um milagre, com certeza, e, assim, aqui estou.
Vencendo e, de novo, com a família e, principalmente, com o único DEUS que existe e nos ama!

Bosquinhoduarte

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PS.: Acho que lhe contei antes... mas, hoje na  missa, lembrei-me e agradeci, de novo,  à DEUS!!!

                    

sexta-feira, 13 de abril de 2012

2º DOMINGO DE PÁSCOA 15.04.2012 – Jo 20,19-31


O
s Atos dos Apóstolos destacam uma etapa na formação da Igreja.  Neste texto de hoje, faz referência a uma comunidade, que abraçou a mesma fé, partilhou os bens e era, acima de tudo, unida “num só coração e numa só alma”.  Onde há partilha não há necessitados.
João, na segunda leitura, ensina-nos que o projeto de salvação de Deus para nós implica em aderir a Jesus na perspectiva de amor aos irmãos. O amor a Deus e a adesão a Cristo vencem o mundo, porque o amor é um dinamismo que vence tudo aquilo que oprime e impede a felicidade total.
No Evangelho novamente temos a indicação de que vivemos um novo tempo: “no primeiro dia da semana”... É o tempo que segue à morte/ressurreição de Jesus. João pretende mostrar aos cristãos de toda época, que Jesus está vivo.
No início Jesus trás a paz aos apóstolos, que estavam mergulhados no medo. E revela sua identidade através das marcas, que são sinais do seu amor e de sua entrega. E com o sopro transmite vida nova, que fará deles homens novos.
No final o Evangelho apresenta uma catequese sobre a fé. A fé em Cristo ressuscitado só chega na comunidade, lugar natural onde se manifesta e irradia o amor de Jesus.
Tomé representa aqueles que vivem fechados em si, e pretendem obter uma manifestação particular de Deus. Jesus nunca pode ser encontrado na experiência pessoal, íntima, fechada, egoísta.
É no gesto de amor, de partilha, de serviço, de encontro, de fraternidade, que encontramos Jesus vivo.
Anaíres Lino

Crônica sem eira nem beira

ERRO MÉDICO
É
 comum se ler na imprensa denúncias de erros médicos, ocasionando, não somente o falecimento de pacientes como sequelas irreparáveis.  Lógico, como seres humanos, estes profissionais estão sujeitos a cometerem enganos, entretanto, muitas vezes ocorrem por imperícia ou negligência do profissional. No caso, merecia intervenção do Conselho de Medicina, exigindo do profissional uma reciclagem, quando imperícia, ou punição, quando negligência, seguida de indenização ao paciente.
Este despretensioso (ou inoportuno) comentário vem ao caso da recente cirurgia do Boneco. Ora, nós tínhamos um assíduo colaborador do Blog. Seus ensaios eram inteligentes, leves e gostosos de ler. De repente, o homem sumiu da página eletrônica e, coincidentemente, aconteceu depois da operação.
Então, se conclui que um erro médico ocasionou esta perda, que considero irreparável para o blog. Nos meus parcos ou nulos conhecimentos médicos, que só se enquadram  no dito: “que de médico e de louco todos nos temos um pouco”, Boneco foi vítima de um “equívoco médico”. Quando o esculápio colocou o stent  para desobstruir sua artéria deve ter cortado a “veia da inspiração”, causando um irreparável estrago literário com reflexo na nossa página eletrônica.
Assim sendo, é caso de indenização. Processo que deveria ser entregue ao advogado da família, no caso o Dr... bem este está convalescente e está fraco que só “caldo de bila”, mole que só geleia e preguiçoso que só a A... cala-te boca.  Esqueçam, esqueçam tudo que eu disse.

ZédoLino

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Para um filho

Q
ueria sempre jovem, bonito, saudável, amoroso...
Queria que vivesse sem magoas,sem traumas,sem angustias...feliz...
Queria sempre perto para proteger,amparar,consolar...
Queria longe para conhecer e transformar o mundo...
Queria forte,corajoso mas sem embates...e como sê-lo...
Queria um olhar tranquilo sem apreensões,sem revide...
Queria um sorriso límpido, acolhedor...
Queria que enfrentasse a vida sem sofrer,sem feridas,sem decepção...e como crescer...
Queria passo firme,sem dureza, com o coração aberto...
Queria braços fortes no abraço e mãos macias no carinho,no acalento...
Queria voz firme e suave no encontro e perdão no desencontro...
Queria que a paz,a alegria,a felicidade fossem conquistadas sem atropelo e sem machucar...
Queria que agradecido olhasse a vida como uma dádiva e o mundo como oferenda...
Queria que não se entristecesse com as perdas mas se alegrasse com o aprendizado...
Queria que soubesse que o amor transforma mas são necessárias ação e oração...
Queria que os passos que distanciam também aproximassem...
Queria que a mão que da adeus fosse também a mão que abençoa...
Queria que a presença de Deus fosse uma constante em sua vida...
Queria que seu coração recebesse essas palavras como prece e agradecimento...
Queria estar sempre presente em sua vida aqui e alem...
Queria você filho...te amo!

Ana Lucia Lino


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Outros tempos...

N
o meu tempo (adoro essa expressão, parece que viver um pouco mais nos confere um patrimônio) a Semana Santa era bem diferente na maneira como era vivida.

Começava pelo numero de dias, seu início era o Domingo de Ramos e a semana inteira era passada em meditação e concentrada nos acontecimentos, muito embora não se chegasse a saber o real significado de certos ritos e de certas passagens.

Nestes dias evitava-se ouvir rádio e se o fizesse as músicas eram clássicas ou religiosas, não se comia doce ou outras guloseimas, fazia-se Via Sacra.

Na sexta-feira da Paixão não se fazia nenhum tipo de trabalho, inclusive doméstico, para não se perder o foco, o sacrifício da Cruz, prova maior de amor.

Hoje a Sexta passou a ser apenas o dia que não se come carne, mas os pratos de peixe são super elaborados, os doces dizem presente, irresistíveis.

E vamos transformando o dia que seria de meditação, em um dia em que o principal se torna o almoço, a sua expectativa e o sono para ajudar a digeri-lo e assim passar o dia.

A finitude da vida não permite desperdiçar oportunidades que levem a uma aproximação de Deus, da nossa meta, do nosso caminho...

Lembro com certa nostalgia que se fazia Vigília na Igreja. Em silêncio, sentindo a solenidade do tempo.

Estava-se longe da santidade, pois era com alegria que se esperava um almoço simples bem diferente do dia a dia, o que de certa maneira dificultava a pretensão de passar as três horas de agonia de joelhos, mas se tinha a noção da necessidade do sacrifício.

Quando depois de cinco horas de oração dava uma inegável satisfação saber que a sopa de feijão fora substituída por pães e bolo. Mesmo com estes humanos acidentes de percurso procurava-se ter certa consciência da missão, da passagem da dor, da angustia para esperança.

E verdade que os apelos eram menores, não havia televisão como hoje, as rádios eram limitadas e poucas, computador, celular e similares coisas de mentes imaginativas. Havia, entretanto, os livros, conversas na calçada, passeios em cachoeira.

Enfim, havia também o que renunciar, o sacrifício.

Não tenho nenhuma pretensão de crítica é só uma constatação. Angustia imaginar que sem alicerces sólidos espirituais é muito difícil enfrentar os revezes da vida e do mundo.

Ainda estamos nas oitavas da Páscoa, que sua luz ilumine nossas vidas e nossos ideais.

Ana Lúcia Lino

sexta-feira, 6 de abril de 2012

DOMINGO DE PÁSCOA – 07.04.2012 – Jo 20,1-9

DOMINGO DE PÁSCOA – 07.04.2012 – Jo 20,1-9

Hoje celebramos a ressurreição de Jesus.

Lucas apresenta os apóstolos, que sob o impulso do Espirito Santo, anunciam a Palavra de Jesus, a proposta libertadora de Deus. Pedro testemunha a ressurreição de Jesus, não como fato isolado, mas como consequência de uma vida de doação “fazendo o bem e libertando a todos os que eram oprimidos”.

Paulo apresenta a base da vida cristã. Uma vez batizado, o cristão deve andar com os pés no chão e a mente e o coração no céu. “Aspirar às coisas do alto” é entrar numa dinâmica de comunhão com Cristo ressuscitado.

“No primeiro dia da semana”, o Evangelho inicia anunciando um novo ciclo. É o primeiro dia de um novo tempo, uma nova realidade.

Assim como a mulher Maria foi a primeira e anunciar a vinda do salvador, gerado em seu seio, a mulher Maria Madalena foi a primeira a anunciar que um novo tempo se estabelecia. Ela representa uma comunidade nascida da ação salvadora e vivificadora do Messias.

Na sequencia vem as figuras de João e Pedro.

Pedro representa a prudência daqueles que na Igreja tentam frear a caminhada do Povo de Deus, quando no seguimento de Jesus enfrentam desafios e assumem riscos.

João representa aqueles que não se deixam iludir pela lógica humana, mas procuram viver um amor radical, até às últimas consequências, muitas vezes revelando o mistério de Deus, que encontra eco de ressurreição e de vida nova.

Feliz Páscoa!

Anaíres Lino.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

SAGA DE UMA HEROÍNA – VII parte

S
em contar as visitas
Que tinha de atender
E o dia ia encurtando
Para as tarefas fazer

Algumas destas visitas
Careciam de cuidado
Pois tinham a má fama
De carregar “mau olhado”

Tinha diária obrigação
Com a Beata Vieira
Da qual é fiel devota
Durante a vida inteira

Não tinha tempo sobrando
A “mundiça” era danosa
O pouco que lhe restava
Era pra reza fervorosa

Era aquele corro-corre
De manhã ao anoitecer
 Mas ela nunca reclamou
Nem se deixou abater

Eram  anos após anos
Trabalhando sem cessar
Provando que a labuta
Não faz a vida encurtar

Tão pensando que “é mole”
Criar uma “mundiça”
Precisa muita coragem
Pra dar conta desta liça

Termina a primeira etapa
Da SAGA DE UMA HEROÍNA
Que no decorrer da vida
Teve inspiração divina

Esta etapa foi vivida
Morando na Soledade
Vem a outra epopéia
Já morando na cidade

Tão pensando por acaso
Que a luta terminou
Pra educar grande prole
A luta só começou

Zé do Lino


terça-feira, 3 de abril de 2012

Eu sou o Fabrick, com k no final.


A
os nove anos fui morar com minha tia, fui escravo até os onze. Eu não gostava dela e ela me tinha ódio. Fugi.
Depois fui adotado. Apanhava todo dia; chinelo, corda, cabo de vassoura, o que tivessem à mão. Toda noite, pensava comigo: isso não está certo.
- E sempre foi assim?
Não. Quando morava com minha mãe, no interior, nunca conheci meu pai, ela me levava pra passear. Domingo íamos à missa e depois comia pipoca no patamar da Igreja e ela me explicava o que o padre tinha falado. Minha mãe beijava meu rosto e me dava boa noite.
- O que aconteceu?
Minha mãe teve um derrame e morreu de repente. Eu era o mais velho de quatro filhos, três homens e uma mulher, a mais nova. Levaram todos, não sei pra onde.
- E você?
Depois do derrame da minha mãe, eu fugi e fui pra rua. Na rua descobri que temos dois direitos: apanhar e ficar calado.
Um dia, amanheci no recolhimento. O tratamento era muito ruim e as amizades eram péssimas. Ofereciam-me bebidas e drogas, eu recusava tudo. Diziam que eu tinha que ter minha própria arma, não quis. Eu me sentia melhor do que aquilo.
Lia tudo que tinha às mãos. Me colocaram na farmácia. Li tudo que era bula. Falava os nomes difíceis que tinham nas bulas e minha namorada achava que eu muito inteligente. Quando ela brigava comigo, eu dizia que ela era como uma croscarmelose sódica e nosso namoro era resultante da combinação de levonorgestrel.  Ela se calava e me dava razão.
Fui crescendo, criando corpo e ninguém mais batia em mim. Crescia também na leitura.
Com dezoito anos saí e fui ser gente, como no tempo de mamãe. Encontrei uma mão amiga, cresci. Estudei bastante, sofri muito. Essa mão amiga me dizia coisas que me lembravam do sermão do padre e das explicações da mamãe no patamar da Igreja.
Quando falo da mão amiga, diria melhor se falasse da fala amiga. Pois foram suas palavras, nossos diálogos, seus conselhos que me ajudaram a ser gente e esquecer minhas mágoas e minha vontade de agredir o mundo.
- E hoje?
Hoje eu procuro meus irmãos. O mais novo morreu pivete numa gangue de traficantes. Minha irmã está na zona, vou buscá-la e ela vai morar comigo. O outro irmão, não tenho notícias dele, mas vou encontrá-lo.
Essa é minha vida. Um sobrevivente.
- Quem realmente te salvou?
Minha mãe no patamar da Igreja, as pipocas e seus beijos que eu nunca me esqueci e que me faziam lembrar o que é ser feliz. Além da voz amiga que sempre me falava e me ouvia.
Eu sou o Fabrick, com k no final.

3MRF

domingo, 1 de abril de 2012

Ser voluntário é...


S
er voluntário não é um simples sim ao comodismo, é uma resposta positiva a uma proposta de Jesus Cristo.
Ser voluntário não é uma habilidade qualquer, é uma vocação a servir ao Reino de Deus.
Ser voluntário é dizer não ao projeto pessoal e responder sim ao projeto de Deus.
Ser voluntário é algo que não tem preço, é uma gratuidade reservada àqueles que receberam a graça.
Ser voluntário é obrigar-se com o outro, é ter o outro como uma responsabilidade sua.
Ser voluntário é servir, é estar a serviço do irmão sem esperar dele nenhuma recompensa.
Ser voluntário é mais do que um contrato de trabalho, este se pode rescindi-lo, aquele você não pode anular ou desfazer, você é ou não é fiel. É uma questão de fidelidade.
Ser voluntário é um estado de graça, quanto mais você ama seu irmão e o Senhor – amar é dar-se – mais você se aproxima do Reino de Deus. E, somente assim, você percebe, com um coração comovido, sua pequenez e a grandeza DAQUELE que é infinitamente bom misericordioso, nosso Pai.