domingo, 25 de agosto de 2013

Doce vida!







S
e você jamais tomou banho numa grama molhada com esse guri, não vai ter ideia do tamanho de minha felicidade, ou seja, do que é a felicidade. E se nunca ficou correndo em volta de um aspersor com esse moleque, e depois de cada volta, ele se virar pra você com a cara mais linda e contente do mundo e dizer: “bora de novo”, isso dezenas de vezes. Ah! Você não vai compreender porque que um velho enxuto(!) fica totalmente ensopado e morto de feliz.

Feliz de quem na vida um dia pode escutar um “bora de novo”. Imagine alguém que escutou um “bora de novo” num só dia dezenas de vezes.

Quando se entrega a esse tipo de gente (no caso, o Rafinha e o Joãozinho), a gente percebe que a infância é doce, a ingenuidade nos torna bobo e é na simplicidade que está o bem. Nesses momentos nós somos ricos, não porque temos muito, mas porque precisamos de tão pouco. Ou melhor, descobrimos que temos muito, eles.

O que estou querendo dizer é que isso tem gosto de vida e sabor mais que humano.




sexta-feira, 23 de agosto de 2013

As Flores do Jardim

A
s flores do jardim da nossa casa
Morreram todas de saudade de você.
O Roberto podou todas as plantas
E não recebeu necas da Ninin.

Eu já não posso mais olhar nosso cantim,
Lá não existem brigas, sem a Lucinha é o fim.
Não, não, não posso mais olhar nosso cantim
Lá não existem brigas, sem a Lucinha é o fim.

As brigas que eram boas se acabaram
Tristeza e pouco pão é o que restou
Os bons adversários se mandaram
O café é frio e o leite azedou.

Mas não faz mal
Depois que a Lucinha partiu
Outras briguinhas a gente
Há de descobrir.

Não, não, não, não, não
Não posso mais...


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Estamos sempre de “braços abertos”!

Ô
h! quarta feira ingrata chega tão depressa só pra contrariar.

Pois é, elas viajaram.

- Quem?

- As gêmeas.

Deixaram saudades. Amanhã duas cadeiras vazias na 83. Falaremos muito delas.

Que a viagem seja boa, que Cristo mais uma vez as receba de “braços abertos” e permaneça na vida delas. Que elas, como sempre, acolha-O como amigo, com confiança, pois Ele é vida.

Se as surpresas da vida, por um só momento nos colocarem longe d’Ele, basta que façamos um pequeno gesto e Ele nos acolherá de “braços abertos”.

Em palavras mais completas, nos diz o papa Francisco: “Se parecer difícil segui-Lo, nas tenhas medo, entrega-te a Ele, podes estar seguro de que Ele está perto de ti, está contigo e dar-te-á a paz que procuras e a força para viver como Ele quer.”.

Tudo isso é somente pra dizer que nós amamos essas gêmeas e estamos sempre de “braços abertos”.


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

100 DIAS DE SOLIDÃO

P
artiste desta vida de repente,
Deixando um coração amargurado
Qual ave que migra indiferente
Ao ninho que fica abandonado.

Pergunto ao céu em ânsia aflição
para que possa acalmar a mente:
Por que dois seres unidos com paixão
São separados, assim, abruptamente?

Não ouço eco para este meu clamor
Que minimize esta infinda saudade
Ou fundamente esta imensa dor.

Sigo, assim, a sina dos meus dias
Com horas insones e longas noites frias
Até que parta, um dia, para eternidade.

Zé Airles