O Justino não é um número!

F

alam que Fortaleza tem três mil moradores em situação de rua. Estampam nos jornais que, por ano, morrem dez a vinte moradores.

Números. Tão somente números.

Mas essa gente não é um número. São jovens e velhos, são pretos e brancos, são nossos semelhantes que buscam um lugar em nossa sociedade onde possam viver com dignidade.

O Justino morreu. Mataram.

Como foi?

Talvez numa briga por uma mesma companheira. Quem sabe por uma pedra de crack. Quiçá numa bebedeira. Parece que foi por causa de uma bicicleta. Motivos não faltam. Estes podem ser alguns das causas de sua morte. Causas não, consequências.

As causas são outras, que nossa sociedade há muito já lhe tinha imposto. Roubamos sua família, tomamos seu teto, passamos a mão no seu emprego e, antes de tudo isso, o desfalcamos de família.

No seu enterro não tinha ninguém chorando. Nenhuma pessoa lamentou sua morte, não se viu qualquer familiar. Esposa? Filhos? Ninguém. Uma só lágrima, umazinha só, não caiu numa face padecida. Era uma pessoa sozinha no mundo. Viveu solitário e a ermo morreu. Saiu da vida e entrou na estatística. Não é mais o Justino, mas um número. Dirão os jornais.

Mas o Justino não é um número.

O Justino não é somente destinatário, mas protagonista do anúncio do Evangelho no mundo de gente e não no mundo de números. Se isso não for verdade e não doer em nós, então vivemos numa era em que Deus parece ter sido erradicado do mundo.

É nisso!

A 83 e o funcionário

A

 83 tem uma varanda muito convidativa, logo que se passa o portão de entrada. Lá atrás tem o deck, seu acesso se dá pela garagem ou cozinha. O ingresso pela cozinha é através de um velho portão de ferro. O tempo e a maresia se encarregaram de danificá-lo. Estava precisando de um reparo, que começou na semana passada.

Dois funcionários de uma firma contratada pela Altair se revezam durante a semana. Como ficam trabalhando no oitão da casa, eles presenciam nossas conversas diárias na grande mesa do deck.

Semana passada foi o aniversário de um deles: cantamos os parabéns, rezamos “Que Jesus abençoe...” e a Lucinha o presenteou com uma caixa de chocolates.

Antes de seu aniversário, ele já tinha comentado que jamais havia trabalhado numa casa de tanta religiosidade e um povo tão alegre. Agora, no dia dois, ele trouxe como presente para a Mamãe, num papel laminado, o Salmo 38, escrito em letras coloridas. Muito bonito.

O tempo que danifica um portão de ferro é incapaz de afetar nosso modo de ser e de agir. Por isso somos contagiantes. Sempre!

Potoca, a Incomparável!

B

osquinho: Li a sua mensagem no “Blog Com Farinha”, a respeito da inesquecível Potoca.

Fique certo que a Potoca se encontra em um lugar muito bom e de muita paz.

Potoca, neste mundo, viveu para servir. Este foi seu principal objetivo e missão.

E na prática constante dessa virtude, Ela não tinha desânimo, não se envergonhava e não se intimidava do exercício de bem servir ao próximo, principalmente aos necessitados. Servia com amor, sem esperar recompensa.

Sempre foi simples e viveu desprovida de vaidade. Verdadeira mensageira da prática do bem.

Na sua simplicidade e no servir bem o próximo parecia deixar transparecer a lição e ensinamento cristão: "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, exceto amar a Deus e só a Ele servir".  Potoca, na realidade, só almejava o bem de todos. E sempre foi uma pessoa boa e simples.  E sendo boa e pacífica, sempre teve capacidade de tudo transformar em bem.

Agora, neste momento de dor e saudade, melhor passei a compreender o real sentido do ensinamento bíblico: "Bem- aventurados os simples, porque gozarão de muita paz".

Como foi bom e proveitoso haver convivido com a Potoca.

E outro não podia ser o sentimento, tendo em vista que a convivência com pessoas boas e pacíficas conduz todos a viverem em paz.

Potoca por onde passava só fazia o bem.

Soube, através de seu viver, cumprir e transmitir com amor a máxima do Livro Sagrado: "Aparta-se do mal, e faze o bem, procure a paz e segue-a" (Salmo 34,13).

Existem pessoas incomparáveis, Potoca, inegavelmente foi uma dessas.

Hoje, Potoca deixou de servir, passando a ser servida pelo Senhor Jesus Cristo.

Esta é a recompensa dos bons e simples.

Francisco Suenon Bastos Mota

Até enquanto houver lágrimas!

D

esde quando nasci... Ao mundo cheguei...

Chorei! Lágrimas!

E quando minha  primeira filhinha aqui também chegou e, logo pequenina, com vida, poucos minutos aqui... Deus a levou, um anjo no Céu!

E... Lágrimas... Lágrimas... No meu rosto...

Passou-se o tempo, nunca a esqueci e não a esqueço.

Lágrimas!

Ainda correm. Passou o tempo voando e nele, de novo, mais lágrimas. Quando meu inesquecível Pai, também, com certeza por Deus foi chamado.

E lágrimas, até hoje, sempre as tenho!

E, agora?

Lágrimas correm mais fortes a molhar todo meu rosto, numa mistura de todas.

O coração, o peito apertado, a saudade ou palavra que nos vem e de tantos significados, saudade!

A falta! A partida!

Mas, não reclamo.

Apenas, com certeza, procuro – mesmo sabendo de meus defeitos – acatar com fé “os desígnios de  Deus!”

Enquanto lágrimas existir em mim, com certeza irão correr, molhar meu rosto. Juntando a tudo isto e a partida de minha irmã – querida, amiga, tudo, enfim – que é a Potoca!

Quando irão parar? Sim, quando? Não sei, somente o tempo. Mas quando?

Só quando Deus vier me  chamar!

Ah! Então, não mais lágrimas existirão. E tenho fé que junto a eles, Deus reserve meu lugar! Aí, as lágrimas ficarão aqui. Para os outros com a mesma fé  dos que partiram ou partirão.

Deus cuide de todos!

Bosquinhoduarte

Em tempo – Obrigado por tudo! Obrigado a todos pelo carinho e amor em todos momentos. Um obrigado de verdade a  todos os amigos, familiares e do "Mel Com Farinha!

1º DOMINGO DA QUARESMA

Mc 1,12-15 – 26.02.12

A

 primeira leitura apresenta a Aliança que Deus fez com Noé. É incondicional e sem contrapartida, que resulta exclusivamente da bondade e generosidade de Deus.

É um puro dom de Deus, fruto do seu amor e de sua misericórdia.

Evidentemente não foi Deus que enviou o dilúvio para castigar o homem. O autor quer nos ensinar que o pecado é algo incompatível com Deus e com seus projetos para o homem e para o mundo.

Neste início de caminhada quaresmal é bom que saibamos que o pecado não é uma realidade que possa coexistir com essa vida nova que Deus nos quer oferecer. Por isso o texto nos aponta para o sentido da esperança.

Pedro nos alerta, que se Cristo trouxe a salvação também para os injustos, o cristão deve dar a vida e fazer o bem mesmo quando são perseguidos e sofrem.

No Evangelho temos alguns símbolos: deserto é o lugar de encontro com Deus, mas também de prova e de tentação; “40dias” é um termo teológico que quer significar “toda vida”. Portanto, em toda sua caminhada Jesus foi tentado a enveredar pelo caminho do poder, da autoridade, do messianismo político.

Mas, Jesus optou pelo messianismo da paz, de fazer a vontade de Deus.

Temos assim uma catequese sobre as opções de Jesus.

Ele prega o Reino de Deus, que é a esperança de um mundo novo.

“Converter-se” é mudança de mentalidade.

“Acreditar” é aderir ao projeto de Jesus.

Anaíres Lino

Diz a lenda!

D

iz a lenda, que três irmãs foram às compras.

Saíram juntas no sol da manhã e chegaram ao centro já engarrafado. Logo que chegaram, a mais velha bateu a mão na bolsa e lamentou:

- Deixei meus documentos em casa.

- Minha irmã, você é muito esquecida. Isso vive acontecendo com você. Você tem que ser menos distraída. Onde já se viu, sair sem documentos. Reclamou uma das irmãs.

Depois, digamos assim, desse mal estar, seguiram fazendo compras. Melhor dizendo, não propriamente fazendo compras, mas batendo pernas, como diz a outra irmã que não foi e ficou em casa.

Lá pro início da tarde, chegaram as três com um “embrulhinho” e esgotadas de tanto “bater pernas”.

Depois do almoço a esquecida ficou em casa e as outras duas foram ao banco. Chegando lá, pegaram uma longa fila e quando chegou a vez da irmã que ia sacar, ela percebeu que não tinha levado o cartão de crédito. Foi o suficiente para a mais nova replicar o sermão da manhã.

- Você estava reclamando de distração e faz a mesma coisa. Você é quem é esquecida. Fica de olho nos outros e esquece de olhar pra si mesma. Onde já se viu, ir ao banco sem o cartão.

A outra ficou sem jeito e as duas voltaram pra casa, desta feita, sem dinheiro e sem nenhum embrulhinho. Tinha um recado do marido da caçula, que ela fosse pra casa, pois eles precisavam consertar o celular dela.

Não deu meia hora que tinha saído, quando a caçula ligou para aquela que tinha se esquecido dos documentos, perguntando se ela, a caçula, não tinha deixado seu celular em cima da mesa.

- Deixou sim, respondeu, pois onde você anda se esquece das coisas. Você precisa ser mais cuidadosa. Onde já se viu, ir consertar um celular sem celular.

Moral da história: é... é... esqueci.

- Onde já se viu, contar uma lenda sem a moral da história, tripudiaram as três irmãs.

O blog se moderniza

O

 blog se moderniza

Criou sua seção pornô

Com gente sendo clicado

Como no mundo chegou

E isto é só o começo

Deste desfile pelado

Se o ensaio não for

Pela censura barrado

 ZédoLino

Quaresma? Como assim?

Q

uaresma é um período de quarenta dias, que antecede a festa máxima do cristianismo: Ressurreição de Jesus, comemorado no Domingo de Páscoa.

Começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira santa com a Missa da Ceia do Senhor, onde se comemora a instituição da Eucaristia.

É um período reservado para reflexão e conversão espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma revisão de suas vidas e compará-las com os valores do Evangelho.

Isto significa recomeço, renascimento para as questões espirituais e crescimento pessoal.

Costuma-se intensificar orações, sacrifícios, renúncias, numa metáfora com as dores do parto, pois simbolicamente estamos renascendo com Cristo.

A cor da liturgia é a roxa significando penitência e conversão.

Desejo que este deserto quaresmal seja muito frutífero para todos.

Anaíres Lino

Convite à unção!

5

 de fevereiro de 2012. No pátio improvisado da rua Gonçalves Ledo 83, praia de Iracema, como convém à simplicidade do espiritual encontro, à semelhança do original sublime, fez-se altar mesa comum, algumas cadeiras à frente e ao lado para a verdadeira celebração do 102 aniversário de D. Enedina, raiz de tantos preciosos frutos.

Padre Hugo Furtado conduziu os procedimentos de modo naturalmente singelo, exemplo de continuidade da milagrosa ceia original.

Gestos, palavras, afetos, convite à unção. 

O lidar com as espécies consagradas nas palavras vindo do Ser transbordavam no chamamento  universal.

Que outro episódio litúrgico tenha mais me comovido, não me recordo.

Baptista

FRANCISCA BASTOS DUARTE

P

artistes querida Potoca quando ainda no acesso da luta, no vigor das tuas forças, quando ainda tinhas muito de dedicação a dar, bondade a distribuir e excelsas qualidades a servirem de exemplo.

Fostes modelo de honradez e renúncia, dedicando tua vida a minorar a dor do próximo, abdicando teu bem estar em prol do bem estar dos outros, em  nível de sacrifício quase apostólico.

Deixas o nosso convívio, mas resta-nos o consolo de que teu exemplo norteará nossa memória, como lição de altivez, no desempenho profissional, na dedicação à família e aos amigos.

Tuas qualidades serão cultivadas por aqueles que ficaram e que darão prosseguimento a tua missão magnânima.

Percorrestes o teu caminho, vivestes a tua etapa e como fizestes terás a recompensa no Reino Eterno.

Repousa em paz, querida prima/irmã, que saberemos cultuar a tua memória.

ZédoLino

Era um anjo!

N

o avião rezava e pensava na Potoca. Impossível pensá-la quieta, impossível pensá-la sem um sorriso, sem um gesto, uma determinação, sem um passo, uma palavra para melhorar algo ou alguém.

 Impossível pensar nela sem o otimismo, sem o "tudo vai dar certo". Uma pessoa que abdicou do eu para ser o outro.

Mesmo agora em que pela primeira vez inverte os papeis e parece precisar de todos nos, de cada um, o faz de maneira a nos unir  com preces, com o coração e com ação.

 Uma pessoa que vive tanto o outro que parece que transformou o seu corpo em amor, em pensamento em unidade. Uma pessoa que vive o aqui, o agora, o outro... Sempre...

Deus coloca nas famílias anjos, que às vezes não percebemos, ignoramos, muitas vezes nos acostumamos e nem notamos ou agradecemos o mimo que o Pai nos deu. Uma pessoa que tão boa, parecendo tão forte, tão doce, tão presente, que parece natural estar ali sempre atenta e disponível.

Ana Lúcia Lino

Em tempo – A cabei de saber que hoje, no dia em que ha 35 anos o papai partiu, ela também partiu. No mesmo dia de carnaval. Eles que sempre foram tão unidos na terra se uniram novamente no Céu, para velarem por todos nós com a alegria e jeito pacifico e amoroso que sempre tiveram e como iremos lembrá-los sempre.

Força e paz a todos!

Potoca!

Q

uando penso na Potoca, me faz refletir.

Nem todas são mães, mas todas seguramente são filhas. Filha por que nascida do amor de nossos tios e renascida do amor de Deus, mediante o batismo.

Potoca, a filha.

Como mulher e como cristã, acolhendo a vida como dom de Deus, assim tornou-se filha de Deus. Esse acolhimento deu-se na medida em que ela viveu em função dos outros e em que percebeu o próximo como centro do mundo.

Potoca, a samaritana.

E como isso aconteceu muito cedo em sua vida, ela nunca perdeu o contato com Deus e ELE continuamente permaneceu no íntimo de seu coração, e desse modo, é uma alma constantemente permeada pela luz do Senhor porque moveu sua vida não somente por palavras, mas com ações.

Potoca, a discípula.

E como a vida de todos nós é um processo, se pode concluir que somente quem conheceu a Deus tão perto – como ela – é quem pode conduzir os outros para Deus. E dirigir-se a Deus não é uma caminhada solitária, ao contrário, se faz dividindo e partilhando seus dramas e suas alegrias.

É exatamente isso que ela está fazendo, nesse momento, colocando todos nós em união, num pedido uníssono e alicerçada numa fé que não exige, mas aceita a vontade do Pai.

Potoca, é impossível não amar você como ELE nos mandou.

Que ELE cuide dela!

Q

uando vou partir... Não sei!

Ao mundo que "vivo atual"... DEUS, com certeza, sabe o dia e tudo mais!

Então, do fundo do coração, se tenho "vida atual" (minha passagem) e fosse do consentimento de DEUS que  ELE transferisse para minha irmã Potoca!

Paz! Saúde! Sua presença!

Que tudo esteja com sua bênção!

NELE entrego meus pedidos e lhe peço a proteção de todos nós e, com certeza, seja feita Sua vontade!

“Que seja feita Sua vontade assim na terra como no céu!” É nisso que creio e é por isso que acredito na SUA bênção.

A força do verdadeiro combustível (DEUS) esteja com Potoca, com sua proteção e esteja na prece de todos nós.

Esse é meu momento, esse é meu pedido: que o Senhor esteja com a Potoca e cuide dela com todo carinho.

Bosquinhoduarte

7º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Mc 2,1-12 – 19.1-02.12

N

a 1ª leitura nos impressiona o amor e a ternura como Deus se dirige a seu povo desanimado e frustrado, e lhe dá seus conselhos de Pai como a preparar o filho para a batalha.

Paulo se mostra discípulo fiel de Jesus e como tal não se utiliza de oportunismo nem meias palavras. Ele nos recorda que Cristo foi totalmente fiel e nunca caminhou na incoerência e interesse pessoais. Ele se preocupou só e exclusivamente com a Verdade, nem que para isso tivesse que perder seguidores.

O Evangelho nos apresenta uma cura realizada por Jesus, numa exposição cheia de simbolismo: os quatro homens que carregam o paralítico faz uma referência aos quatros pontos cardeais, numa tentativa de mostrar que a salvação é para todos; a dificuldade de subir ao teto para de lá fazer chegar o homem até Jesus, nos mostra o desafio que uma humanidade sedenta de Deus pode enfrentar para conhecer a salvação.

Deus tem um plano de salvação destinado a toda humanidade.

Esta humanidade que penosamente caminha em meio aos fracassos, contradições, violência, opressão, precisa conhecer a Boa Notícia de Jesus.

Deus está sempre a nos esperar de forma gratuita e incondicional, oferecendo seu perdão, sua misericórdia. Oferecendo vida nova.

“Levanta e anda”. É um convite para ultrapassar o imobilismo e nos acertarmos no dinamismo da vida nova.

Anaíres Lino

SUGESTÃO!

D

iz o cancioneiro popular que “recordar é viver”.

Realmente é muito bom a gente ficar remoendo aqueles acontecimentos  que permanecem em nossas lembranças.

Procurando escutar o eco de vozes perdidas  em tempos idos e vividos.

Divagar pelo passado, recordando  pessoas que marcaram nossas vidas,  animais que foram amigos ou serviçais de alguma forma,  lugares que ficaram em nossas lembranças e coisas que ainda estão anotadas naqueles apontamentos no fundo do baú, cada ponto da memória parece que nos rejuvenesce o corpo e nos revigora o espírito.

Ao recordar, criamos um novo enredo e os personagens  se materializam com mais veracidades que os vividos no perder dos tempos.

Assim, vivenciando o que a vida melhor nos deu, vamos matando saudades velhas e criando saudades novas. Então, por que não as materializar em: CRÔNICAS  DE PESSOAS,  ANIMAIS, LUGARES E COISAS INESQUECÍVEIS.

Fica a sugestão.

ZédoLino   

Algo, digamos assim, evangélico.

F

uncionário do Banco do Brasil, aposentado, agricultor, advogado e, sobretudo, gente.

Como bancário, Fiscal da Creai, ajudou muitas pessoas, principalmente as mais simples. Quando não conseguia mais auxiliar os pequenos agricultores como desejava, aposentou-se.

Livre de obrigações na instituição financeira e horários rígidos, formado em Direito, continuou acudindo os mais fracos, protegendo os indefesos e defendendo os menos protegidos.

Faz isso como uma missão, como algo que lhe foi determinado. Sem reclamar e com uma dedicação que se traduz numa incessante devoção às causas dos menos favorecidos. Algo, digamos assim, evangélico.

O coração lhe cobrou um tempo de repouso. Operado, se recupera rapidamente, saiu da UTI e descansa num apartamento. Logo estará nas audiências, defendendo aqueles que os grandes gostam de esmagar.

É sua vida, sua missão.

Porque lhe foi determinado.

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Mc 1,40-45 – 12.02.12

V

emos nesta liturgia a imagem de um Deus cheio de amor, de bondade e de ternura.

O Evangelho faz um contraponto com a primeira leitura. Nesta se vê a forma de tratar o leproso a partir de um esquema de discriminação e rejeição em nome de Deus. O Evangelho nos mostra um Deus que vem ao encontro de seus filhos vítimas de rejeição e exclusão.

Esta passagem do Livro do Levítico nos prepara para entender a novidade de Jesus, mostrando como Ele não marginaliza nem exclui ninguém.

Paulo novamente vem nos dizer que o valor absoluto ao qual todo o resto se deve subordinar é o amor. Ele se refere ao exemplo de Cristo a quem todo cristão deve imitar.

Jesus toca o leproso. Ele está infringindo a lei. E denuncia que a marginalização e exclusão imposta pela lei não vem de Deus.

Jesus mostra com suas palavras e ação, que o leproso é um filho amado e querido por Deus e lhe oferece salvação e vida plena.

A misericórdia, a bondade e a ternura de Deus derramam-se sobre o leproso no gesto salvador de Jesus.

Assim como hoje se derramou sobre o Tizim, filho também muito querido por Deus. E nós todos somos muito agradecidos.

Obrigada Senhor, por tantas graças derramadas sobre nós.

Anaíres Lino

Por ele oremos!

Amar,

nesse momento,

é rezar com o coração!

Por ele oremos!

Hoje

é o coração

que nos faz mais

irmãos do que nunca.

Por ele oremos!

Agora é o Airton.

Hora novamente de nos dar as mãos.

Hora das orações aflorarem de cada coração para que tudo corra bem com o "matutão" do Mulungu.

E vai dar certo porque ele é antes de tudo um forte.

E a "poupança de oração" da mamãe lá no Céu ainda está muito "gorda".

A Beata Maria Vieira sempre está de plantão e os anjos dirão amém.

Eu creio e confio.

ZédoLino 

- Deus abençoe vocês.

O

ntem eu a via, numa missa unindo a tantos.

Tão distante e tão perto.

Tão frágil e tão forte.

Dormindo, mas divinamente distribuindo alegria aos presentes.

Como é emocionante se dizer: eu ainda tenho mãe. Só ela é capaz de me proporcionar esta alegria. Emocionalmente, eu a ouvia balbuciar:

- Deus abençoe vocês.

E assim será porque Deus sempre a atendeu.

ZédoLino

O ELO!

E

 a 83 se transformou num santuário.

Éramos peregrinos, unidos em prece, com um só coração, um só pensamento, um só desejo: agradecer a Deus a vida da Mamãe e o nosso caminhar juntos.

Quando o Padre Hugo iniciou a missa, Cristo ficou entre nós e toda a fé trabalhada ao longo dos anos aflorou: o coração ardeu, a garganta intumesceu e os olhos expressaram em lágrimas a emoção de sentir que a presença da Mamãe nesta celebração nos trouxe o Pai para tão junto de nós, que nunca sentimos com tanta pujança o elo forte de amor: Criador e Criatura.

Ana Lúcia Lino

5º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Mc 1,29-39 – 05.02.12

A

 liturgia de hoje nos trás o questionamento sobre o sentido da vida.

A 1ª leitura é retirada do Livro de Jó, um clássico da literatura universal, que questiona o sentido do sofrimento. Ele trás a reflexão sobre o “dogma da retribuição”: Deus recompensa os bons e castiga os maus. Jó não aceita a falsa imagem de um Deus comerciante.

A passagem que nos é apresentada hoje mostra a oração de Jó carregada de desespero, amargura e revolta, mas, ao mesmo tempo, o grito do crente que sabe que só em Deus pode encontrar a esperança e o sentido para a sua existência.

Paulo alerta que o que vale não são nossos direitos, mas nosso comportamento carregado de amor pelo irmão. Em certas circunstâncias, esse amor pode exigir que eu abra mão de minha liberdade e do meu direito em favor e benefício do outro.

O Evangelho nos apresenta o milagre da cura da sogra de Pedro. É um indicativo de que Jesus se aproxima de quem está prisioneiro do sofrimento, da doença, da opressão. Jesus devolve-lhe a vida, a ressurreição.

“E ela começou a servir”. É o efeito imediato do contato com Jesus, uma experiência que se concretiza no serviço aos irmãos.

Marcos nos apresenta, ainda, Jesus se retirando para orar. Rezar não é fugir do mundo, mas uma possibilidade de entrar em diálogo com Deus.

Só na comunhão e no diálogo íntimo com Deus é que percebemos seus projetos e recebemos força para nos empenharmos na transformação do mundo.

Anaíres Lino

Eles falaram Dela!

Fabrizia Bastos

Hoje a Bisa faz 102 Anos. Puxa, quem dera uma dia chegar perto de tudo isso e ter pessoas tão queridas por perto!
Vovó, que DEUS te abençoe e te acompanhe para sempre. És uma linda estrela que ilumina esta família. Para mim em especial e para a saudosa Maria Luiza, sempre será nossa Vó Enedina. PARABÉNS!!

Karen Bastos

Alegria, alegria... Hoje minha avó paterna Enedina Bastos está completando 102 aninhos! Parabéns Vovó!

Luiz Márcio Souza

É um grande orgulho para mim e acredito para toda a família celebrarmos, hoje, o aniversário da nossa guerreira, Vovó Enedina. São 102 anos de história e vitórias. São 102 anos de amor e muito carinho. Sou abençoada por ser neta da Vovó Enedina. Parabéns para ela e para toda a família Bastos Lino, cuja união é selada por essa linda Matriarca.

Ana Angélica

Hoje, 2 de fevereiro, é um dia muito importante pra todos da família Bastos Lino. É o aniversário de uma grande mulher, a qual é um exemplo de vida para todos nós. São 102 anos de ética, beleza, força, e muitas outras qualidades que fazem da minha bisavó, a melhor do mundo!
Parabéns, vovó. Muita paz, saúde e força. O meu amor por você é tão grande que não há palavras que possam explicar.

Mariamne Pena

Parabéns, Vovó Enedina! Que as graças de Deus sempre iluminem a sua vida e de seus fiéis familiares. Afinal 102 anos não é pra qualquer um!

Nubia Cardoso

Nosso abraço de parabéns para todos da família Bastos Lino pelas 102 primaveras de nossa querida tia Enedina. Compartilhamos com todos da família essa data memorável.

Raquel Bastos

Hoje minha avó materna, minha querida Vovó Enedina, está completando 102 anos!
Viva a vida!
Obrigada Senhor!

João Marcos

Hoje é o aniversário da pessoa mais importante da minha vida, você Vó, pois a senhora é e sempre será a pessoal a qual todos nós da família Bastos Lino nos espelhamos. Agradeço a Deus cada minuto que eu passo com a senhora, pois como já dizia (Marcel Proust) "Os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um homem." 

Maria Arlene Bastos

Quando eu penso que minha sogra amanhã fará 102 anos, sempre ao lado dos seus filhos queridos, penso também, o quanto sinto a distância que me separa fisicamente da minha única filha a qual eu amo tanto. Mas fico feliz por ela Dona Enedina e, pelos filhos que desfrutam da alegria de sua festejada presença como dádiva de Deus por tanto tempo.

João André Arcanjo Lino

Como aqui já é dia 2 de fevereiro, a vovó já fez aniversário para mim! Então, vovó Enedina, parabéns! Mas não é qualquer parabéns não!Afinal, hoje ela faz 102 anos! Mais de 3 bilhões de segundos que aquele coraçãozinho está batendo. É uma grandessíssima vitória. Vitória maior ainda porque, até hoje, ela passa de alguma maneira força para todos os filhos, netos e bisnetos que estão perto e longe. Obrigado, vovó, por ser a raiz dessa louca, grande e animada família que é a Basto Lino, e parabéns mais uma vez!

Pode comemorar!

F

iz minhas orações. Com certeza as LUZES DIVINAS estão hoje e estarão a cada dia com minha querida Tia Enedina!

Posso até parecer, às vezes, estranho, mas não os esqueço e tenho um amor e carinho  por todos vocês, e com certeza, pela irmã mais velha de minha Mãe que é a  Tia Enedina!

Pode comemorar! É mais que vida!

Que  DEUS a ilumine hoje e  cada dia que aqui venha a passar e que seja cada vez mais feliz e todos vocês e nós, com certeza, também!

Um forte  abraço cheio de muito carinho e respeito à minha sempre querida Tia Enedina!

Feliz aniversário! Parabéns e felicidades!

Abração de paz e felicidades!

102 e muito mais com as bênçãos de DEUS!

Bosquinho Bastos Duarte

Aquela mãe

J

á se falou tanto nela. Em prosa, em verso, da sua fibra, da sua generosidade e determinação.

Palavras elogiosas, agradecidas, amorosas, merecidas, insuficientes.

Mergulhando neste oceano de emoções, de afetos, de lembranças, me envolvo como uma gota para mais uma vez explicar, compreender e falar desta grande mulher.

São várias as maneiras em que os fatos são sentidos e guardados. Vez por outra impulsionados pela saudade desdobramos recordações, vivemos situações, sorrimos vida vivida.

São lembranças, pedaços soltos de nossas vidas, da vida desta mulher que é a minha mãe.

Da mãe que se recolhia diariamente na solidão de seu quarto e rezava por cada um de nós. Nunca vi passar um dia sem esta meditação, por maiores que fossem as ocupações. Nada nem ninguém afastavam daquele encontro com o Pai para pedir força e proteção para a grande família a ela confiada.

Aquela mão que atendendo aos nossos gritos mata com chineladas uma meia inerte confundida com um rato. E riu disto.

Aquela mãe que sabia tudo de trabalho manual desde um simples bico de crochê a uma tarrafa de pesca. Tudo com perfeição incomparável e com uma simplicidade que parecia natural saber tanto.

Aquela mãe que antes de dormir, como um anjo, olhava a todos, cobrindo, ajeitando, fazendo carinho em cada um de nós. Só me lembro de uma exceção: foi uma destas que abortou com uma chinelada e corrigiu para sempre a mania preguiçosa de molhar a rede.

Aquela mãe que na cozinha ficava atormentada e só conseguia fazer bem o doce de banana em rodelinhas, o bife “encalcadinho” e o pudim de leite, todo o resto era um pouco mais que comível.

Aquela mãe por quem rezava em todas as igrejas pedindo vida longa, pelo medo das benditas “lágrimas de sangue”.

Aquela mãe que mastigava casquinha de laranja para minorar os enjôos da gravidez, gesto que eu repeti quando esperava seus netos.

É esta mãe que hoje, aparentemente ausente, nos dá segurança e aconchego como um porto, como uma estrela. Que continua perto, nos amando, nos sorrindo com os olhos e nos abraçando com o coração.

Ana Lúcia Lino