E
|
stávamos
nós, nesse fim de semana, em Baturité, no Mosteiro dos Jesuítas. Um lindo
lugar. No fim da tarde, depois da missa, ficávamos no jardim jogando conversa
fora. Dentre tantos causos, uma funcionária no mosteiro, contou a história de
duas irmãs que se casaram com dois viúvos.
O
viúvo que se casou com a mais velha tinha por costume, a cada quinze dias,
colocar flores no cemitério da falecida. E a cada quinzena era aquela confusão.
Dois dias antes “das flores”, a irmã mais velha, a atual esposa, se chateava, inventava
uma dor de cabeça, ficava sem falar com ele. O clima ficava pesado e somente
voltava à normalidade dias depois.
O
viúvo que se casou com a irmã mais nova tinha também uma mania. Colocou no seu
escritório o retrato da falecida e ao lado um vaso de flores, as quais eram
trocadas a cada semana. A caçula das irmãs sempre que ia limpar os móveis da
casa, abraçava o retrato da falecida e dizia: muito obrigada por ter feito
desse homem uma pessoa amável e tão cheia de sentimento.
Essa
história de aparência tão boba e ingênua nos leva a uma reflexão. A cada situação nova que nos é apresentada,
nós podemos responder com atitudes que nos trazem mais sofrimento ou sabermos
conviver com o novo da melhor maneira possível. Ou seja, muitas vezes, a felicidade
ou o sofrimento depende de nossas atitudes. Depende de nós querermos inventar
uma dor de cabeça ou procurarmos o lado bom da vida.