quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

...no mundo hoje



n
     o mundo hoje...
tem muito carro e muito pouco chão...
muita ambição e muito pouco pão...
muita palavra e muito pouca ação...
muito parente e muito pouco irmão...

Ana Lucia Lino

domingo, 12 de janeiro de 2014

Isso lá na 83.

P
inçando da Alegria do Evangelho do papa Francisco, algumas mensagens belíssimas que nos ajudam na caminhada.
Isso lá na 83.
Antes de tudo, gostaria de dizer que é uma dádiva encontrarmos, diariamente, na 83, Altair, Anaires, Arino, Arlene, Aila e, algumas vezes,  Ângela e, agora em janeiro, Aines. Sem mencionar os outros, que moram foram da terra da luz.
Todo dia, ali no batente, a manhã quase toda,
Deixe a gente conversar conversa boba,
Não nos marque nada para o começo do dia,
Pois não nos tire essa bela e rica regalia.

Dizendo eu que isso é uma dádiva, imagine vocês, podermos nós, no cotidiano, beijar a dona Enedina, mulher maior que conheci. Questiono a cada manhã se somos merecedores de tudo isso.
Mas, voltando à Alegria do Evangelho, comentávamos dos aspectos secundários e do anúncio essencial da mensagem evangélica.
Com a chegada da Aines o nível subiu um pouco mais. Nessa manhã, a Anaires, nossa teóloga, nos trouxe o tema da hierarquia nas virtudes e as ações na mensagem moral da Igreja. E, segundo a carta, a misericórdia é a maior de todas as virtudes.
Citando São Tomás de Aquino – que chique – nossa teóloga, dizia: “O nosso culto a Deus com sacrifícios e com ofertas não é exercido em proveito d’Ele, mas no nosso e do próximo. Na realidade, Deus não precisa dos nossos sacrifícios, mas deseja que os mesmos Lhes sejam oferecidos para a nossa devoção e utilidade do próximo. Por isso, a misericórdia, pela qual se socorre a miséria alheia, é o sacrifício que mais Lhe agrada, porque assegura mais de perto o bem do próximo.” (Grifo nosso).
Continuemos a ler, refletir e  a agir, principalmente.
Um beijo franciscano a todos.


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Pensemos nisso!

A
vareza, sovinice, mesquinhez, andam com a gente, estão no nosso dia a dia, fazem parte de nossas ações e nós não percebemos.

Ou fingimos que não.

Falo de avareza no sentido de alguma forma que nós temos de agarrar sobre “um ter”. Ou seja, sobre qualquer ter.

São João Cassiano conta a história daquele monge que abandonou todos os seus bens à porta de entrada do mosteiro e que, já morando entre os monges, foi incapaz de abrir mão de uma borracha para emprestá-la aos seus confrades.

Esse exemplo, aparentemente grotesco, ilustra muito bem determinados apegos que temos e que podemos até chamá-los de irracionais.

Quando acima mencionei “sobre qualquer ter”, queria me referir não somente a posse material, mas também a posse de comportamentos, a posse de atitudes e, principalmente, a posse de ideias.

A posse da ideia parece-me a pior delas.

Têm certos momentos que não admitimos “perder” nossas convicções, algumas vezes somos incapazes até de ouvir argumentos que venham ferir nossos “dogmas”.

Aí vem o perigo de não crescermos com os diferentes. E nalgumas vezes ficarmos impedidos da generosidade, da partilha, de reconhecer que o argumento do outro, mesmo contrariando nossas certezas, tem sentido e valor.

Talvez emprestando nossa “borracha” seja um modo de nos fazermos uma bênção para os outros. Aí, a avareza dá lugar à generosidade. E os generosos são mais humildes do que os mesquinhos porque são, sobretudo, mais inteligentes. 


Pensemos nisso!


sábado, 4 de janeiro de 2014

Bênção para os outros!

A
 oração que faço para dois mil e catorze é que “nos façamos” uma bênção para os outros, reconhecendo em cada um o Filho do Homem e saindo de nós mesmos para buscar a felicidade de todos.

Ou melhor, não buscar a felicidade, mas descobri-la em cada encontro.

Isso poderá ser feito sem grandes dificuldades e de maneira muito simples, basta um coração manso.

Para aqueles que estão perto de nós e, por um momento, se atrasaram, vamos diminuir nosso ritmo, colocar nossa ansiedade num canto e oferecermos um ombro amigo, um colo de mãe, uma generosa caridade.

Aos outros que estão distantes e, para que possam caminhar com segurança, precisamos criar caminhos alternativos, devemos saber que existe entre nós e eles uma conexão que não se pode dissolver.

Se a gente conseguir “fazer-se bênção” para os outros, na verdade, estamos tateando no caminho que Ele nos ensinou. E, provavelmente, Ele nos aguarda – nós e os outros – de braços abertos.

E esses braços abertos que nos aguardam, já agora, nos fortalecem e essa força nos faz feliz com o que somos e com o que temos.

Enfim, “faça-se uma bênção” em 2014.

NB: Fica o lembrete, para os distantes, crie caminhos alternativos, para os próximos, diminua o ritmo, e para os muito próximos... sapeque um beijo.