sexta-feira, 21 de junho de 2019

- E o amor?




“-
S
abe o que é a amizade?

- Sei. É ser irmão e irmã, duas almas que se tocam sem se confundir, os dois dedos da mão.

- E o amor?

- Ah! O amor! É ser dois, sendo um só... se fundem como anjo. É o céu.”

Palavras de Victor Hugo, do “Corcunda...”.

É isso...

Ter amigos e amar é tudo uma escolha. Escolhamos, pois o bem.

E a melhor escolha acontece com o nascer do sol, ao nos levantarmos.

A propósito, levantar-se é uma arte. Levantar-se não é pular da cama. É abrir os olhos – dar aquela espreguiçada – e agradecer a Deus pela vida, pelo sol e por quem estar ao nosso lado.

Sim, pois à noite repartimos a mesma cama, dividimos o mesmo ar, e juntos compartilharemos o mesmo dia. É exatamente assim que nos fundimos como anjo e fazemos a vontade de Deus... “assim na terra como no céu”.

E ‘por quem estar ao nosso lado’, significa também, não necessariamente, estar de modo físico. Para estes a gente usa as redes sociais pra nos fundirmos, e agradecermos Àquele que nos permite alegrar-nos no abraço e na troca de carinho.

Bom dia!

sábado, 8 de junho de 2019

2805


D
epois de receber tantos carinhos neste grupo, noutros, no pessoal e por telefone, todos tão meigos, percebo quão minha vida é doce.

E sirvo-me desse doce!

Doce como a cana caiana (ou cana brava) cortada no canavial da baixa grande, que sobe nos lombos dos animais pra ser moída no engenho.

O qual vai despejar sua garapa no tanque.

Tanque que vai alimentar as caldeiras aquecidas pelo bagaço que mantém o fogo na fornalha.

E é nesse vai e vem nas caldeiras que se dá a dança da “garapa da cana de açúcar”, e que ferve o caldo.

Quando no “ponto” - que só a experiência de um mestre pode dizer - será derramado na gamela.

E aí, no meio da fumaça, que como o incenso exala seu perfume, é que se dá...
É que se dá...

É que se dá o “milagre do cheiro e do sabor”: do mel, da rapadura, da batida e do alfenim.

E, por analogia, mais ou menos assim, sirvo-me dessa vida doce como o mel... e transparente como a água que cai no “LE REVE”.

Adocemos o nosso dia-a-dia, o nosso coração e nossa alma.

Obrigado a todos!


UMA IRMÃ FORTE E DE ALMA NOBRE


H
oje escrevo como se falando fosse.

Digo tudo com uma voz igual e cadenciada, como naquele momento em que a água cai gota a gota.

Estamos aqui, xxxxx, fazendo o exame: ELETRONEUROMIOGRAFIA. Nome grande e complicado, duas longas horas de exame.

Mais um que Altair faz.

Mais uma solicitação do dr Tiago Feijó.

Mais um martírio pra ela.

Falo tudo isso pra vocês, para que vocês se sintam como estivessem na 83.

É importante estarmos juntos. Participarmos de “seus”momentos.

Isso implica diminuir distância.

Aumentar afeto.

Diante disso, com benevolência, nossa decisão, vale a redundância, é decisiva.

Deixemos acesa a chama da vida SOLIDÁRIA, não permitamos que nossos carvões ardentes cobram-se de cinzas, e possibilitem, portanto, que dia para dia tornemo-nos cada vez mais SOLITÁRIOS.

Sejamos amantes da vida, pois é assim que o Senhor nos conduz a nós.

Isso mesmo... nos conduz a nós.

Já agora no fim, sinto que minha voz torna-se mais grave e mais pausada, baixo o tom ao pronunciar a palavra “Altair”.

Estamos falando de uma irmã forte e de alma nobre.

Falo no entanto estas coisas na presunção de que me compreendam, de que sentirão... sentirão... sentirão.


Por fim, concluo, mantendo-me calado e sério; fim do exame, ela vem vindo.

Fim.

NOS CORREDORES DO ICC



Q
uando fico aqui, no ICC, fazendo elucubrações em seus corredores, me preocupo de passar uma ideia errônea.

Vejo e vejam que em tudo há suor, carinhos, e por vezes, lágrimas.

Suor, quando sou obrigado a “arrasta-la” da 83, pois sei que o ICC é sempre um momento de superação.

Carinho, nos instantes em que a vejo ali, na sua “salinha”, parada, quieta e tranquila. Percebo que ela sente algo.

Talvez o carinho do Pai bondoso.

Quem sabe, o consolo do Senhor de todas as misericórdias.

Ou a doçura de estar sendo acalentada por Maria.

Lágrimas que teimam em não rolar, produzidas pela fadiga dessas aplicações sem fim, desses repetidos exames e dessas eternas consultas.

Sei também que não é a quimioterapia nem a dor que escrevem os capítulos da vida dessa nossa irmã, mas o carinho, o consolo e a doçura de QUEM tudo assiste.

2805




D
epois de receber tantos carinhos neste grupo, noutros, no pessoal e por telefone, todos tão meigos, percebo quão minha vida é doce.

E sirvo-me desse doce!

Doce como a cana caiana (ou cana brava) cortada no canavial da baixa grande, que sobe nos lombos dos animais pra ser moída no engenho.

O qual vai despejar sua garapa no tanque.

Tanque que vai alimentar as caldeiras aquecidas pelo bagaço que mantém o fogo na fornalha.

E é nesse vai e vem nas caldeiras que se dá a dança da “garapa da cana de açúcar”, e que ferve o caldo.

Quando no “ponto” - que só a experiência de um mestre pode dizer - será derramado na gamela.

E aí, no meio da fumaça, que como o incenso exala seu perfume, é que se dá...
É que se dá...

É que se dá o “milagre do cheiro e do sabor”: do mel, da rapadura, da batida e do alfenim.

E, por analogia, mais ou menos assim, sirvo-me dessa vida doce como o mel... e transparente como a água que cai no “LE REVE”.

Adocemos o nosso dia-a-dia, o nosso coração e nossa alma.

Obrigado a todos!