Um
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rio, suas águas límpidas correm
preguiçosamente, levam consigo flores, não muitas, algumas, para ser exato:
oito.
Descem esse rio da vida os sete
filhos de Dourinha, vão eles se fazendo ao longo da vida, deixando atrás de si um
valioso legado.
Herança, que rica herança, cheia de lutas ganhas e perdidas, de
alegrias e tristezas, de valores profundos intocáveis, de uma dimensão
espiritual que se revelou na sensibilidade, na compaixão e no amor gratuito.
Jesus Cristo, sua principal missão
foi mostrar que Deus é bom, bom e misericordioso e que Ele é Pai, um Pai bom,
que podemos até chamá-lo de paizinho “Abba!”.
E esse Pai bom, esse paizinho, encontra
o rio e suas flores. Flores que O amaram e por sobre as águas sempre navegaram
ao Seu encontro. Amor previamente correspondido pelo Pai, que no seu tempo as
acolheu, uma a uma.
Hoje, acolheu a derradeira. Como nas
anteriores, mergulhou suas mãos nas águas cristalinas e recolheu com toda
suavidade. A trouxe para perto de si e face a face, como que sorrindo, disse:
Vinde a mim!
No credo diz-se “na comunhão dos
santos”, e nisso eu creio.
João Lino