segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Um Natal danado de bom e um 2019 bem pai d’égua!



A
 peça de Shakespeare,

“Tudo Bem Quando Termina Bem”,

finda com essas palavras:

“Tudo parece bem; sendo o fim doce, que importa que o começo amargo fosse?”.

São versos para pensarmos nesse Natal e Ano Novo.

Termos que se bem refletidos nos colocam com o coração manso e a alma leve.

Nisso é preciso lembrar que quando assim agimos acordamos para uma dimensão divina de nós mesmos.

Nesse exercício de divinização nosso humano se torna divino.

É isso e...

A essa negrada toda que a gente ama tanto:

Um

Natal danado de bom e um

2019 bem pai d’égua!

Catarina e JLino


domingo, 23 de dezembro de 2018

Mais Irmãos Livres


Q
uando entrávamos aqui, na Comunidade Nossa Senhora das Graças, fomos de imediato cumprimentar o padre aniversariante, em redor dele tinham seus amigos e amigas, inúmeros, todos querendo abraçá-lo. Quando conseguimos chegar a ele e também abraçá-lo, disse eu: homem de mil abraços.

Essa frase – homem de mil abraços – não me saiu da cabeça.

Agora, vejo o porquê.

Padre Lino é um homem de mil braços, que se alargam para mais gente abraçar e ser igualmente abraçado. Braços que não se cruzam às injustiças dessa nossa sociedade tão desigual. Braços que não se amordaçam às correntes hierárquicas de nossa Igreja santa e pecadora.

Homem de mil olhos. Olhos cheios de amor que brilham quando veem moradores em situação de rua, poucos que sejam, ingressando em sua própria moradia. Que lacrimejam quando observam a indiferença do poder público com irmãos maltratados, pisados e abandonados vivendo embaixo das marquises, nas ruas, nas praças...

Homem de mil ouvidos. Que pacientemente escutam nossas confissões, quem ouvem nossos lamentos e que se alegram com os cantos de suas comunidades. Que escutam com indignidade os pronunciamentos dos governantes de plantão cheios de descriminações e ensopados de fascismos.

Homem de mil bocas. Que nunca se silenciam, que falam palavras animadoras e levam estímulos aos mais sofridos. Que sussurram conselhos, mas que gritam de indignação quando a injustiça pesa sobre aqueles que quase nada tem.

Homem de mil mãos. Que colocam o dedo na ferida e apontam o erro. Que cerrados exigem a liberdade dos injustiçados e abertos se oferecem aos caídos. Mãos voltadas para o mundo.
Benditas mãos que abençoam e que consagram!

Homem mil!

Minha irmã, Altair, gosta muito de falar: irmão mil. Pois igualmente, esse padre é mil.
Homem de mil irmãos, que a todos ama com toda liberdade.
Esse “Mil” não é simplesmente um número cardinal, é mais, muito mais, é uma opção de vida e hoje, uma sigla.

Mais Irmãos Livres.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

05.12.18 - Dia do Voluntário


ICC no dia do Voluntário


E
star no ICC no dia do Voluntário nos diz exatamente que dia é esse.

Esse é o dia dele que, na verdade, é todo dia.

Aqui no ICC tem muito que se ver e aprender.

Tem um senhor cadeirante que é trazido por um jovem.

Que bem pode ser seu filho.

Chega uma senhora, passos lentos, pano na cabeça, de mãos dadas com uma outra senhora.

Que bem pode ser sua irmã.

Em nossa frente, sentados, um jovem muito magro, olhar perdido, que alguma vez esboça um sorriso com algo que ouve da jovem que o acompanha.

Que bem pode ser sua jovem esposa.

Na verdade, não sei o parentesco deles: acompanhantes e pacientes.

Certeza mesmo, só uma, que são voluntários.

E por que sei que são voluntários?

Porque eles tendo a opção de não querer, querem.

E querem com toda boa vontade.

Porque são espontâneos e felizes. Sabem eles que um sorriso sincero ajuda na cura. Que o carinho é um grande remédio.

Porque sabem que quem tem uma mão pra segurar segura qualquer dor.

Finalizo esse nosso momento, lembrando as palavras de um teólogo alemão, Dietrich Bonhoeffer (acho que é assim que se escreve), diz ele se referindo ao próximo, que o mandamento de Jesus é duro, desumanamente duro, para aquele que se lhe opõe. O mandamento de Jesus é brando e não difícil para aquele que a ele voluntariamente se entrega.

Psiu! Seja voluntário, faz bem.



terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O ADVENTO 2018


P
ortanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do homem. Evangelho – Lc 21, 25-28.34-36


Sabemos que o mundo é passageiro. E não é nosso último destino.

Tempo de Questionamento.

Como os “bastoslino” podem ficar em pé diante do Filho do homem?

O que os “bastoslino” podem fazer de ‘nossa vida’?

Qual a resposta que Deus espera de nós?

Esta resposta tem dois pilares que sustentam nossa fidelidade: a justiça e o amor.

O que verdadeiramente deve tomar conta de nossas vidas é a justiça de Deus e o amor de Deus.

É neste mundo que devemos dar o sentido à nossa vida. No fim de tudo, o que importa é o que realizamos neste mundo.

E isto somente vai acontecer com nossa participação. Participação nossa que pode ser traduzida, melhor dizendo, que é um ajuste de nossa vida à Aliança que Deus faz conosco.

Pelo nosso SIM, pelo nosso modo de agir, pelo nossa maneira de ver o outro, ver no sentido de assistir, que e revela pela responsabilidade e pelo cuidado como atitude fundamental, somente assim podemos ser chamados de “parceiros Dele”.

O Tempo do Advento, tempo de conversão, nos pede uma resposta pessoal da atividade de nossa fé.
A chegada de Deus no meio de nós é o caminho da união e da unidade.

Vamos ser parceiros fiéis e com nossa participação realizar nossa parte da “aliança social, pão e direitos para todos; transformar os mecanismos falhos, as estruturas injustas de nossa sociedade; endireitar as relações com os nossos semelhantes, empenhar a nossa vida por nos tornarmos mutuamente irmãos de verdade, felizes, consolados, amparados...”.

Assim sendo, somos quase que forçados a nos dirigir (fazendo a conversão) para as Utopias Minimalistas, aqueles que, não podendo mudar o mundo, podem, no entanto, melhorá-lo.