quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Efetividade, eficácia e afetividade

T
ermos que quando bem compreendidos são instrumentos de um bom relacionamento, os quais têm relações fundamentais e intimamente ligadas.
A gente pode até brincar com esses termos, mas eles interferem nos nossos relacionamentos pessoal, familiar e social.

Quando vou diariamente à 83, estou sendo efetivo, constante e fiel. E se preocupo com o funcionamento da casa, com a organização etc, passo a tomar uma posição de eficácia. Mas isso só não basta. Falta a afetividade, o sentimento e o carinho com as pessoas, a preocupação com seus problemas e suas tristezas. Uma atitude de amizade e bem querer.

O mesmo acontece com os casais que costumam passear nos shoppings e nas praças. Podem ter esse comportamento como programa semanal. Esse momento de diversão é prioridade deles. Isso tem uma enorme importância e é muito bom. Nesse caso, a afetividade é a qualidade do momento dos dois. Um beijo, um abraço, um gesto de carinho. Mostrar que está feliz com a companhia, que tudo aquilo lhe agrada.

Em relação aos netos. Dar presente no aniversário é efetividade. Comprar o presente que lhe agrada é eficácia. Isso tem uma enorme importância e é muito bom. Mas o melhor para eles é ficar com eles, é sentar no chão e... brincar de lego. É se entreter e se divertir com eles. Isso é afetividade.

Como se pode ver, o que está em questão aqui é a orientação para um relacionamento afetivo, alegre e carinhoso. Isso coloca a questão concreta da saída da coisa impessoal, indiferente e fria.

A afetividade tem um duplo efeito positivo sobre o relacionamento entre as pessoas. Diretamente, como já foi dito, reduzindo ou eliminando a apatia. Indiretamente, eleva o afeto, o prazer de estar junto, o gostar de dividir as tristezas e alegrias.

Antes de mais nada, trata-se de se desintoxicar do vício do “eu” – ou até mesmo do trabalho – elementos importantes do drama de muitos relacionamentos familiares e sociais.

Enfim, dos três termos, pode-se dizer que são todos igualmente importantes. Parece-me, contudo, que um deles tem um papel estratégico no relacionamento humano: a afetividade.