quarta-feira, 21 de novembro de 2012

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM


18.11.2012 – Mc 13,24-32

A
 liturgia de hoje é um convite à esperança. Somos convidados a esperar neste Deus libertador.

Na primeira leitura o autor nos assegura que aqueles que permanecerem fiéis a Deus, apesar da perseguição e da prova, terá garantido uma vida transfigurada. Começa a esboçar-se aqui a teologia da ressurreição, ainda no século II a.C. A certeza da presença de Deus e da vitória final, permite-nos olhar a história da humanidade com confiança e esperança.

Na segunda leitura o autor põe em relevo a dimensão salvadora da missão sacerdotal de Jesus. O objetivo é despertar no coração dos crentes uma resposta adequada ao amor de Deus, manifestado na ação de Jesus.

O Evangelho nos apresenta um “discurso escatológico”. É uma leitura profética da história humana no momento em que Jesus virá para instaurar em definitivo o novo céu e a nova terra.

É uma mensagem de Jesus para toda comunidade crente, chamando a caminhar na história com os olhos postos no encontro final com Jesus e com o Pai. Ele sabe que não será uma caminhada fácil, por isso o apelo à fidelidade, à coragem, à vigilância.

O quadro que se colocar não é para amedrontar, mas abrir os corações à confiança, porque Jesus estará lá conosco. Não há data marcada, mas devemos ficar atentos às oportunidades que Ele oferece.

Anaíres Lino

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

32ª DOMINGO DO TEMPO COMUM


11.11.2012 – Mc 12,38-44

A
 liturgia de hoje nos mostra que não são as manifestações religiosas grandiosas que agradam a Deus, mas pequenos atos de entrega e a permanência em suas mãos.

A viúva da primeira leitura ensina-nos, que atos de partilha e de solidariedade não nos empobrecem, mas são geradores de vida e vida em abundância. O texto sugere, na pessoa da viúva e do órfão, a preferência da ação de Deus pelos fracos, pobres e desfavorecidos.

Na mesma linha da primeira leitura, a segunda mostra que Cristo veio ao mundo para nos libertar do egoísmo, para isso Ele nos pede uma transformação do coração, da mente, dos valores e sugere que passemos a trilhar o caminho do amor, da partilha, do serviço, do perdão, do dom da vida. A viúva deu o que tinha, Cristo fez a entrega total de sua vida.

Na primeira parte do Evangelho, Jesus ensina de que nada vale as aparências. Os ritos externos, os gestos teatrais, o cumprimento de regras não garantem ao homem a aproximação de Deus.

Na segunda parte do Evangelho, Jesus convida seus discípulos a perceber a essência do verdadeiro culto, a verdadeira atitude religiosa. O encontro com Deus passa por gestos simples de humildade, que são imperceptíveis aos olhos do mundo, mas admiráveis aos olhos de Deus.

O Evangelho e a primeira leitura mostram uma mulher pobre capaz de partilhar o pouco que tem. Só quem não centra seu interesse na riqueza, é capaz de estar disponível para aceitar os desafios de Deus, os valores do Reino. Esses são os preferidos de Deus.

Anaíres Lino


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

E lá ia eu caminhando...


4
 DE NOVEMBRO 2011. COMEÇOU A VIAGEM!


E, exatamente há um ano, eu já estava a caminho de Baturité com o destino marcado prá chegar, com as bênçãos divinas, á fazenda Saboeiro!

E, independentemente do cansaço, que a caminhada poderia causar, o meu pensamento era, com certeza, esquecer tais fatos e caminhar firme, feliz, rezando baixinho – para tantas e tantas coisas da vida – minha e de familiares e todos, enfim!

Agora, quase dez horas da manhã, naquele dia, naquela caminhada, já ia  bem adiante. Sempre com a alegria, nada de reclamar, e acreditar que chegaria bem. O cansaço seria uma coisa que a vontade, fé no que estava realizando, era o principal, sem querer esnobar, ia  em frente feliz!

Recordo  do roteiro realizado, das intenções da viagem, dos pedidos á DEUS  que nos fornece tudo e, lógico, a Vida!

Hoje, também, há exatamente seis anos e oito meses, o meu  querido pai era chamado, com certeza, a Luz Divina lá no Céu e a saudade nos são fortalecidas por acreditar, na vida eterna.

Amanhã, dia cinco, lá estava  eu chegando  cansado, mais  firme, feliz, e muito bem recebido, como sempre, pelos meus primos e amigos o casal Zé Airles e Célia!

Que Deus fortaleça a todos nós  e a família da fazenda Saboeiro com luzes de paz, saúde e tudo enfim, bênçãos, vida longa e felicidade.

Uma ligeira recordação da viagem que começou dia quatro novembro e dia cinco  estava lá eu chegando na aprazível, alegre, de bênçãos divinas que é e sempre será a Fazenda Saboeiro.

Valeu a vocês primos e todos de lá, pois ao avistá-los, o ânimo e as forças me restabeleceram. Pois falei baixinho:
- Obrigado meu Deus! Valeu!

A Potoquinha, como sempre, na viagem e em tudo, as energias me eram repassadas, pois Deus a fez assim e agradeço por tudo! Não posso esquecê-los nunca e Deus nos é todo conforto. Dia quatro... cinco... coisas que me recordo e peço a Deus o conforto e a força por tudo.

Bosquinho Duarte

31º DOMINGO DO TEMPO COMUM


04.11.2012 – Mc 12,28-34

O
 tema da liturgia de hoje é lindíssimo. Coloca o amor no centro da experiência cristã. O caminho da fé se resume no amor a Deus e no amor ao próximo.

Já disse aqui, que o Deuteronômio é o “livro da Lei”, o “livro da Aliança”. Na expressão “Temer o Senhor” ele vai para além da referência ou respeito, mas exorta a pronta obediência à vontade divina, a confiança num Deus que não falha, e mais: humildade, renúncia, adesão incondicional à vontade de Deus, aceitação aos seus mandamentos. Só então teremos vida em abundância, é o que o autor promete.

A segunda leitura garante que Cristo é o verdadeiro sumo sacerdote, que está junto do Pai a interceder por nós. Esta certeza deve encher o nosso coração de paz, esperança e confiança. Podemos ficar serenos e tranquilos, sabendo que nossas debilidades e fragilidades nunca nos afastarão da comunhão com Deus e da vida eterna.

Jesus, no Evangelho, afirma que o maior mandamento é o amor. Este se concretiza em duas dimensões complementares: o amor a Deus e o amor ao próximo. Na perspectiva do Mestre amor a Deus e amor ao próximo estão intimamente associados. São duas faces da mesma moeda. Amar a Deus é cumprir o seu projeto de amor, que se realiza na solidariedade, na partilha, no serviço. É um amor sem limites que não distingue entre bons e maus, amigos e inimigos.

Muitas vezes ficamos a discutir pormenores, ou citando frases de efeito, ou até mesmo trechos do Evangelho e nos esquecemos do essencial e negligenciamos o mandamento maior.

Anaíres Lino