quarta-feira, 30 de novembro de 2011

E LÁ ESTAVA ELE


O
 grande amigo quer por muito tempo no setor profissional (BB Baturité) e, com certeza, no dia-a-dia  em visita aos nossos lares ou, mesmo em festas, congratulações e tudo mais ao lado de nossos familiares.

Uma amizade e conhecimentos desde antes estarmos trabalhando, filhos de Baturité e nos corredores (mesmo ele mais novo que eu) do Colégio dos Salesianos (quanta saudade!).

E, o título, é mais uma homenagem e lembrança dos tempos de nossa AABB, quando das disputas (após expediente do BB) DOS RACHAS “acirradíssimos” no pequeno campinho e de ótimas recordações.

E, lá estava ele (corpinho pequeno, simples, inteligente,) a marcar seus gols em tantas e tantas defesas compostas por atletas de estatura bem avantajada e, inclusive, alguns de entradas "pesadas" (duro no modo de falar) como os amigos Coutinho (onde ele mais fazia seus gols), Serjão (duro), Tizin (eita  zagueirão dureza) e tantos outros... era bom demais... no fim, a amizade continuava!

Grande amigo e querido por todos no trabalho, clientes e moradores da querida Baturité e região!
E lá, não mais está ele... aqui entre nós... pois, com certeza, ontem DEUS o chamou! Muitos amigos e familiares no seu enterro, ontem, á tarde, no Parque da Paz!

Tenho certeza que, muitos outros não foram dar o último  adeus  por não saberem a você, amigão, a saudade do amigo e que Deus o receba na alegria e paz eterna!

E, lá estava ele...

Hoje, acredito em Deus e poder dizer: "lá está na paz divina, amigão Francisco Moacir Lucena de Castro (Moá)!

Bosquinho Bastos Duarte

SOBRE A SABEDORIA


A
 leitura é uma das coisas boas da vida.

Além do prazer que ela nos proporciona, ela nos dá informações, que para além do conhecimento, nos trás sabedoria, que pode nos levar a um crescimento enquanto pessoa humana.

Em se tratando de sabedoria, sabemos que temos dois tipos de sabedoria:

1º - A inferior – é aquela que nós sabemos que sabemos. Estamos cheios de convicção de que sabemos. Sabemos tanto que não toleramos ser admoestados. Desafiamos os outros, porque temos certeza. E fazemos o tipo “dono da verdade”.

2º - A superior – é aquela que você pode dizer “tudo o que sei é que nada sei”. Temos convicção de nossa ignorância, porque sabemos que a nossa verdade é tão pequena que não dá pra ser absoluta. E por isso cantamos com o Gonzaguinha “a beleza de ser um eterno aprendiz”.

Ora, se andamos sempre em busca da felicidade e desejamos muito a aprovação do outro, precisamos evitar em nós exercer o papel do “sabe tudo”, porque este é sem dúvida muito desagradável. Por outro lado, os verdadeiros sábios são os mais conscientes de sua ignorância. O orgulho é um atentado contra a inteligência.

É aqui que entra a contribuição de um autor pelo qual tenho o maior respeito e admiração, Augusto Cury: “a sabedoria superior, tolera; a inferior, julga; a superior, alivia, a inferior, culpa; a superior, perdoa; a inferior, condena”.

Reflexão: que tipo de sabedoria domina minha vida?

Anaíres Lino  

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um Romance Shakespeariano - final


R
esolveu curtir a dor da viuvez na Soledade, fugindo da imagem que em toda hora e em qualquer lugar se mostrava a sua frente. Lá procurou nas andanças pelo  matagal em flor, nos espirais do cigarro (foi quando começou a fumar)  ou na leitura dos “gibis”, um bálsamo para  a dor da  atroz saudade.

Vaníssimo.  Em tudo a figura da estonteante Fortaleza parecia mais viva. Procurou um lenitivo no canto e se tornou um “viúvo Cânone”. Até hoje os cafezais do Maranguape e do Vidéo, os canaviais da Baixa  e do Abreu e os bambuzais do Olho D’água,  guardam no espaço etéreo seus cantos nostálgicos  malagueñianos,  entoados nas tardes frias  da serra onde o sabia gorjeava melancólico, solidário à sua dor.

Os mais velhos que ainda vivem  dos Moreiras a Baixa Grande,  da Gameleira ao Araticum, ainda se recordam dos seus agudos paravotianos  a ecoarem   nos grotões montanhosos da região.

Ficou conhecido como: O Cabrito Enforcado.

Mas como nem o canto conseguiu aplacar sua dor, a saudade que compungia o peito, como uma pedra petrificada, solveu partir para paragens distantes. Embarcou.  Pegou um Ita do Norte e deliberou  esquecer toda sua “fossa” nas matas amazônicas.  Talvez penetrando na floresta virgem, à moda seringueiro, em contato com as onças pintadas, os jacarés-papo-amarelo ou as surucucus, ou mesmo, ouvindo o gorjeio dos rouxinóis, das araras azuis ou o canto inigualável do uirapuru, sua melancolia se perdesse no emaranhado da vasta selva.

Mas não foi preciso nem adentrar os aceiros da grande mata, encontrar um pequeno gafanhoto ou ouvir qualquer piu-piu, pois, mal descia a rampa do Ita  seus olhos se cruzaram com uma sedutora jovem, que logo se tornou sua amiga, galgou a posição de confidente e foi promovida a substituta oficial da perecida Fortaleza. Ela foi seu lenitivo, seu conforto, sua consolação, o bálsamo que lhe faltava.

Então ela pensou: - “capital por capital mais vale uma Belenense viva do que uma Fortaleza morta”. O passado se tornou “página virada”. Juntaram as escovas. Dividiram os lençóis, onde foram fazer as mesmas coisas...  Fortaleza “já era”.

ZédoLino

domingo, 27 de novembro de 2011

Aí o bebim se levantou e falou!


S
e uma pessoa nua, eu tenho que dar o exemplo, eu pego minha roupa e dou pra ela. Como eu fiquei nu e ela aprendeu com meu exemplo, ela tem que fazer o mesmo comigo, eu peço minha roupa de volta. Num tôu certo?

Se meu irmão com sede, eu chamo ele pra beber comigo e a gente fica bebendo o dia todo.

Se meu coleguinha preso, eu não posso ir visitar ele porque senão eu fico lá e de lá eu já vim.

Mas se ele vem pedir uma comida, eu digo pra ele: vá trabalhar vagabundo. Num tôu certo? Glup!

Glup!

3MRF

Relação com Ele e com eles!


N
ossa celebração da quarta feira foi presidida mais uma vez pelo Padre Lino.
Fez uma belíssima homilia do texto de Mateus (Mt 25, 31-46) – estava com fome... estava com sede... estava preso... estava nu... etc – lembrando que aquela Palavra era dirigida a todos, inclusive à população em situação de rua.

Acredito que a Palavra retirada do texto de Mateus é muito apropriada para as festividades do fim de ano que se aproxima. Neste momento, temos atitudes bem localizadas, únicas e sem compromisso. Elas não vão fazer parte do nosso dia-a-dia no ano novo, ficam simplesmente no momento da festa natalina.

Somente nossa afinidade constante com os mais fracos aprofunda nossa relação Jesus Cristo, assim como nossa falta de firmeza com os despidos, com os famintos e com os encarcerados empobrece nossa relação com Deus.

Mudemos nós, depois que os outros façam o mesmo. Quando alguém perguntou a Madre Teresa de Calcutá, segundo ela, qual a primeira coisa a mudar na Igreja. A sua resposta foi: “tu e eu!”.

Então, que sejamos nós. Mudemos nosso modo de ser no ano que vai chegar, sejamos mais próximo do nosso próximo.

sábado, 26 de novembro de 2011

1º DOMINGO DO ADVENTO

Mc 13,3337 – 27.11.2011

C
om a festa de Cristo Rei a Igreja encerra o Ano A, cujo evangelista é Mateus.

Hoje, iniciamos o Ano B, do Evangelista Marcos, complementado por João.

O Advento é um tempo forte de preparação para a vinda do Messias, Natal. Nessa época vemos em destaque três figuras principais: Isaias, o profeta que no Antigo Testamento mais anunciou a vinda de um Messias; João Batista, o último dos profetas que veio para preparar os caminhos do Senhor e Maria, a mãe do Salvador.

Nas leituras de hoje, Isaias nos apresenta uma forma de oração dirigida ao Pai, suplicando uma ação libertadora, uma intervenção de Deus, pois sozinho o povo não é capaz de sair da infidelidade.

Paulo, também nos apresenta uma “ação de graças” em clima de oração e louvor. Faz referência aos carismas, que são frutos da generosidade de Deus e a contrapartida, que é o compromisso ao projeto de Deus.

O evangelista Marcos nos apresenta um discurso do final dos tempos, admoestando-nos para sermos vigilantes. O objetivo é mostrar que dentro desta perspectiva final do encontro definitivo com Jesus, devemos viver na esperança e determinação.

Esperança que não significa espera passiva de cruzar de braços. Mas, viver já em nossa história o compromisso efetivo com a construção de um mundo mais humano, mais fraterno, mais justo, mais evangélico. Ser vigilante é viver dia a dia a tarefa que o Senhor nos confiou.

O Evangelho nos trás uma certeza fundamental: “o Senhor vem”.

Anaíres Lino

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Família: um santuário intocável!


D
ias atrás minha sobrinha Rachel postou no facebook um interessante pensamento: "nenhum sucesso compensa um fracasso familiar", este levou-me a outro, que esqueci a autoria, "não existe gente bem sucedida numa sociedade fracassada".

A esperança renasce quando se encontra jovens que elegem a família como o mais importante em suas vidas, como o núcleo central de fortalecimento de uma sociedade desnorteada,  com alicerces somente em si mesmo e por isso mesmo frágil e sem rumo.

É reconfortante encontrar jovens achando mais importante  lutar por um casamento  que por uma profissão. Atualmente damos muitas horas extras para subir na vida, mas são escassas as horas dispensadas na conservação de uma união.

Vivemos uma salada de valores distorcidos.

Hoje incomoda mais uma ruga que um deslize moral, um quilo a mais atormenta mais que usar um jeitinho para acelerar um processo, é mais fácil assimilar que podemos usar pistolão para passar à frente dos outros que uns fios de cabelos brancos. As academias são mais procuradas que as igrejas, gasta-se mais em cremes que com livros.

É necessário que se volte para o que realmente importante. O sucesso não é o material, não é o que vai mais longe, não é o que  chega a ser chefe, empresário, presidente... O sucesso está na capacidade que se adquire de ser bom, na maturidade espiritual, na felicidade compartilhada, no saber doar-se e quando, na posse diminuída, no desejo do outro junto.

Viver tentando, escorregando, errando, avançando muito lentamente, mas sem querer, sem poder desistir. Os passos são vagarosos, às vezes imperceptíveis, as tentações são muitas, o perdão escasso, forte a vontade de desistir, os fracassos persistentes, mas a certeza inabalável, tem-se que prosseguir sem perder de vista o outro, por que é a única maneira de se chegar ao Pai.

 
Ana Lucia Lino
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Obs.: É duro se manter um blog, ufa...

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Vamos lá Letônia, vamos reagir.
Viu aí, a briga do segundo e terceiro lugar? Uma nova guerra fria? 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Elegantíssimo!


A
ntes de viajar para a França, o meu filho precisou passar por uma seleção: histórico escolar, currículo, entrevista etc.

Falemos da entrevista.

Estava marcada para um final de tarde. Ele ficou o dia na faculdade: aulas pela manhã, almoço no restaurante universitário, outras tantas aulas no período da tarde e, finalmente, com horário marcado, se dirigiu à Reitoria da UFC para ser entrevistado.

Chegando à Reitoria, foi avisado que não poderia entrar de bermuda. Argumentou que estava em cima da hora, tinha uma entrevista e não daria tempo de ir em casa trocar de roupa. Não adiantou: não pode entrar na Reitoria com esses trajes, são ordens lá de cima.

Quando voltava para pegar o carro, viu um jardineiro, funcionário da Universidade, que aguava a grama da Reitoria. Aí teve a idéia que me levou a relatar o acontecido.

Para o jardineiro, expos seu problema e propôs a solução: eles trocariam de roupa; um ficaria com a calça do outro e o outro ficaria com a bermuda do um. O funcionário argumentou que não poderia ficar de bermuda porque seria punido. Mas...

Mas, disse o funcionário, você poderia pegar a calça do meu colega do turno da manhã, ele é baixinho e entroncado. Mas... Sem esperar mais explicações, imediatamente o João André se dirigiu ao local indicado e trocou de roupas.

Às pressas adentrou ao local da entrevista faltando minutos para ser chamado. Estava vestindo uma camisa de meia, sandálias havaiana e uma calça surrada de cor cinza, de muito uso e pouco tanque, que lhes iam até o meio das canelas e era segura na cintura por uma fita gomada dada pela secretária do Vice Reitor poucos antes da entrevista.

Com esses trajes entrou na sala da Reitoria para ser entrevistado, como mais tarde disse sua mãe: elegantíssimo.

Fez a entrevista e está em Marselha.


João Lino


Obs.: Após entrevistado, ele devolveu a calça do jardineiro, que já o esperava com a bermuda em mãos.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Uma Catita "Danisca"



U
ma senhora carrasca
Implicou com uma catita
Cuja   festança à noite
Incomoda-lhe e irrita
Que só ia sossegar
Vendo o cadáver da dita

Foi ao Mercado Central
Adquiriu uma ratoeira
Com o dinheiro que sobrou
Comprou isca de primeira
Muito breve era ia ver
Da catita a caveira

Com esmero cuidado
A ratoeira foi armada
Em lugar adequado
Ela foi bem colocada
Era só questão de tempo
Para a vítima ser fisgada

“Cansada” da trabalheira
Muito cedo foi dormir
Sabia que naquela noite
Barulho algum ia ouvir
A vida da catita
Já não era um porvir

Deste modo se instalou
No seu quarto decorado
Onde exala perfume
Arrumação e cuidado
Onde ninguém penetra
Pra não ser desarrumado

É um ambiente nababesco
Que não tem imitação
Onde a irreverente catita
Não tem ambientação
Até a Xuxa invejava
Sui generis decoração

Mal  o Mofeu lhe abraçou
Ouviu a arma disparar
Arregalou um só olho
Para o outro economizar
Presa pelos vazios
Viu a catita estrebuchar

Sob a pressão da mola
A coitada esperneava
Quanto mais se mexia
A armadilha apertava
Nos estertores da morte
O fôlego já lhe faltava

Com esforço inaudito
A pobre se debatia
Implorava  por socorro
Mas ninguém lhe atendia
A carrasca simplesmente
Com ironia sorria

Aí foi dormir tranqüila
Já com tudo planejado
Amanhã quando acordasse
Com alento redobrado
A caveira da catita
Era no lixo jogado

Ansiosa acordou cedo
Ver a catita que jazia
Qual não foi sua surpresa
Ver a ratoeira vazia
Transformou-se em tristeza
O que antes  era alegria

Foi saber da “secretária”
Se ela na ratoeira mexeu
- nem de catita gosto
Ela lhe respondeu
Assim não sabe explicar
O que foi que aconteceu

Vocês podem acreditar
Que não é mentira não
Não foi sonho ou pesadelo
Muito menos uma visão
A via presa pela cintura
Fininha como um pilão

Ela repete esta estória
Como fosse uma magia
Pois ela viu a catita
Debatendo-se em agonia
Mas aqueles que a escutam
Se entreolham com ironia

Agora ela passa as noites
Ouvindo a mesma canção
Uma catita cantando
“Cinturinha de Pilão”
Rodopiando pelo quarto
Dançando aquele baião

Dizem que catita
É bichinha astuciosa
Que se finge de morta
De maneira ardilosa
Para fazer a carrasca
Se passar por mentirosa

Será que a catita
Praticava musculação
E com a força dos músculos
Escapou do alçapão?

Ou será que a “danada”
Teve ajuda dum irmão
Que juntos com os amigos
Livraram-na da aflição?

Este caso da catita
Tem tudo de anormal
Como ela foi contada
Tá para sobrenatural
Parece ser fantasia,
Mentira ou irreal

Só indo pra Internet
E no Google pesquisar
Acha um “gato mecânico”
Para a catita caçar
Colocá-la na masmorra
Para fazê-la explicar

Assim na “Oitenta e Três”
A polêmica está no ar
A estória da catita
Carece  um ente explicar
Senão dona carrasca
Está a “lorotear

ZédoLino