segunda-feira, 20 de junho de 2011

A comunicação é tudo – parte II

A ALTAIR LIGA PARA A ÂNGELA.

Ângela, a Lúcia mudou de opinião e amanhã vai cair um pau d’água; hoje a merenda deu bastante confusão, depois que minha bateria ficou fraquinha, coisa que acontece todos os dias. Depois Aines dará as devidas explicações porque todos devem ficar nas suas casas quando a Lúcia chegar amanhã.


A ÂNGELA LIGA PARA A ANAÍRES.

Anaíres, quando a Lúcia chegar amanhã vai ser um pau d’água de confusão, coisa que acontece todos os dias. Minha bateria está fraquinha pra essas coisas, vou mudar de opinião e vou merendar bastante antes de ir pra casa da mamãe. Depois te dou as devidas explicações.


A ANAÍRES PARA A AINES.

Aines, não tem pau d’água que mude minha opinião, amanhã vou merendar muito na casa da Mamãe. O Arino disse que ia dar as devidas explicações porque você mudou de opinião, coisa que acontece todos os dias. Parece que a Lúcia chega amanhã.


A AINES LIGA PARA O ARINO.

Arino, a confusão das explicações, coisa que acontece em todas as baterias, foi porque você mudou a opinião do pau d’água. A casa das merendas de vocês está bastante fraquinha. E vou ter que desligar porque meu celular está ficando sem opinião. Afinal de contas, a merenda vai ser na casa da Lúcia?

domingo, 19 de junho de 2011

A comunicação é tudo!

A ÂNGELA LIGA PARA ANAÍRES.

Anaíres, depois de muita confusão, a Lúcia chega amanhã e se ela não mudar de opinião, vamos merendar bastante na casa da Mamãe, coisa que acontece todos os dias. Lá darei as devidas explicações sobre a reunião da merenda. Se, entretanto, cair um pau d’água, todos ficam nas suas casas. Tenho que desligar porque a bateria está fraquinha.


A ANAÍRES LIGA PARA O ARINO.

Arino, vamos merendar da casa da Mamãe se a Lúcia não mudar bastante de opinião. Lá, depois de muita confusão, coisa que acontece todos os dias, a Ângela dará as devidas explicações. Se cair um pau d’água é porque a minha bateria está fraquinha. Neste caso, todos ficam nas suas casas.


O ARINO LIGA PARA A AINES.

Aines, a Anaíres merendou bastante e está com a bateria fraquinha e a Lúcia, se não mudar de opinião, coisa que acontece todos os dias, vai merendar na Mamãe se cair um pau d’água, neste caso, todos ficam nas suas casas, que vou dar as devidas explicações.


A AINES LIGA PARA A ALTAIR.

Altair, vou dar as devidas explicações: não saia de casa porque amanhã vai cair um pau d’água e tua bateria está fraquinha; a Lúcia mudou de opinião e vai merendar bastante nas casas, coisa que acontece todos os dias. 

sábado, 18 de junho de 2011

Sou mais “EU”

A tela aberta no Word teima em ficar branca. Falta assunto. É uma ausência de criatividade que faz dó. Dá compaixão o não sair nada desses teclados.

O que eu posso escrever? Por que a criatividade não chega a mim? Estou preso entre o mim e o eu.

A propósito o “MIM” e o “EU” são dois pronomes, embora pessoais, distintos e bastante diferentes.

O “MIM”, pronome pessoal do caso oblíquo. Não me atrai usá-lo.  O oblíquo é malicioso, dissimulado, ardiloso, sinuoso. O “MIM” como vem sempre precedido de preposição, é uma forma oblíqua, ou seja, maliciosa do “EU”.

Obliquar é tornar-se oblíquo, tergiversar, diz o Aurélio. Proceder com dissimulação. Voltar às costas. Procurar rodeios, usar de subterfúgios. Na verdade, um sem caráter.

Quem assim procede, parece-me, alguém que age sempre fugindo das obrigações, quer dizer, do trabalho, evita a aplicação de suas forças e faculdades humanas para alcançar um determinado fim, pois o fim é ele mesmo, o “MIM”.

Além de tudo, egoísta, ele é o fim, depois do “MIM” é o ponto final. É o fim da linha. Ou seja, o trabalho já era. Agora só impera a preguiça. Procede de dissimulação quando lhe é dada qualquer atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa, de serviço ou de empreendimento.

Leva-se a crer, digo “EU”, que esse pronome, o “MIM”, tem no sangue uma aversão ao trabalho. O “MIM” é feito de pessoas que, por natureza, são negligentes e seus dias são de indolências. A morosidade e a lentidão são uma de suas características. A moleza toma conta de seu corpo.

O “EU” é pronome pessoal do caso reto. Reto, o nome já diz tudo. Reto, honesto, direito, íntegro, imparcial e justo. Este, na oração, desempenha a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Ou seja, ele dá, empresta e divulga a qualidade ao sujeito.

Viram? Perceberam?  Nas orações o “EU” desempenha, realiza, exerce e cumpre. O “EU” está na luta, trabalhando. Não tergiversa do trabalho, não se evade e nem foge dos afazeres. Fascina-lhe o trabalho.

O que estou querendo dizer é que sou mais “EU”.


Observação – O BLOG vai escolher madrinhas ou padrinhos para esses pronomes. Quem se habilita? Por exemplo, “tem no sangue uma aversão ao trabalho”, não é a cara da...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Cachito, Cachito, Cachito mio.

Cachito, Cachito, Cachito mio 
pedazo de cielo Que Dios me dio 
te miro y te miro y fin al Bendigo 
Bendigo la suerte de tu amor ser.

Pois é, hoje começamos esnobando, curtindo cantores do passado, melhor dito, o Arino cantando Nat King Cole, em espanhol. Resultado de controvérsias mil. Depois eu conto. O Airton, que está lendo um livro sobre o julgamento de Jesus Cristo, teceu alguns comentários sobre os personagens da época, uma vez que são pouco discutidos no nosso Evangelho. A Altair chamou a cabeleireira para cortar os alvejados e cândidos cabelos de Mamãe, que não se deu o trabalho de acordar. A Anaíres e a Ângela conseguiram que ela nos abençoasse. Um suave sopro. A Aila, depois de comer o cuscuz, se mandou. Dizem que a pressão arterial dela estava alta. A nossa prefeita encasquetou e não abre para a greve dos professores, frisei.

Isso dito assim, dessa maneira, não reflete o clima anárquico que foi desta manhã. Desse modo descrito, parece que se passava de um assunto ao outro pedindo permissão e, calando, se escutava quem com a palavra estava. Como deveria ser uma reunião de pessoas civilizadas, onde obedecer a pauta é norma e seguir métodos previamente estabelecidos é regra.

Não no “plenário da 83”.

O espanhol do Arino gerou boas gargalhadas e pedidos de bis. Os comentários do Airton sobre o livro foram questionados e há controvérsias. Foi dito que encasquetar é um termo zepretiano. Ou seja, vem lá das bandas da serra, do famoso funcionário soledadeano, Zé Preto. Diz ele, “seu Tizim, quando eu encasqueto uma coisa na cabeça num tem quem tire não”. Assim sendo, se a prefeita encasquetou é porque a greve tá braba.

Mas, como sempre, o observador do “Plenário da 83” estava atento e destaca hoje, esta frase genial, dita no meio de um burburinho de vozes:

- A conversa tá tão boa que, para participar dela, deveria ser cobrada entrada.

A propósito, quando falo de um burburinho de vozes, adicione uma manifestação sonora e simultânea de várias pessoas, todos falando e rindo ao mesmo tempo.

Assim dito e entendido, penso que se deveria cobrar entrada.

É assunto para se colocar na pauta. Pauta?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O que é "Ubuntu"?

Saibam todos vocês que nós, enquanto família, vivemos o "Ubuntu", por isso é tão bom estarmos juntos...

Depois a Anaíres vai explicar o que é "Ubuntu".

Redação do BLOG


Obs.: Estamos esperando que Anaíres faça os devidos esclarecimentos. Afinal, o que é "Ubuntu"?

terça-feira, 14 de junho de 2011

A casca voa, mas o miolo fica.

Sábado passado estávamos do deck, depois do café da manhã, numa grande roda, como sempre, jogando conversa fora. Uma roda formada por: Altair, Aila, Anaíres, Arino, Arlene, Airton, Mauro e eu.

Falávamos de futebol, religião e política; criticávamos o ministério da Dilma, principalmente, a Casa Civil, a multiplicação dos pães, digo, dos bens e o ministério da Educação, a tal da cartilha. Para alguns, uma boa idéia, para outros, um atraso.

Uma prosa sem fim. Para falar a verdade, nem começo e nem fim.

Lá pelas tantas, falávamos ao mesmo tempo, coisa mais do que comum, quando ouvi uma frase “daquelas”, boa de se ouvir. Era mais ou menos assim:

- Ele tem me tratado como nos tempos de namoro.

Opa! Pera , gritei. Repete a frase, pedi. E a frase foi repetida exatamente igual. Que grande declaração de amor, que momento bonito de viver.

De maneira inconsciente, todos nós temos nossos códigos de relacionamentos. Digamos que são indicadores que orientam nosso dia-a-dia. Algumas vezes quebramos esses códigos, outras, ficamos alheios a esses indicadores. Aí, o relacionamento reclama.

Uma parada com uma boa reflexão é tudo.

Mas, o importante é reconhecermos que não é somente através de palavras que mostramos nosso carinho; basta um gesto, um olhar ou um simples comentário.

O certo é que passamos por momentos ruins e momentos bons, no entanto, o fundamental é que aquela semente do início do namoro esteja viva. Pois a semente é aquilo que é e, ao mesmo tempo, é aquilo que vai ser.

A caminhada a dois é magnífica, mesmo havendo fortes vendavais. O essencial, entretanto, é que a casca voa, mas o miolo fica.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Lindo, o senhor não acha, Doutor?”

Não temos dúvida que é regra geral termos um judiciário brasileiro desigual, ineficiente, desonesto, lento, caro e de difícil acesso. Mas também temos ciência que toda regra tem exceção.

Todos sabemos que o Airton está morando na serra. Também é do nosso completo conhecimento que ele exerce sua advocacia em defesa dos pobres daquela região. E não poucas são suas causas judiciais.

É a aposentadoria de um velho agricultor. É a pensão de uma abandonada viúva. É a liberdade da prisão de um jovem pai, após um delito e que retorna à família já em estado de desespero. É o reconhecimento de uma paternidade... é a solução de um conflito de terra... é o fim pacífico de um inventário... etc etc.

É de tudo um pouco. Um pouco pra nós, para algumas pessoas é um tudo.

Existe todo tipo de caso, mas tem um que me atraiu a atenção.

Uma jovem mãe solteira, que se chamava Maria Myakaelh da Silva, veio até ao Airton, solicitando que o senhor Doutor “entrasse” na justiça, para que o pai biológico do seu filho o reconhecesse como tal e lhe pagasse uma pensão.

Depois dos burocráticos trâmites legais, marcou-se a data da audiência em que o filho de Myakaelh teria do pai o reconhecimento de sua paternidade e, em ato contínuo, acertariam a parcela mensal financeira que ficaria ao encargo do pai, agora legitimado, para o sustento da criança.

O Airton, aproveitando a oportunidade da audiência com o Juiz, falou à Maria Myakaelh da Silva que seria interessante se ela também fizesse alteração de seu nome, uma vez que o seu filho estaria acrescentando o sobrenome do pai. Argumentou melindrosamente com Myakaelh, que seu nome era muito convencional, talvez um pouco curioso, estranho até e difícil de pronunciar.

A Myakaelh concordou inteiramente e sem a mínima hesitação, falou: “Concordo seu Doutor, peça ao Doutor Juiz para tirar o Maria do meu nome, e eu ficaria simplesmente como Myakaelh da Silva. Lindo, o senhor não acha, Doutor?”

 Animus adjuvandi, ou seja, só tinha a intenção de ajudar, pensou alto o senhor Doutor quando saia da sala.

O que é "Ubuntu"?

Saibam todos vocês que nós enquanto família vivemos o "Ubuntu", por isso  é tão bom estarmos juntos...

Depois a Anaíres vai explicar o que é "Ubuntu".

Redação do BLOG

domingo, 12 de junho de 2011

“Quem tem ouvidos, ouça”


Antes, se chegava ao seu ouvido, normalmente era a Augusta, sua cuidadora, e pedia que ela abençoasse seu filho e, prontamente, ela dizia: “Que Deus te abençoe, tenha muito amor a Deus e que Nossa Senhora te cubra com seu manto sagrado”.

Hoje, já sem força, mamãe dá a bênção a todos, já não a faz individualmente.

Agora, encostando nossa voz a seu ouvido, solicitamos que ela dê a bênção a todos nós.

Ela, no limite de suas forças, com um sussurro quase inaudível, cochicha: “Deus abençoe a todos vocês”.

Assim, segue ela, nos seus últimos suspiros, a nos dar a bênção.

Isso foi o que sempre moveu sua vida: se doar a nós. Dar-se a nós. Creio que uma das coisas que a mantém viva é essa bênção que ela nos dá.

Essa bênção, saindo de um murmúrio tão tênue, não nos soa imperceptível, ecoa no quarto e retine em nossos ouvidos como um sopro divino. Ficamos maravilhados e respondemos com uma humildade, quase estou a dizer, soberba:

- Amém, amém, amém.

Dá-me impressão que ela não sussurra, grita. Só que ela, no momento, está mais para o lado divino do que para nosso mundo. O tempo de escutá-la é agora, a ocasião é essa, “quem tem ouvidos, ouça”.

Essa bênção é o nosso único contato, talvez os últimos, com seu mundo; cada dia se afastando de nós e se chegando a Ele.

E que bênção é essa que ela nos dá? Ela invoca ao divino, a sua proteção sobre nós. Ela nos coloca sob a mão de Deus.

Que grande responsabilidade sermos seus filhos. 

sábado, 11 de junho de 2011

Acho que vai chover!


Já que o editor sumiu  vamos assumir e falar o que der na telha.
BLOG – Foi de propósito.

Aqui faz sol, chuva, venta quase ao mesmo tempo acho que é um reflexo  do que está acontecendo com todos nós.
BLOG – O tempo é como o BLOG, muda, mas não pára.

O Pedro e Amanda viajam na próxima sexta para aí, mas no dia seguinte vão para Natal. Nós, José e eu, iremos no dia 20.
BLOG – Sejam bem vindos.

O Chico esteve com uma virose, mas já ficou bom.
BLOG – Como o rio São Francisco, o Chico continua o seu percurso por este mundão.

O João Pedro e Isabel já confabulam contra mãe.
BLOG – Isso é bom, isso é muito bom.

Estou vendendo pão de Santo Antonio na Igreja, como nunca, por isto estou um pouco sem tempo.
BLOG – Melhor vender o pão de Santo Antonio do que comer o pão que o diabo amassou.

Senti falta da manifestação do Tizim no aniversário do Pedro.
BLOG – Depois dos setenta, a memória já não é a mesma, perdoa o véi.

Já tentei algumas vezes falar sobre a viagem, mas sempre descambo para o campo político aí desisto, mas vou superar.
BLOG – Quem supera, vence.  (J Goethe).

O Tuco está um pouco carente com a viagem do Sieg, mas como ele já volta segunda não é coisa que preocupe.
BLOG – Na segunda volta quem para ele é o primeiro.

Detestei o Vasco ter sido Campeão. E o Botafogo que perdeu o Gilberto, sacanagem.
BLOG – Com as mesmas palavras: Detestei o Gilberto e a sacanagem do Vasco. Botafogo campeão.

E a festa da Altair bombou, será que dava pra repetir?
BLOG – Só faltou ela dançar salsa em cima das mesas.

Vou parar porque tenho que ir pra ioga.
BLOG – Pratique com o espírito de criança.

Bjs pra todos.

Ana Lucia Lino

sábado, 4 de junho de 2011

Nós, mais uma vez, “Dorinhamos”.


O nosso Pedro nos deu momentos de muita tristeza, mas também nos proporcionou momentos de confraternização, como somente pessoas como ele pode fazê-lo.

Foram aqueles momentos em que encontramos amigos parentes com quem há muito não trocamos uma palavra. Pelo tempo que a gente não se vê, esquecemos a fisionomia, uns parecem mais gordos, outros mais magros, alguns mais velhos, outros mais novos.

Têm também aqueles que não reconhecem mais as pessoas, eu, por exemplo, não reconheci a Vânia e nem o Antonio Eldro. Nesse caso específico, temos um problema, fui eu ou foram eles que envelheceram?

Porque nesse, digamos, “encontrão”, parece que só os outros mudaram e nós continuamos os mesmos.

Se estamos numa roda e passa alguém, a gente comenta discretamente, como fulano engordou, ficou velho. Mas aquele que passou por nós, pensa baixinho, em relação a gente, como ele tá velho, cabelo todo branco, o homem tá acabado.

Ou seja, chegamos a conclusão que apenas os outros engordam e envelhecem. Nós, em compensação, cada dia ficamos mais brotos, “só o mi”.

Tudo isso é prosa. Como foi dito acima, foram momentos de confraternização. Mas o que é confraternizar? É conviver e nos tratarmos como irmãos. É vivermos o mesmo sentimento pelo mesmo motivo. É “com + fraterno + ar”, ou seja, nos ligarmos como irmãos, ligarmos confraternalmente.

Isso vem da Vó Dorinha. Vem do verbo “Dorinhar”. Nós, mais uma vez, “Dorinhamos”. Confraternizamos.

A todos, beijos, principalmente à Vânia e o Eldro.