-
Vai não!
-
Vai não!
Disse
a Aila, naquele abraço.
Foi
assim a despedida da Aglair e da Aila.
Do
portão, vimos um abraço tão carinhoso, tão doce, tão apaixonado.
Vimos
também lágrimas, lágrimas nas duas.
Quando
vimos lágrimas no rosto da Aila, percebemos que estava ela dizendo o que já não
conseguia mais balbuciar.
Na
Aglair notamos seus olhos cheios de lágrimas que igualmente lhe impediam de
falar, mas deixavam uma certeza:
-
conte comigo, minha irmã.
As
dores das enfermidades, aplicações que não acabam, um tratamento sem fim, não tiraram
da Aila seus melhores sentimentos, aqueles que se revelam no coração e se
traduzem nas ações, tivemos certeza disso naquelas lágrimas.
Mulheres
de sorte, que se abraçam e sentem saudades, ainda choram... uma pela outra.
Lá
do portão, sorrimos sem jeito, Ana e eu, com os olhos lagrimejantes.
E
antes de bater o portão, ainda ouvimos um leve murmúrio:
-
Vai não!
-
Vai não!