quarta-feira, 30 de maio de 2012

Como se não houvesse amanhã... Comentário


E
 nesse seu último dia, gostaria de estar contigo.

Seria muito bom, daria boas gargalhadas.

Imagine te ver vestida de rosa, dançando na praça. Ainda dando boas gargalhadas, eu ouviria cantares os mais famosos boleros, totalmente desafinada e descalça.

Imperdível.

Depois comíamos juntos o bolo de laranja com café e leite.

Separávamos-nos quando tu fosses ficar com o gatinho preto. Eu lá ia ficar com p. de gato preto e ainda pidão e com miado irritante.

Nos encontraríamos novamente na praia e, no dia seguinte, a gente ia rir muito, pois o mundo não se acabou e eu ferrava um café na tua casa.

Além do café, iríamos lembrar-nos dos comentários da família, por exemplo:

Joaninha – Mamãe, tu estás ridícula com esse vestido rosa!

João Antonio – Parece que tomou todas.

Pedro – Tá bom mamãe, vamos pra casa, a senhora já cantou demais.

Zé – Deixa ela, é seu último dia, ela tem todo o direito e tem os pés lindos.

Bebel – Eu nunca vi a vovó assim, será que ela pirou?

JP – Papai, pede pra vovó cantar mais baixo.

Sieg – Essa é minha sogrona, tudo que faz é demais.

João Lino


terça-feira, 29 de maio de 2012

Como se não houvesse amanhã...


F
olheando o jornal chamou-me atenção um artigo que falava de um programa de TV cujo título era "como se não houvesse amanhã".

Saí, mas carreguei o assunto comigo e fiquei pensando em situações e ações, em tudo que faria se tivesse certeza de que não haveria um amanhã.

Me acercaria daquela gaveta que raramente abro e reveria as cartas que guardei, os cartões que conservei, as fotos amareladas (doces lembranças fixadas no papel), algumas flores secas, uma golinha de crochet que a vovó me deu, lindas rendas que a mamãe fez, roupinhas de criança e tantas outras coisas...

Vestiria aquele vestido, lindo, rosa que espera há tempos uma ocasião especial...

Mandaria mensagens a várias pessoas; algumas diria como as amo e como foram importantes em minha vida, a outras pediria perdão por não entendê-las e pelo esforço que não houve para me fazer entender...

Andaria descalça pelas ruas, machucando as folhas secas com os pés e sentiria a harmonia forte do contato com a mãe terra...

E dançaria na praça, como no filme, rompendo as algemas do respeito humano, numa alegria sempre adiada por convenção e por vergonha...

E cantaria qualquer canção de amor, sem me importar com a voz desafinada, sem impedimentos, sem pudor e com felicidade...

E comeria um gostoso pedaço de bolo de laranja com leite e café, ou um chope com torresmo e linguiça, sem me preocupar com as consequências, sem lembrar de colesterol ou gordurinhas extras...

E buscaria aquele gatinho preto, de olhar pidão e miado irritante e pelo macio só pelo prazer do aconchego...

E tiraria da parede aquele quadro de algum valor, mas que não gosto, enrolaria aquele tapete que se enche de pó e onde sempre tropeço...

Tocaria na vizinha e ficaria algum tempo falando bobagens e rindo do nada...

E sentaria na praia contemplando o por do sol e choraria mansamente as lembranças do que vivi e das coisas que por medo ou omissão não concretizei, e falaria ao Pai numa doce e antecipada sintonia e com a certeza de que sempre e em algum lugar sempre haverá um amanhã...

Ana Lúcia Lino


segunda-feira, 28 de maio de 2012

É Festa!!! É alegria!!! É vida!!!


P
rimo João, Parabéns!!!

É festa, é alegria, é com certeza VIDA!!!

Dia 28 Maio é muito mais que tudo...

É aniversário com as bênçãos de DEUS. As luzes divinas estão acesas de muita paz, sorrindo por Você não por estar velho e, sim, mais cheio de VIDA, dádiva lá dos Céus e abençoado por DEUS que é Vida, é luz de muitas felicidades prá Você, João, e familiares!!!

Aqui prá relaxar... Agora sim, fazemos parte das filas especiais: nos bancos, e tantos outros locais que venhamos a frequentar, estádios – compra de ingressos – e nas casas lotéricas... mas, o melhor é fazermos parte das bênçãos de DEUS e dizer Obrigado por mais um dia  MEU DEUS!!!

Felicidades João!!! PARABÉNS!!! Abração!!!

E muitos e muitos anos de amor, paz, e DEUS em cima dos SESSENTA!!!

Muitos anos de VIDA... FELICIDADE!

Bosquinho Duarte


domingo, 27 de maio de 2012

Temos regras de convivência!

A
 conversa estava solta, neste sábado, quando de repente, não mais que de repente, ouve-se um:

- Alto lá.

Surpreendidos, paramos e olhamos à figura que emitiu tal frase, Sr. Mauro Bastos, e indagamos:

- O que significa “Alto lá”?

O “Alto lá” significa que o interlocutor tem que parar de falar? Ou os dois podem falar ao mesmo tempo? Algo absolutamente normal em nossas reuniões. Seria uma frase conotativa? Ou poderia ter um sentido similar de “Pera aí”? Uma variante?

- Para tudo e vamos decidir o que significa “Alto lá”? Alguém sugeriu.

Depois de muita discussão, ficou decidido que “Alto lá” somente pode ser usado pela pessoa que tem o nome citado por alguém.

O “Pera aí”, diferentemente, tem um sentido mais amplo. É um direito de resposta. É uma solicitação para que todos o ouçam. É um pedido de atenção. Depois do “Pera aí”, somente quem o proferiu tem o direito de falar.

Entretanto, o “Pera aí” não pode ser solicitado indistintamente. Mas tão somente uma única vez por reunião.

Já o “Alto lá”, esse pode ser requerido tantas vezes quanto o “seu” nome for pronunciado.

Assim explicado, ficamos acordados que para cada ocasião deve se usar o termo adequado, pois por indevido se pode passar constrangimento.

Quem não gostou, fica a alternativa do “Pera aí”.

Enfim, o importante é não perdermos o que existe de melhor na nossa convivência: a conversa besta e sem sentido, a vontade de se estar juntos, a cordialidade de um pelo outro e a beleza de ficarmos unidos e perto dela.

sábado, 26 de maio de 2012

SOLENIDADE DE PENTECOSTES

27.05.2012 – Jo 20,19-23

O
 tema deste domingo é o Espírito Santo.

Na primeira leitura Lucas, para apresentar a sua catequese, recorre aos símbolos, às imagens, à metáfora. O Espírito (força de Deus) é apresentado como línguas. Língua significa comunicação. “Falar outras línguas” é criar relações, possibilidade de superar as divisões. É a criação de uma nova comunidade capaz de diálogo e de entendimento entre irmãos.

Paulo alerta que, apesar da diversidade de dons e de carisma, o Espírito que atua é o mesmo. Por isso não deve existir entre nós o maior e o menor; a função mais, ou menos importante. O que importa mesmo é que os dons sejam usados para o bem de toda comunidade.

O Evangelho mostra a situação de insegurança, que os discípulos viviam: “anoitecer”, “portas fechadas”, “medo”. Jesus aparece no meio deles. Assim como “Ele está no meio de nós”. Só nEle podemos ter paz.

Mostrar as mãos e o lado é o mesmo que dizer que o amor total expresso na cruz permanece. Ao desejar a paz Jesus transmite serenidade, tranquilidade, confiança, superação do medo e da insegurança.

No final, Jesus transmite uma missão aos apóstolos, e a nós: eliminar o pecado.

A comunidade animada pelo Espírito será mediadora da oferta da salvação.

Anaíres Lino



sexta-feira, 25 de maio de 2012


Por problemas técnicos, avesso a nossa vontade, não estamos conseguindo postar os comentários de nossos seguidores nas devidas crônicas. Assim sendo, resolvemos publicá-los todos juntos, pois, desse modo, satisfazemos a vontade de nossos leitores, ao mesmo tempo em que os colaboradores\autores recebem o feedback de suas, digamos assim, “suas obras”.

Vem à casa do Senhor” se tornou um trabalho da Legião de divulgação da chamada e acolhida do Pai.
Ana Lúcia Lino 

Teté, adorei o passeio. Acordei cedo com você, fiz o percurso em animada conversa, abracei os irmãos, comi tapioca, galinha caipira, senti o frio, a chuva... voltei voando devagar com o coração e a alma carregados de saudades... eita passeio arretado...
Ana Lúcia Lino

Joãozinho, só curiosidade, a cirurgia do Arino foi no coração ou na cabeça? Ele está fazendo muita falta no Mel com Farinha. Diga-lhe para voltar logo, nós precisamos ler aquelas crônicas lindas. Abraços!
Clélia Torres Bandeira

Qualquer coisa”. Uma de suas melhores crônicas, e imaginar que fazes isso despretensiosamente na varanda do apartamento de uma vez só, ou melhor, de uma lapada só, quase sem tomar fôlego. Pois é esse meu sentimento quando recebo seus emails com os artigos. Simplesmente ótimo.
João Lino


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Um passeio arretado!


E
sta quarta-feira foi um destes dias bacanas.  Antes que o sol mostrasse sua “cara”, me montei no “verdinho”, coloquei minha mulher a tiracolo e nos mandamos para  a Soledade.

Nada de ar-condicionado.

Era de vidro aberto para poder sentir aquela brisa agradável das cinco horas da manhã nas fuças.  Conversando “miolo de pote”, mal percebemos os cinquenta minutos de percurso decorrido. Quando passamos em Mulungu para comprar pão quente a cidade ainda estava meio adormecida.

Desfrutamos nos Couros, um dos pontos altos da serra, o sol nascente banhando o sertão Canindeense. Que maravilha a natureza nos premia. Deus nos oferece gratuitamente, mas são poucos que sabem desfrutar.

Como sempre os donos,  Dr. Tizim e Carmem, já estavam “levantados”. Ele vestido à semelhança do Zé Preto,  nos recepcionou com aquela voz “gasguita”, que acordou até as galinhas que ainda estavam empoleiradas (menos a do almoço que já estava na panela). Após as boas vindas fraternais dos anfitriões, fomos para a mesa, que é o lugar preferido da casa, e comemos que só um “doutor”.

Depois nos aboletamos no alpendre  (nada de varanda, para mim vai morrer como alpendre que foi assim que eu aprendi naquele casarão onde nasci e me criei) e ficamos vivenciando a chuva fina a cair para alegria das matas verdejantes, enquanto as conversas desfilavam “sem pé e sem cabeça”, experimentando aquele friozinho que parece ser único na terra e sentindo o aroma de café “passado na cara do freguês”, que logo seria servido. Porque lá café é servido assim e não requentado como é costume numa casa que fica lá pras bandas da Praia de Iracema.

Como tudo que é bom passa ligeiro, mal a conversa tinha “esquentado” já chegou a hora do almoço. Descrever a fartura da mesa é admissível, mas seu paladar é impossível, só podemos dizer que tinha galinha caipira à cabidela e buchada de carneiro. Aí diz tudo (nesta hora pensei na Gulai).

Depois aquela sesta característica da família, que é uma espécie de “aquecimento” para a merenda de despedida. Nova fartura tendo à frente tapioca de coco e nada de pão dormido de três dias, especialidade da 8..., cala-te boca.

O sol correu ligeiro só para contrariar e já ameaçava se esconder nas quebradas, anunciando que nossa peripécia já tinha terminado. Um dia repousante. Onde se conforta a alma. Esquecem-se as mágoas. Ama-se a natureza.

Aproxima-se de Deus.

Regressamos com saudade no peito e alegria na alma. Passeio assim? Felizes são os que podem e faz. Carentes aqueles que podem e não faz. Nos sempre fazemos.

Até logo.

ZédoLino

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Vou à casa do Senhor!

D
iz o Salmo: “Estou alegre, porque hoje vou à casa do Senhor!”.

E mais feliz quando vamos à casa do Senhor para uma ação sagrada por excelência: a Liturgia.

Vamos refletir o que isso significa.

Significa que vamos participar, como convidados, de um actio Dei. Ou seja, somos seduzidos a tomar parte (que privilégio!) de uma caminhada de nossas almas rumo a Deus a partir da Liturgia.

Significa também que é o próprio Senhor que nos conduz à sua familiaridade. Ou seja, o nosso mérito está em aceitar e ficar mais intimamente com Deus.

E a gente reclama que a missa demorou mais de uma hora.

A Igreja com a intenção de nos ajudar criou um rito e um ritmo para que possamos desfrutar (melhor dizendo, degustar) das mesas da Palavra e da Eucaristia.

É necessário que saibamos compreender esse rito e tomar parte desse ritmo. Somente assim, dentro desse digamos, clima, podemos sentir a importância da Palavra de Deus que ouvida no contexto da celebração litúrgica é (veja que coisa maravilhosa) acompanhada de modo totalmente particular pela ação do Espírito Santo.

Acompanhada pela ação do Espírito Santo significa dizer que torna as leituras do dia operantes em nosso coração. Dessa forma, somos mais uma vez chamados (talvez, advertidos) que nesta escuta e interpretação não usemos qualquer tipo de manipulação que fuja a escuta de Deus.

Livremos-nos de nossas tarefas, libertemos-nos de nossos compromissos, desviemos nossos olhares do relógio, entreguemos-nos ao Banquete.

Antes que cheguemos à Mesa da Eucaristia, vale lembrar que quando nos reunimos em assembleia não devemos nada mais fazer do que escutar, a partir daí, abrirmos-nos a Deus e, como um necessitado privilegiado, recebê-LO.

Como o espaço da postagem do blog chega ao fim, deixemos para a próxima o ato sacrifical do Senhor.


terça-feira, 22 de maio de 2012

Frase do dia!


No passeio de quinta feita com os moradores de rua,
um deles soltou essa pérola,
referindo-se a nossa sociedade:
“Essa gente é um pessoal sem jeito.”



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Qualquer coisa



Às
 vezes bate uma tristeza, um vazio, uma vontade de deixar de remar, de ficar á deriva, ao sabor do vento, ficar boiando na vida...

E bate uma vontade de ficar exposto ao sol sem perceber que queima, ou ficar na chuva, encharcada até sentir a alma também molhada...

E dar um desejo de ficar na rede, modulando o corpo preguiçoso, olhando o céu sem nuvens imaginando coisas num pensamento retilíneo, de superfície...

E aperta no peito aquela dúvida do será que vale a pena, ou será que estou no caminho certo... porquê o desconforto...

Aí você vê um raio de sol furando as nuvens, numa luta desigual, desproporcional, e  você vê a florzinha tímida da janela se preparando para absorver aquele morno raio parecendo tão feliz, tão segura com o único sonho da beleza sem dar importância o quão fugaz é o espaço de tempo que vai permanecer. E você percebe que são vários os caminhos e não importa qual você siga e quais os motivos, o importante é que transforme, que faça real o pequeno sonho do agora, do hoje...

Olhe a natureza, não como coadjuvante, um apêndice, como composição do quadro da vida, mas como um livro de ajuda, que mostra o caminho da superação, que o simples é o certo, que tudo é magia, é milagre, até o tropeço, o contratempo, o embaraço... é o pare e pense da vida...

É importante saber que a lágrima é expressão tão importante como o sorriso, que não deve ser paralisante, mas levar mais adiante até onde não se sabia poder ir...

E não importa que ás vezes se fique a  deriva, que os olhos embacem, que o cansaço pareça insuportável...

Não  importa que vez ou outra o trabalho pareça improdutível, que não sai do lugar, que não some... não importa que os passos sejam menores, vacilantes, medrosos, que a voz não seja forte ou clara...

Sente num banco da praça, sinta o sol, a brisa, contemple as flores, abra um livro, dê um sorriso, sacuda os ombros, siga em frente... seja feliz.

Ana Lúcia Lino

sábado, 19 de maio de 2012

Pai Nosso Para Refletirmos


Se em minha vida não ajo como filho de Deus, fechando meu coração ao amor.
Será inútil dizer: PAI NOSSO

Se os meus valores são representados pelos bens da terra.
Será inútil dizer: QUE ESTAIS NO CÉU

Se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo.
Será inútil dizer: SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME

Se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades.
Será inútil dizer: VENHA A NÓS O VOSSO REINO

Se no fundo o que eu quero mesmo é que todos os meus desejos se realizem.
Será inútil dizer: SEJA FEITA A VOSSA VONTADE

Se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome.
Será inútil dizer: O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE

Se não importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar aos que atravessam o meu caminho.
Será inútil dizer: PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO

Se escolho sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho do Cristo.
Será inútil dizer: E NÃO ME DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO

Se por minha vontade procuro os prazeres materiais e tudo o que é proibido me seduz.
Será inútil dizer: LIVRAI-NOS DO MAL…

Se sabendo que sou assim, continuo me omitindo e nada faço para me modificar
Será inútil dizer: AMÉM.

Ninim Pena


SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR



20.05.2012 – Mc 16,15-20

A
 festa de hoje sugere que no final do caminho percorrido com amor está a vida eterna. E nós somos os continuadores do projeto do Pai, iniciado por Jesus.

Na primeira leitura, elevação/ascensão é uma forma simbólica de expressar que a exaltação de Jesus atingiu dimensões supra terrenas. É o culminar de uma vida terrena vivida para Deus. Lucas quer com isso convidar-nos a seguir o “caminho” de Jesus.

Junto com uma ação de graças Paulo nos oferece, na segunda leitura, uma fervorosa oração a Deus, para que conheçamos “a esperança a que fomos chamados”. A ressurreição/glorificação de Cristo é a garantia de nossa ressurreição/glorificação, porque formamos com Ele um só corpo destinado à vida plena.

Esta perspectiva dá-nos a força para enfrentarmos as dificuldades, os desânimos.  Fazer parte do corpo de Cristo significa viver em comunhão com Ele e solidariedade com os irmãos, que são membros do mesmo corpo.

O Evangelho nos trás como questão central o papel dos discípulos no mundo após a partida de Jesus indo ao encontro do Pai.

Jesus define o conteúdo da proposta, o Evangelho, e dá o tom da universalidade “ide pelo mundo inteiro”.

O Evangelho nos obriga uma tomada de posição: aderir ou não aderir à proposta de Jesus. Quem aderir terá como recompensa a vida eterna. Para isso, teremos que assumir a missão: partir (deixar para trás a comodidade), pregar (com palavras e ações), por toda parte.

A festa da ascensão de Jesus nos trás uma proposta de tomada de consciência de nosso papel no mundo: testemunhar a salvação e libertação que Jesus veio trazer.

Anaíres Lino

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A INVENTORA



T
enho uma irmã criativa
Que pra tudo tem solução
Ela dá nó em pingo d’água
E enfia peido em cordão

Quem entra na 83
Depara-se com um portal
Onde se confunde invento
Com a arte cultural

Vê-se peças distribuídas
De maneira aleatória
É uma obra de arte
Que vai ficar na história

Ela inventa quase tudo
Que se possa imaginar
Seu cérebro vive “fervendo”
Para alguma coisa inventar

Inventou uma ratoeira
Para catita fisgar
Além de matar a bicha
Ainda a faz evaporar

Imaginou uma máquina
Pra sabonete fabricar
Que dispensa matéria-prima
E produto para aromar

Inventou uma cortina
Para afugentar mosquito
Se o inseto se aproxima
Pode contar que tá “frito”

A cortina é fabricada
De matéria especial
Se o invasor se aproxima
Sua ousadia é fatal

Ela lhe inibe o vôo
Que passa a voar rasteiro
Se chocando com o chão
Ficando sem o traseiro

Agora ela inventou
Algo engenhoso e matreiro
Que manda para as “cucuias”
Todo morcego caseiro

É só colocar nas portas
Estas sacolas de mercado
E aguardar bem tranqüilo
Para ver o resultado

O sistema interfere
No seu sistema de radar
Que os deixam atordoados
E se afogam no mar

O problema é que o IBAMA
Tá se tornando impertinente
Alegando que o invento
Mexe no meio-ambiente

Há rumores que a NASA,
Em aeroporto americano,
Quer testar este sistema
Que lhe parece bacano

Ela estuda com sacolas
Água da chuva captar
Um sistema fácil e barato
Para água armazenar

O Cid já se interessa
Para esta nova invenção
Que melhora as condições
Para o homem do sertão

Como disse ela é um gênio
Inventora sem igual
Já está a superar
O velho Professor Pardal

ZédoLino


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mãe



D
everia falar de mães, o quanto são generosas, abnegadas, daquelas mães que padecem no paraíso, daquelas que se anulam, que vivem para e no filho...

Daquela mãe que sorri compreensiva quando o filho não toca no prato daquela receita difícil que tomou uma manhã inteira...

Daquela mãe que abraça o filho que lhe deixou sem notícias e sem dormir...

Daquela mãe que admira o presente que o filho deu a namorada e agradece o abraço sem presente...

Daquela mãe que empresta o carro novo e não diz nada quando lhe devolvem sujo e batido...

Daquela mãe que se alegra com o convite para jantar fora e passa o tempo todo cuidando dos netos...

Daquela mãe que passa meses fazendo lembrancinhas de aniversário... e agradece por isso...

Daquela mãe que cancela todos os compromissos porque o filho telefonou e vem almoçar e você faz milagres com a geladeira vazia...

Daquela mãe que raramente sai nas fotografias e acha que está sendo protegida...

Daquela mãe que olha feliz a casa em desordem depois da visita dos filhos e netos...

Daquela mãe que houve com paciência as cobranças e frustrações dos filhos e cala as suas...

Daquela mãe que passa horas procurando um presente para o filho e o vê esquecido no sofá e entende a negligência...

Daquela mãe que fica horas esperando o filho que esqueceu da promessa e não fica zangada por isso...

Daquela mãe que recebe das viagens terços e aquela blusa esquisita que dizem ser a sua cara...

Daquela mulher incapaz de sentimentos menos nobres, incapaz de uma grande raiva, de ter preguiça, mágoas, mentir, pensar "bem feito" diante das consequências desastrosas de uma desobediência...

Daquela mulher que não diz palavrão, não ri de piada indecente, não tem desejos, não esquece compromissos, que não prepara qualquer coisa para o jantar, que não se esquece de levar a roupa à lavanderia, e compra o pãozinho quente e faz um bolo delicioso...

Daquela mãe que felizmente só existe no imaginário dos poetas e nas lembranças filtradas dos filhos...

Pronto falei das mães, feliz dia para todos...

Ana Lúcia Lino