sábado, 5 de maio de 2012

5º DOMINGO DE PÁSCOA


06.05.2012 – Jo 15,1-8

J
esus é a videira. E só unidos a Ele teremos vida verdadeira. Este é tema do Evangelho de hoje, do qual as demais leituras provem.

Paulo, mesmo sofrendo rejeição, teimava em permanecer junto com os discípulos. Isso é que é cristianismo: experiência de partilha da fé com os irmãos, que aderiram ao mesmo projeto e que são membros da mesma família de Jesus.

A vivência da fé é sempre uma experiência comunitária. Tensão, conflito e divergência não pode ser pretexto para se isolar.

De acordo com João, o amor ao próximo é uma exigência central da experiência cristã. A realização plena do homem depende de sua capacidade de amar aos irmãos. E este amor não pode ser entendido como uma declaração de boas intenções, mas gestos concretos de partilha e de serviço. Não é só condenar a guerra, mas construir a paz.

Em última instância, ser cristão é “acreditar em Jesus”: “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”.
O Evangelho nos trás a sugestiva metáfora da videira, dos ramos e dos frutos.

A palavra chave é permanecer.

Jesus apresenta-se como a verdadeira videira plantada por Deus. Nós somos os ramos, não temos vida própria, necessitamos da seiva que é comunicada por Jesus. Por isso, somos convidados a permanecer em Jesus.

Se não produzirmos frutos de amor, doação, serviço e libertação do irmão, a ação de Deus vem no sentido de “limpar o ramo”, isto significa um chamamento à conversão, a uma adesão cada vez mais fiel a Jesus e à sua proposta de amor.

A vida de Jesus precisa transparecer em nossos gestos e, a partir de nós, atingir o mundo e os homens, caso contrário seremos ramos secos.

Anaíres Lino



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