06.05.2012 –
Jo 15,1-8
J
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esus é a videira. E só unidos
a Ele teremos vida verdadeira. Este é tema do Evangelho de hoje, do qual as
demais leituras provem.
Paulo, mesmo sofrendo
rejeição, teimava em permanecer junto com os discípulos. Isso é que é
cristianismo: experiência de partilha da fé com os irmãos, que aderiram ao
mesmo projeto e que são membros da mesma família de Jesus.
A vivência da fé é sempre
uma experiência comunitária. Tensão, conflito e divergência não pode ser
pretexto para se isolar.
De acordo com João, o amor
ao próximo é uma exigência central da experiência cristã. A realização plena do
homem depende de sua capacidade de amar aos irmãos. E este amor não pode ser
entendido como uma declaração de boas intenções, mas gestos concretos de
partilha e de serviço. Não é só condenar a guerra, mas construir a paz.
Em última instância, ser
cristão é “acreditar em Jesus”: “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”.
O Evangelho nos trás a
sugestiva metáfora da videira, dos ramos e dos frutos.
A palavra chave é
permanecer.
Jesus apresenta-se como a
verdadeira videira plantada por Deus. Nós somos os ramos, não temos vida
própria, necessitamos da seiva que é comunicada por Jesus. Por isso, somos
convidados a permanecer em Jesus.
Se não produzirmos frutos
de amor, doação, serviço e libertação do irmão, a ação de Deus vem no sentido
de “limpar o ramo”, isto significa um chamamento à conversão, a uma adesão cada
vez mais fiel a Jesus e à sua proposta de amor.
A vida de Jesus precisa
transparecer em nossos gestos e, a partir de nós, atingir o mundo e os homens,
caso contrário seremos ramos secos.
Anaíres Lino
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