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nesse seu último dia, gostaria de
estar contigo.
Seria muito bom, daria boas gargalhadas.
Imagine te ver vestida de rosa,
dançando na praça. Ainda dando boas gargalhadas, eu ouviria cantares os mais
famosos boleros, totalmente desafinada e descalça.
Imperdível.
Depois comíamos juntos o bolo de laranja com café e leite.
Separávamos-nos quando tu fosses ficar com o gatinho preto. Eu lá ia
ficar com p. de gato preto e ainda pidão e com miado irritante.
Nos encontraríamos novamente na praia e, no dia seguinte, a gente ia rir
muito, pois o mundo não se acabou e eu ferrava um café na tua casa.
Além do café, iríamos lembrar-nos dos comentários da família, por
exemplo:
Joaninha – Mamãe, tu estás ridícula com esse vestido rosa!
João Antonio – Parece que tomou todas.
Pedro – Tá bom mamãe, vamos pra casa, a senhora já cantou demais.
Zé – Deixa ela, é seu último dia, ela tem todo o direito e tem os pés
lindos.
Bebel – Eu nunca vi a vovó assim, será que ela pirou?
JP – Papai, pede pra vovó cantar mais baixo.
Sieg – Essa é minha sogrona, tudo que faz é demais.
João Lino
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