terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Unidade e indissolubilidade da família!

N
ão sei se a pessoa a quem escrevo vai ler. Gostaria muito que passasse uma vista. Na verdade, todos nós deveríamos refletir sobre isso.

No casamento do Ângelo e da Márcia, o padre Clairton nos presenteou com uma homilia muita bonita, bem dentro das normas do direito canônico e num profundo sentido teológico.

Falou do matrimônio, sua importância e da responsabilidade dos noivos.

Ouvimos atentamente toda aquela explanação sobre o pacto matrimonial, pelo qual Ângelo e Márcia constituem sobre si o consórcio de toda a vida, por sua índole natural ordenado ao bem deles e à geração e educação da prole... Que as propriedades essenciais do matrimônio são a unidade e a indissolubilidade, que no matrimônio cristão recebem firmeza especial em virtude do sacramento.

É aqui onde quero chegar: família, unidade e indissolubilidade.

Pois é exatamente aqui que quero fazer um viés nas palavras do sacerdote. Não são unicamente os cônjuges que estão sob as propriedades essenciais do matrimônio, mas a família como um todo, todos seus membros.

Assim sendo, um membro da família somente pode ou poderia quebrar a unidade e a indissolubilidade familiar se for por um motivo brioso, sublime, nobre, digno etc. Não sejam os mesmos motivos que os casais usam para se separar, esses não são válidos, quebram a indissolubilidade e dissolvem a unidade familiar.

Nas desavenças que porventura existam, nos choques de temperamentos que naturalmente acontecem, nas discordâncias que por acaso vivam, sejam todas tratadas como aconselha o bom e velho santo Agostinho:

“aquele que te ofendeu, ao ofender-te, causou em si mesmo uma ferida grave, e não te preocupas tu pela ferida de um teu irmão? ... Deves esquecer a ofensa que recebestes, mas não a ferida de um teu irmão” (Discursos 82, 7).

É na família que aprendemos e amaduremos no caminho da vida cristã.

Enfim, é a família que nos educa para existência de uma responsabilidade recíproca entre seus membros: cada um, cônscio dos próprios erros, falhas e limites, está convidado a acolher a correção fraterna, ou seja, a caridade para um irmão que erra, e a ajudar os outros com este modo de agir, movido pelo amor ao irmão.

Somente assim é que podemos falar em comunhão familiar: comunhão com Cristo e com os irmãos.

É isso que eu acho.


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