quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Oito meses!

S
ábado, fim de tarde.

Na grama brincam Rafael, Ana e eu. Daniel, com ipad, filma e fotografa, Sarinha na rede, cochila, algumas vezes com os olhos entreabertos, num esforço hercúleo, vê e se orgulha do seu filho. Meu neto. Quase oito meses, o rapazinho mais lindo do mundo.

Fico arrastando esse moleque pela grama, em cima duma toalha. Seu novo meio de transporte, faço curvas e dou voltas, ele se diverte, dou mais curvas e faço mais voltas, seu pai filma, sua vó sorri, sua mãe cochila e eu me canso.

Paro e invento outra brincadeira, uma que não maltrate tanto minha coluna.

Do cajueiro, pego um caju e ponho no colo dele, que olha, analisa e abocanha. Chupa que a garapa desce. A Mãe acorda e acaba com a bagunça, levando para o banho.

Saem todos, o Rafinha com o caju, nos braços do pai, seguidos pela mãe e a vó. Fico olhando a vida que segue, eles. Por um momento, percebo algo semelhante nele que lembrou meu pai.

É inacreditável, algo no Rafinha lembra meu pai. Não sei exatamente o que. Mas algo de meu pai estava presente aqui e agora, nessa tarde noite. O Rafinha me traz a memória do meu doce pai e lembro-me do André, que me arrebenta de orgulho, somos deveras parecidos, semelhantes e, pela graça de Deus, diferentes.

É admirável essa vida, somos únicos e sempre.


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