quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Modéstia à parte.

S
empre quando saio “da 83”, penso que a idade somente aguça nossas qualidades. Modéstia à parte.

Reconhecemo-nos santos e pecadores.

Sentimo-nos pessoas boas. Gostamos de estar unidos. Isso não impede de algumas vezes nos ferirmos, mas o perdoar é inevitável. Esse exercício do perdão nos faz um bem danado.

Lá, nos sentimos seguros, no entanto, esse nosso convívio diário, que nos faz sentir, de certa forma, protegidos, é livre e espontâneo. Felizmente, não nos aprisiona.

Lá, se busca coisas muito simples. Sem grandes pretensões, um pouquinho da vida de cada um, um pouco de graça pr’umas boas gargalhadas.

Algumas coisas sérias que por lá chegam, fazem parte de nossas vidas, mas a felicidade sempre é bem maior. Enfim, um pouco de tudo, buscando um bom riso, sem fugir das lágrimas.

Acreditamos que aquela senhora sentada na cadeira de balanço ainda nos protege. Alguns dias, ela nos abençoa quando suas forças suportam, outros, como hoje, ela nos beija.

E assim vamos nós entre bênçãos e beijos.

Nós bem pertinho dela e ela bem pertinho dos cento e dois anos.

Tudo, creio, uma grande graça.



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