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alguns momentos, a
gente tem a oportunidade de ser um cálice.
Vejo ali, num cubículo, elas,
Aila e Aglair.
Uma, a dor; outra, a doçura.
Penso naquela gente da 83.
Assim, vai se construindo uma comunhão
com misericórdia.
Miser é dor, corde é
coração.
Sentir no coração a dor do outro.
E como e quando isso se
estabelece?
Quando alguém busca tua presença, quando precisa de teu
braço, quando necessita de teu ombro e carece de teu colo.
Que maravilhoso é poder estar perto e estender a mão,
oferecer um ombro afetuoso e acomodar no colo.
Hora que nos é dada de entornar vinho e derramar óleo.
Isso não é sacrifício, nem penitência, nem aborrecimento,
mas oportunidade que Deus nos dá.
Isso é uma brecha na nossa vida para que sejamos morada Dele
e do irmão. Pois nos parece muito difícil, quiçá impossível, ser morada Dele
sem o irmão.
Nessa ocasião, sinta-se “como um cálice precioso a receber o
vinho sagrado que é Deus”.
Permitam-nos reconhecer: que bela imagem buscamos de
Leonardo Boff.
E se você sentir ser o recipiente do Pai boníssimo, você se permitiu
que o Senhor faça comunhão contigo e faça em ti a sua morada.
Isso sobrevém sempre num encontro de dor e doçura.
É muito bom saber que não estamos falando de culto, nem de
ritos, nem de doutrinas e nem de celebrações; estamos nos referindo a responsabilidade
e cuidado como atitude fundamental.
E é precisamente naquele momento, que quando se olha para
nosso irmão ou irmã, nossa fé faz saber que Deus está nos esperando com vinho
sagrado.
Que bela oportunidade... ser um cálice!
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