quinta-feira, 11 de abril de 2019

NOS CORREDORES DO ICC


N
alguns momentos, a gente tem a oportunidade de ser um cálice.

Vejo ali, num cubículo, elas, Aila e Aglair.

Uma, a dor; outra, a doçura.

Penso naquela gente da 83.

Assim, vai se construindo uma comunhão com misericórdia.

Miser é dor, corde é coração.

Sentir no coração a dor do outro.

E como e quando isso se estabelece?

Quando alguém busca tua presença, quando precisa de teu braço, quando necessita de teu ombro e carece de teu colo.

Que maravilhoso é poder estar perto e estender a mão, oferecer um ombro afetuoso e acomodar no colo.

Hora que nos é dada de entornar vinho e derramar óleo.

Isso não é sacrifício, nem penitência, nem aborrecimento, mas oportunidade que Deus nos dá.

Isso é uma brecha na nossa vida para que sejamos morada Dele e do irmão. Pois nos parece muito difícil, quiçá impossível, ser morada Dele sem o irmão.

Nessa ocasião, sinta-se “como um cálice precioso a receber o vinho sagrado que é Deus”.

Permitam-nos reconhecer: que bela imagem buscamos de Leonardo Boff.

E se você sentir ser o recipiente do Pai boníssimo, você se permitiu que o Senhor faça comunhão contigo e faça em ti a sua morada.

Isso sobrevém sempre num encontro de dor e doçura.

É muito bom saber que não estamos falando de culto, nem de ritos, nem de doutrinas e nem de celebrações; estamos nos referindo a responsabilidade e cuidado como atitude fundamental.

E é precisamente naquele momento, que quando se olha para nosso irmão ou irmã, nossa fé faz saber que Deus está nos esperando com vinho sagrado.

Que bela oportunidade... ser um cálice!


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