sexta-feira, 24 de maio de 2019

NOS CORREDORES DO ICC


Q
uando fico aqui, no ICC, fazendo elucubrações em seus corredores, me preocupo de passar uma ideia errônea.

Vejo e vejam que em tudo há suor, carinhos, e por vezes, lágrimas.

Suor, quando sou obrigado a “arrastá-la” da 83, pois sei que o ICC é sempre um momento de superação.

Carinho, nos instantes em que a vejo ali, na sua “salinha”, parada, quieta e tranquila. Percebo que ela sente algo.

Talvez o carinho do Pai bondoso.

Quem sabe, o consolo do Senhor de todas as misericórdias.

Ou a doçura de estar sendo acalentada por Maria.

Lágrimas que teimam em não rolar, produzidas pela fadiga dessas aplicações sem fim, desses repetidos exames e dessas eternas consultas.

Sei também que não é a quimioterapia nem a dor que escrevem os capítulos da vida dessa nossa irmã, mas o carinho, o consolo e a doçura de QUEM tudo assiste.


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